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O Compromisso com a crítica

Por:   •  9/6/2018  •  Artigo  •  505 Palavras (3 Páginas)  •  183 Visualizações

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  1. 11 O COMPROMISSO COM A CRÍTICA

O autor apresenta, neste momento, a filosofia como “conjunto sistematizado” de um processo do filosofar. A crítica que surge é o resultado de um longo processo de reflexão.  Mas essa crítica não é o fim desse processo de reflexão, mas sim um processo de compreensão da realidade.

O ensino de filosofia está justamente nos problemas ela propõe, e com isso o ponto de chegada do ensino de filosofia está na formação de mentes ricas, para a crítica da realidade complexa da sociedade.

O que não se pode no processo de ensino aprendizagem é prender-se em um pragmatismo do achar que seja apenas para a prática da reflexão e não deixar levar apenas pelas concepções científicas. A dificuldade no processo do ensino de filosofia se dá nas circunstâncias sociais. Nos anos em que a disciplina foi forçada a se ausentar das escolas

A reflexão filosófica deve ser construída a través da consciência, da liberdade e responsabilidade do ser humano e não se pode deixar que a força do Poder possa impelir o pleno desenvolvimento, pois a filosofia pode pensar a sociedade quando ela está presa pelo sistema político vigente.

É necessário que para se enfrentar os problemas da sociedade possamos fazer a leitura do mundo, pensar as mentalidades dominantes, tendo a escola como espaço reflexivo-crítico-criativo e que esse espaço aja liberdade e autonomia dos sujeitos que assumem a própria história.

Sendo assim pressupõe-se que os sujeitos devam ser sujeitos críticos, a conceituação de críticos que se dá aqui é a de individuo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas de forma inteligente e racional sem aceitar automaticamente as opiniões próprias ou alheias, sendo assim o papel da educação é de formar esses indivíduos, pois o ser humano humaniza-se quando se interroga, quando usa da curiosidade para a formação intelectual, pois a curiosidade pode nos deixar predispostos a reformulações das concepções que temos das coisas, pois o pensamento e a reflexão são atividades exclusivamente humanas e graças a essa ação as sociedades se formaram, já que essa atividade, o pensar, que é “ensinado”  nas instituições é o pensamento de acordo com o próprio esquema reprodutor.

A escola é um campo ideológico importante para os grupos que dominam ou tentam dominar a sociedade, pois é na escola que são reproduzidas as ideologias dominantes. A escola encontra-se no centro de um conflito de interesses, tanto pelo Estado que oprime e faz da escola apenas espaço da reprodução do sistema deve-se então utilizar-se da transgressão das idéias impostas pelo Estado para que a escola possa ser realmente um ambiente não para a reprodução, mas sim para a produção. Essa escola que está centrada no modelo de produção que faz da escola um instrumento de manutenção do sistema, faz com que as potencialidades do ser humano não sejam desenvolvidas, pois o ser humano é um ser social e é elemento essencial no desenvolvimento de si. “O ser humano é um ser de contrastes. É sempre mais do que é, e é sempre menos do que deve ser”.

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