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Gestao Publica

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Por:   •  23/1/2015  •  5.199 Palavras (21 Páginas)  •  716 Visualizações

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odução

Atualmente, vivemos numa época de grandes transformações tecnológicas que aceleram as relações na economia, abrangidas pela automação. Veio a customização e o avanço do setor de serviços, exigentes em especialidades.

Neste contexto, o trabalhador ganha o mais elevado status de relevância estratégia para as organizações e o mundo do trabalho. Aumentando a produção de conhecimento relacionado à gestão de pessoas. Por este fator exige-se do mercado de trabalho, não só melhorar os empreendimentos, mas a qualificação das pessoas.

Desse modo é necessário avaliar continuamente os pré-requisitos para o sucesso profissional pessoal e consequentemente das organizações.

As organizações travam competição para ser o melhor lugar para se trabalhar, oferecem altos salários, remuneração variável, oportunidades para auto-realização, desenvolvimento profissional e pessoal, rede social, benefícios estendido a família, enfim qualidade de vida no trabalho.

Entretanto, na Administração Pública Federal até pouco tempo os servidores não têm tido relevância estratégia. Existia negligência na gestão dos servidores; o resultado disto é baixa qualidade de vida no trabalho e principalmente desperdício de recursos humanos.

O desafio da gestão de pessoas não é igual para todas as instituições públicas. Neste sentido, o Governo Federal vem criando aparato legal e demonstrando interesse em profissionalizar a gestão de pessoas, no entanto os resultados ainda são incipientes, principalmente nas esferas estaduais e municipais.

Diante deste contexto, é que se faz necessário o presente estudo sobre as inovações na Gestão de Pessoas na Administração Pública Federal.

Assim, far-se-á um estudo sobre a Gestão de Pessoas como fator de contribuição das pessoas que compõem a Administração Pública, observando como elas estão organizadas, como são estimuladas e capacitadas e ainda, como são mantidas num ambiente de trabalho e num clima organizacional nas instituições públicas.

A Administração Pública no Brasil

Breve histórico sobre a administração do Estado

Inicialmente, mister lembrar que o Estado passou de um período abstencionista no séc. XIX para um período intervencionista na economia no séc.XX. Assim, a partir do Estado empreendedor no séc. XVIII, para quem a economia não necessitava de ser regulada artificialmente por meio de forças exteriores, isto é capitalismo auto-regulado de dentro para fora do mercado, uma vez que terminou com o inicio da I Guerra Mundial e teve o seu fim assinalado mundialmente com a conferência de keynes The end of laissez faire, em 1926, passando por um período de alta intervenção econômica do Estado.

Ressalte-se que há uma intrínseca ligação entre os modelos de administração pública e modelos de gestão de recursos humanos, daí, para uma melhor compreensão da gestão de recursos humanos na administração pública seja interessante uma definição dos modelos mais conhecidos de administração pública, no século XX. A noção de serviço público tem evoluído ao longo das últimas décadas no sentido de se familiarizar com as regras de mercado e de livre concorrência atualmente dominantes.

Segundo Carminha (2009), a Administração foi tomando dimensão a partir das suas qualificações e exigências do mercado. Administrar tem vários conceitos e significados: dirigir, orientar, formar, integrar, com tudo isso conseguir satisfações, tanto para o patrão quanto para os funcionários, através de determinações de o administrador saber lidar com ambas as partes, suscitar assim satisfação para ambas as partes.

Note-se que os modelos mais conhecidos são: o tradicional, do Estado empreendedor, o liberal, do Estado franqueador e o do novo serviço público, do Estado parceiro, adotado atualmente na administração do governo federal.

2.1.1 O modelo tradicional, do Estado empreendedor

Segundo Bilhim (2001), este modelo tradicional, do Estado empreendedor, é baseado no modelo de tipo ideal utilizado por Weber, distante da política, privilegiando leis e procedimentos administrativos a valores, prevalecendo a racionalidade do “homem administrativo”, em que posto em posições de tomada de decisões este não maximiza, apenas satisfaz, já que apenas toma decisões racionais quando dispõe de um manancial de informação acerca da decisão que está prestes a tomar, como por exemplo, consequências, dados de probabilidades, eventos futuros, alternativas disponíveis.

Desse modo, este modelo tradicional empreendedor evoluiu no sentido de criar reformas para a consolidação de uma administração pública atuante, baseando-se assim, na expansão efetiva do Estado e na construção de instituições fortes para a maximização das respostas aos desafios sociais.

2.1.2 O modelo liberal, do Estado franqueador

É sabido que o modelo de administração pública, mais liberalista, é essencialmente virado para o conceito de mercado, em que, ao nível das pequenas organizações, a utilidade destas está, intimamente, ligada às finalidades do mercado e o seu valor é mensurado através da razão custo/beneficio. Verifica-se um aumento da capacidade de decisão política do administrador, desde que esta esteja de acordo com as orientações politico-partidárias.

Conforme Bilhim (2001) este modelo liberal, caracteriza-se por:

uma administração pública mínima e submetida a um rigoroso controlo político e de mercado, vira a política contra o estado; o mercado contra as organizações públicas, prevalecendo assim, a mentalidade do “Homem Econômico”, mentalidade esta, em que, o homem é essencialmente motivado por razões de ordem econômica, sendo assim um animal passivo, a ser manipulado, motivado e controlado pela organização. (BILHIM, 2001, p.32).

Observe-se que este modelo é essencialmente caracterizado por redução do tamanho do estado pela privatização, terceirização e voluntarismo.

2.1.3 O modelo do novo Serviço Público, do Estado parceiro

Trata-se do novo modelo e forma de atuar no serviço público, adotado pelo governo atual brasileiro. Este procura integrar os aspectos positivos dos outros modelos. Assim, segundo Selma Roller Quintela (2006), a gestão vem de parcerias entre público; privado e terceiro setor, simultaneamente apelando ao envolvimento dos funcionários, através da mística do serviço público. Deste modo, este modelo,

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