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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.786 Palavras (8 Páginas)  •  257 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃ PRODUTIVA        

3        CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS        



  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre Família e Trabalho na reestruturação produtiva.

Tem o objetivo de apontar os acontecimentos que culminaram no surgimento da mão de obra feminina no mercado de trabalho e as mudanças que isso provocou no âmbito familiar. Faz-se também uma comparação com a imagem familiar do passado e a atual.

 Está organizado em quatro laudas. A primeira lauda relata a imagem familiar do passado, os papéis que o homem e a mulher desempenham dentro da sociedade e no ambiente familiar. Aborda também as mudanças que resultaram na necessidade da ajuda feminina na renda familiar.

A Segunda lauda fala sobre o ingresso das mulheres nas fábricas, o modo como isso aconteceu e as consequências dessa conquista.

A terceira e quarta lauda mostra trata-se dos desafios que a mulher tem enfrentado para conciliar os múltiplos papéis. Finalizando com relatando o modelo da mulher e da família no século XX.

A metodologia utilizada para a elaboração do trabalho foi pesquisa bibliográfica.


  1. FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃ PRODUTIVA

A imagem da família do passado era tradicional e conservadora. O sistema familiar era baseado em uma rígida divisão de trabalho com papéis sociais culturalmente estabelecidos; onde o pai era o único provedor e responsável pelo sustento da família, sempre voltado para o mundo dos negócios, enquanto á mulher cabia a responsabilidade das tarefas domésticas e o cuidado com os filhos. Com o passar do tempo, mais precisamente no século XIX, um conjunto de acontecimentos relacionados ao processo de urbanização, industrialização juntamente com avanço tecnológico, tiveram fortes impactos na economia brasileira. Em conseqüência disso, houve grandes transformações sociais, como uma redução na oferta de empregos, aumento da concorrência no mercado de trabalho, precarização e informalização do trabalho; repercutindo negativamente sobre a renda familiar e contribuindo para o empobrecimento dos núcleos domésticos. Com isso os empregadores tiveram que diversificar seus empreendimentos para garantir sua permanência no mercado e influenciou também o ingresso da mulher no âmbito profissional remunerado.

Sabe-se que de acordo com as convenções daquele século, os maridos eram provedores do lar, que trabalhavam para sustentar a família e a mulher cuidava do lar e da criação dos filhos. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. Porém, no século XVIII, entre as grandes transformações vivenciadas pela sociedade, verifica-se o surgimento do proletariado feminino que se caracteriza pelo ingresso das mulheres no trabalho em domicílio, na realização de atividades de doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc; uma vez que sua mão de obra  era rejeitada para trabalhar nas fábricas. 

Para alguns pesquisadores, as mudanças que resultaram na conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho começou no período das Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945). Nesse período os homens iam para frentes de batalhas e as mulheres tinham de deixar seus postos de donas de casa para assumirem os negócios da família, ocupando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. E após o conflito, muitos homens haviam morrido, e dos sobreviventes, muitos ficavam mutilados e impossibilitados de voltar a trabalhar, ficando a mulher incumbida de sustentar a casa.

No século XIX, tem-se uma maior inserção das mulheres nas fábricas, devido ao desenvolvimento tecnológico e o crescimento em número de máquinas industriais, possibilitando-as a trabalahar, pois o serviço não necessitava de esforço físico.

Para Marx o início da utilização do trabalho das mulheres pelo capitalista foi facilitado pela introdução da maquinaria que, segundo ele, permitia o emprego de trabalhadores sem força muscular, ou seja, ás mulheres. Para aquela época, as mulheres eram consideradas parcialmente capazes do ponto de vista jurídico. O olhar sobre as mulheres é o olhar sobre seres indefesos e incapazes, dos quais o capitalista se aproveita para diminuir os salários, iniciando assim um processo de desigualdade.

A incorporação da mão de obra feminina se processa de maneira perversa e desigual reforçando a divisão sexual do trabalho entre homens e mulheres, como jornadas de trabalho de 14 a 18 horas, sem proteção social e baixa remuneração em relação aos homens. Essas diferenças ocorriam pela justificativa de o homem trabalhar para sustentar a mulher e os filhos.

Dentre os motivos que contribuíram para o crescente ingresso da mulher no mercado de trabalho e o aumento de sua renda foram: a queda nos níveis de fecundidade e o aumento do nível de instrução feminina. Vários fatores podem explicar a brusca redução da fecundidade, dentre os quais se destacam o uso dos métodos contraceptivos e os critérios de contratação que muitas vezes eliminam mulheres casadas e com filhos. Estas transformações sociais acarretaram mudanças comportamentais nas questões relativas à maternidade e na identidade social da mulher, pois se conclui que com menos filho, as mulheres conseguiriam administrar melhor a vida de mãe e de trabalhadora. Cabe destacar que além da maternidade, a mulher passou a se preocupar com a sua satisfação pessoal e o sucesso de sua carreira profissional, influenciando-a buscar aperfeiçoamento por meios de estudos, que antes lhe era negado esse direito. Através do acesso á educação as mulheres tiveram conhecimento do seu papel na sociedade e passaram a buscar e lutar cada vez mais pelos seus direitos.

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