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Fundamentalismo

Por:   •  12/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  428 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Nome:

Curso: Engenharia Civil – Noite    Disciplina: Cultura Religiosa 2

Professor:

Disciplina: Cultura Religiosa 2

  1. Como surgiu o fundamentalismo

  1. As raízes do fundamentalismo se encontram no protestantismo norte-americano.No final do século XIX ele ressurgiu de forma mais organizada, quando um grupo de pastores publicou uma pequena coleção de fascículos. Propunham um cristianismo rigoroso

  2. O processo de urbanização fez com que acontecesse o processo de secularização, regida pela autonomia da razão e do espírito democrático.

  1. O fundamentalismo protestante

  1. O fundamentalismo protestante ganhou forma através de teólogos que tomavam a bíblia ao pé da letra. Pela Teologia Liberal, a interpretação de acordo com a mudança de contextos históricos é ofensivo a Deus.

  2.  Em 1919 foi criada a World’s Christian Fundamentals Association que transformou aqueles fascículos em verdade do cristianismo. Para eles Jesus é o único caminho.

  1. O Fundamentalismo católico

  1. O fundamentalismo católico tem raízes antigas, apoiando na convicção de que é o único portador da verdade absoluta, devendo levá-la a todo mundo.

  2. Afirmava-se que existe só um Deus, um papa, um rei e uma cultura querida por Deus. Fora deste pensamento e da Igreja não haveria salvação. Este pensamento fundamentalista era apoiado pela política, armas e comercio.

  3. Ainda hoje há alguns setores que prolongam o antigo fundamentalismo sob o nome de integrismo, combatendo a Modernidade e suas liberdades.

  4. O fundamentalismo cega a mensagem central do cristianismo que é a vida em abundância.

  1. O fundamentalismo islâmico

  1. O que mais ganhou visibilidade nos meios de comunicação. O islamismo é a síntese superior do cristianismo e judaísmo tendo o Alcorão com a revelação verbal e última dada por Deus ao seu povo.

  2. Existem duas grandes tradições após a morte do Profeta: a dos xiitas e dos sunitas.

  3. Para os xiitas as vezes do Profeta deve ser alguém de sua família. São fiéis ao Alcorão. Os sunitas afirmam que a liderança do islamismo não é hereditária, mas sim eletiva aos que tem capacidade de representar os interesses da tribo e à memória do Profeta. Cerca de 90% dos muçulmanos são sunitas.

  4. Criam um Estado teocrático, impondo o caminho que conduz a Deus.

  1. O fundamentalismo da globalização

  1. Regras impostas por alianças com poderio político e econômico

  2. Um sistema econômico-social é montado mediante injustiça e exploração das pessoas e do planeta que tornar-se-á insustentável a longo prazo.

  3. As investidas do Norte, os mais ricos, sobre os mais fracos deixaram um sentimento de ameaça, fazendo com que se apegassem mais à religião, e utilizando o terrorismo como uma forma de auto defesa.

  1. O fundamentalismo neoliberal e científico-técnico

  1. O neoliberalismo é politicamente democrático e economicamente ditatorial, sendo competitivo e não cooperativo. Sua lógica é a de acumulação de bens e serviços, criando injustiças e destruindo a natureza.

  2. O fundamentalismo científico moderno esta assentado sobre a violência contra a natureza. A tecnociência gerou a autodestruição da vida, podendo por fim à biosfera.

  1. Dois tipos de fundamentalismo político: de Bush e de Bin Laden

  1. Os discursos de Bush e Bin Laden eram igualmente fundamentalistas: a luta do bem contra o mal. Mas o mal de um era o bem do outro.

  2. É característica do fundamentalismo revidar com terror, pois ele busca a vitória da “verdade” e destruir o “mal”. Foi o que Bush e Bin Laden fizeram.

  1. Choque ou diálogo de civilizações?

  1. Huntington acredita que a arrogância ocidental vai provocar uma guerra de civilizações. Já Hans Kung defende a busca pelo diálogo entre religiões e culturas para promover a paz entre as nações, desde que o fundamentalismo religioso seja superado.

  2. A ideia de Kung parece mais provável pois visa evitar o choque de civilizações e criar condições para uma paz perpétua entre as nações.

  1. O que é, afinal, o fundamentalismo?

  1.  O fundamentalismo é uma forma de interpretar e viver a doutrina. Representa a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista. A consequência é o desprezo pelo outro, promovendo conflitos religiosos e ideológicos com incontáveis vítimas.

  1.  Dos fundamentalistas: Bush e Bin Laden

  1. Os muçulmanos combatem com o fundamentalismo suicidário as investidas do ocidente, pois acreditam que os seus interesses são materialistas e no petróleo.

  2. O fundamentalismo de Bush tem raízes religiosas, acreditando que Deus designou o povo americano para salvar o mundo, e assim agia.

  1. Como conviver com o fundamentalismo?

  1. Ao se derrubar uma verdade fundamentalista as outras são desmistificadas, gerando intolerância.

  2. Os fundamentalistas não possuem a capacidade de sorrir e de ter humor tornando-se irracionais e inacessíveis à argumentação. Levar o diálogo e trazer a realidade para o fundamentalista pode abrir uma brecha para a racionalidade.

  1. São Francisco, patrono do diálogo com os muçulmanos

  1. Em 1216 São Francisco foi ao Papa Inocêncio para convecê-lo de não guerrear com os muçulmanos, pois não era a vontade de Deus uma cruzada.

  2. Ele foi expulso e decidiu sozinho encontrar os muçulmanos. Foi levado até o sultão e tiveram uma conversa fraterna e respeitosa.

  1. O sufi islâmico Rumi, místico da paz e do amor

  1. Rumi é o São Francisco de Assis dos muçulmanos. Ao encontrar-se com Shams de Tabriz sua vida mudou. Esta experiência de união amorosa levou Rumi a produzir uma obra de 40.000 versos.

  1.  Terrorismo: a guerra dos fundamentalistas

  1. O terrorismo substitui o diálogo, possui caráter político é e consequência do fundamentalismo. Baseia-se na ocupação das mentes com medo e pavor. Os fortes usam o diálogo e os fracos o terror.

  1. A violência: desafio radical

  1. Os interesses coletivos devem-se sobrepor aos outros mantendo um equilíbrio entre conflito e paz. A raiva, que é comum a todos, deve ser sempre controlada.

  2. Segundo Freud a agressividade surge quando a vida é ameaçada. Para Girard, o desejo provoca conflitos, pois todos querem a mesma coisa. A culpa que sempre é atribuída aos outros faz surgir os denominados bodes espiatórios. O caminho mais curto para se chegar à paz é a educação.

  1.  A construção continuada da paz

  1. Os conflitos existirão enquanto não houver igualdade entre os homens; amando a humanidade a paz será construída.

  2. São Francisco de Assis afirma que todos somos irmãos. Para ele o mal deve ser superado pelo bem e a parte sã cura a parte doentia.

  1.     Incorporar o espírito de gentileza

  1. Sem o espírito de gentileza provocamos violência. Segundo Pascal (1623-1662) o espírito de gentileza representa a razão cordial e o espírito geométrico representa a razão calculatória.Estas duas razões são importantes hoje em dia, pois não poderíamos viver sem a ética e nem a ciência.

  1.  Resgatar a dimensão do coração

  1.  Devemos agir racionalmente e eticamente para unir ciência e inteligência emocional por um bem maior. Resgatando nosso coração sentimos em profundidade; esse é o grande desafio.

  2. Precisamos danificar menos o meio em que vivemos.

  1. Que provável futuro nos espera?

  1. Para Arnold Toynbee (1976) uma civilização se mantém e se renova na medida em que consegue equilibrar os desafios com as respostas que se pode dar. Se o número de desafios for maior que o de respostas, a civilização entra em crise e desaparece. Atualmente vivemos isso, pois existem muitos desafios graves

  2. O que nos espera depois desse mundo imperante? Para Jacques Attali existem três cenários: o superimpério, superconflito e superdemocracia. Este último precisa se realizar para que não haja uma autodestruição da humanidade.

  1. Conclusão_ O próximo passo: capital espiritual

  1. Continuarmos com o paradigma atual é muito arriscado, pois usa-se o poder como dominação da natureza e dos seres humanos.

  2. Precisamos passar do capital material para o capital espiritual, pois este não há limites para o bem comum a todos e pode superar a crise atual. Porém esta é uma decisão voluntária.

  3. Podemos escolher, mas, mesmo escolhendo o errado, o certo sempre se mantém presente.Este passo independe de religião, sendo algo próprio de cada pessoa.

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