Liberalismo

Liberalismo

O liberalismo é a mais complexa das ideologias, fundamentam-se nas suposições de individualismo, tolerância e progresso.

O emprego mais antigo da palavra liberal denota um tipo de educação. Desde a idade media, ela implica duas coisas primeiro, uma educação ampla e abrangente segundo, a educação de um cavaleiro e de um homem livre (líber). O primeiro sentido não se perdeu, embora pareça cair periodicamente em desgraça nos círculos educacionais e políticos. A noção de “educação liberal” está atualmente fortemente ligada as disciplinas das humanidades. Um terceiro sentido identifica o conceito liberal com certos tipos de valores Moraes. Em outras palavras, há uma serie de valores (tolerância, progresso, liberdade, individualismo) que pré-datam de séculos a palavra liberal, mas, não obstante, e são considerados característicos dá “mentalidade liberal” a partir do século XIX.

O ultimo sentido da palavra liberal decide seu uso político. O primeiro uso explicito do termo denotando dever de obediência ou facção aconteceu na Espanha entre 1810 e 1820. Liberalis era empregado para descrever um grupo que se opunha as facções monarquistas mais tradicionais. Pode parecer confuso, mas é importante ter em mente que não ser membro do partido liberal não significa necessariamente não ser liberal, e que ser membro nem sempre significa.

As origens do pensamento liberal

Pessoalmente, no concerne as origens, percebo o liberalismo como um ponto de convergência no século XIX, da tradição constitucionalista do pensamento Europeu. No século passado o constitucionalismo foi virtualmente identificado com o liberalismo. Em seguida as duas doutrinas se tornaram limítrofes. Entre tanta devemos observar que essa identificação e do ponto de vista histórico, um fenômeno relativamente recente. Tais idéias muitas vezes derivaram de seitas profundamente não liberais, mas vociferantes, como os calvinistas ou jesuítas, que lutavam pela sua própria liberdade de consciência dentro de maioria religiosas contrarias. O iluminismo assinalou o uso total e experimental da razão dos assuntos humanos. A década de 1870 e as vezes consideradas o marco do inicio de um declínio ou de uma mudança radical no liberalismo. Nesse sentido o liberalismo avançou fundo demais no coletivismo. Os adeptos do liberalismo são cada vez mais encontrados fora das fileiras dos partidos, de fato, o liberalismo atualmente parece receber mais apoio de outras facções políticas do que do próprio partido liberal.

A natureza do Liberalismo

As duas principais escolas que serão examinadas são o liberalismo clássico e o social liberalismo ou neoliberalismo. Nas últimas duas décadas afirmou-se que não havia nenhuma divisão entre o liberalismo clássico e moderno. O ponto principal é que grande parte dessa mudança no caráter do liberalismo foi interna á ideologia. Não foi imposta externamente. Muitas das idéias associadas ao liberalismo clássico eram flexíveis o bastante para serem usadas pelos neoliberais. Embora tenha traçado uma distinção entre o liberalismo clássico e o moderno, ela não deve ser aceita sem hesitação por dois motivos. Primeiro, as escolas do liberalismo não são totalmente distintas. Os argumentos do liberalismo clássico parecem evoluir, em certos pontos, para o neoliberalismo. Dessa forma, não há transições repentinas. Segundo, os pensadores liberais clássicos liberais não se ajustavam á mesma escola. As preocupações intelectuais e morais dos liberais clássicos se diferenciam notadamente. De fato, ás vezes esses pensadores parecem ajustar-se a diferentes ideologias.

Individualismo

É difícil generalizar sobre a visão liberal da natureza humana, em parte pelo fato de as opiniões serem tão diversas e complexas. Para Herbert Spencer, os indivíduos eram donos de si mesmos por direito natural. Todos tinham igual direito á mesma liberdade. Para Henry Sidgwick, o contrato é de fundamental importância para o sistema individualista. Ele sustentava que os indivíduos nem sempre sabem o que é melhor para si mesmo, e que não deveriam sofrer por sua ignorância nem se aproveitar do enfraquecimento de outros. Devemos observar que o individualismo e a natureza humana permanecem ambíguos no liberalismo. Certamente há uma distinção clara e inequívoca entre o “individualismo” e o “coletivismo”. Esses termos ocultam mais do que revelam. Além disso, há formas e percepções diferentes de individualismo, justificadas a partir de pontos de vista filosóficos diferenciados e, ocasionalmente, incomensuráveis. Por último, as diversas opiniões sobre o individualismo oscilam entre a total antipatia pela necessidade de intervenção do Estado e a patente aceitação desta.

O valor da liberdade

A liberdade é um valor crucial para os liberais. “0bservar que a crença na liberdade é um elemento central do pensamento liberal constitui um truísmo, Considerar os liberais ideologicamente unidos por uma crença é um erro. Assim como outros conceitos a liberdade abrange grande gama de posições.”(Michel Freeden). O individuo é livre de coação e não reprimido.

Não está claro por que a coerção e ou repressão precisa ser intencional, já que está estipulado que este deve ser o caso. Não devemos confundir liberdade com algum sentido secreto de se sentir livre. Esse argumento implica que doenças, velhice , deficiência física, pobreza , desemprego ou falta de oportunidade nada tem a ver com liberdade, visto que são repressões intencionais.

Os argumentos liberais a respeito da repressão não são de fácil compreensão na prática.O proposito era tentar estender as garantias constitucionais.

Está claro que esse conceito de liberdade negativa não fornece nenhuma orientação sobre a atividade do estado. Na verdade, a repressão não tem data fixa no pensamento liberal.

A liberdade coincide com o bem comum. Nesse sentido a liberdade dos indivíduos harmoniza-se com a da sociedade. È o poder máximo de liberdade dos indivíduos harmoniza-se com a da sociedade. É o poder máximo do todos os membros da sociedade dar o melhor de si.

È essa interpretação da liberdade social que está por traz dos governos de 1906 – 1914 e de sua legislação de bem-estar social. Tambem foi essa linha de pensamento que subsistiu em alguns em alguns aspectos da tradição social democrática do século XX.

Justiça e Igualdade

Justiça, para os liberais clássicos , implica a conservação de um corpo