Inclusão digital no contexto da pandemia do covid-19

CENTRO UNIVERSITÁRIO PROJEÇÃO EAD

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

INCLUSÃO DIGITAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19

A inclusão digital, em tempos de Covid-19, deve ser entendida sob três aspectos: a desigualdade social, o acesso aos serviços essenciais e o avanço de novas tecnologias. Vale ressaltar, antes de tudo, que a pandemia do novo coronavírus, desde o seu início, tem trazido à tona e agravado velhos problemas que assolam a sociedade, dentre eles, o desemprego, a precariedade do sistema de saúde pública e a corrupção do sistema político. O mundo digital, por sua vez, tem avançado em seu riquíssimo campo tecnológico e se tornado, nestes tempos, uma alternativa sólida na transmissão do conhecimento e conexão entre pessoas.

Entretanto, à medida que a crise pandêmica tem evoluído, e a busca pela adaptação ao mundo digital tem crescido, proporcionalmente, o problema da desigualdade social no acesso à alternativa digital tem marginalizado as pessoas que vivem em situação de pobreza ou miséria. Segundo dados do Observatório Social da Covid-19 da Universidade Federal de Minas Gerais, que usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sugerem que mais de 30 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet. Esse é um número expressivo, comparado ao número daqueles que tem acesso, o que pode ser entendido como uma exclusão digital. Sem dúvida, aqueles que estão sem acesso à rede estão em desvantagem no famigerado “novo normal”, pois não possuem uma ferramenta que os permitam manterem contato com outras pessoas de maneira fácil e barata, principalmente se tratando do acesso à educação.

O acesso aos serviços mais básicos, devido à desigualdade social gritante supramencionada, tornou-se prejudicada, já que, durante a pandemia do Covid-19, muitos serviços, como, por exemplo, gás, supermercado, educação, saúde etc., tiveram que se adaptarem às plataformas digitais. Neste sentido, as pessoas digitalmente incluídas são as únicas beneficiadas, pois podem trabalhar remotamente, pedir itens essenciais, vender produtos ou serviços, continuar a buscar educação e, inclusive, manter-se conectado com médicos por meio de videoconferência.

Do ponto de vista das novas tecnologias, esta tem avançado compulsoriamente e proporcionado formas mais rápidas e dinâmicas em conectar pessoas, serviços e negócios. Vale mencionar a tecnologia da conectividade por fibra ótica, uma forma segura e eficaz na entrega do acesso à rede mundial, a internet. Apesar disso, é lamentável perceber que grande parte da população, que vive em situação de vulnerabilidade social ou que habita lugares remotos e rurais, ainda continua desconectada. E o fator agravante é a presente crise sanitária do Covid-19.

Portanto, como podemos perceber, torna-se essencial compreender os aspectos acima abordados, para concluir que a inclusão digital em tempos de coronavírus ainda é uma realidade para poucos. É importante frisar que, se quisermos que tal desigualdade seja sanada, faz-se necessário garantir que todos tenham acesso às oportunidades que a internet pode oferecer, contribuindo, fatalmente, na melhoria da qualidade de vida. É preciso que a classe governante busque soluções, como investimentos