O Interacionismo Simbólico
Por: Letícia Pinho • 9/8/2021 • Resenha • 588 Palavras (3 Páginas) • 143 Visualizações
Sociologia 3 – Interacionismo simbólico.
Leticia Pinho, Ligia Reis.
Considere a seguinte afirmativa de Collins (2017): "a contribuição mais importante do pragmatismo foi a de estimular os sociólogos a elaborar uma teoria social sobre a natureza da mente e do self com ênfase na ação" (p. 214).
Por que é possível afirmar que Mead desenvolveu uma teoria social da mente e do self?
Em seu texto A brincadeira, O jogo e o Outro generalizado, George Mead fundamenta sua teoria através do imaginário das crianças. Ele se inspira em Cooley na ideia de amigo imaginário, a significado da ação que orienta a atitude das crianças através da interação entre indivíduos em um jogo. E é a partir do ponto de vista das crianças, que Mead se dispõe a estudar o conceito de Self tanto na brincadeira, quanto no jogo.
O brincar para Mead, se caracteriza em uma ação essencial da infância, faz com que a criança possa ter uma das primeiras percepções de si mesma enquanto indivíduo. Ao brincar de boneca, por exemplo, a criança se coloca no papel de mãe, no papel de cuidadora, ou seja, interpretando esses diferentes papéis durante a brincadeira, a criança desenvolve a estrutura de papéis sociais.
Já o jogo, trata-se de atividades com regras e com mais de um jogador. Como explica Mead, podemos entender o jogo através de uma partida de futebol, onde se existe um time e é através da organização dos indivíduos, a habilidade dos mesmos em representar o papel posto, que influenciará na vitória ou derrota dos mesmos na partida. É através do jogo que a criança inicia a internalização do self, esse que seria determinado através da presunção da ação das outras crianças que estão jogando o mesmo jogo. Enfatizando que seria impossível conceber a noção de ‘’si mesmo’’ se não através da atitude dos outros.
O outro generalizado pode ser caracterizado como uma vontade coletiva. É através do grupo social que o indivíduo desenvolve a unidade de self. O outro generalizado se trata da capacidade do indivíduo de adotar as atitudes do grupo social. Para Mead, o outro generalizado se trata da sociedade.
Somente na medida em que ele [indivíduo] adotar as atitudes do grupo social organizado ao qual pertence, em direção à atividade social organizada
e cooperativa, ou direcionada à série de atividades na qual esse grupo está ocupado, somente nessa medida ele desenvolverá um self pleno ou possuirá o tipo self pleno que desenvolveu. (MEAD, 1992, P 155.)
Para Mead, a estruturação do self se dá através do processo de comunicação simbólica, atendendo a como um indivíduo reage ao adotar atitudes do outro, tomando para si a atitude, ou o papel social do outro, e com isso desenvolvendo sua noção de self.
O self, por sua vez, se trata de uma perspectiva, da habilidade desenvolvida a partir da experiencia social. Envolve a capacidade da criança se colocar no lugar do outro, adotando atitudes dos outros indivíduos no jogo da atividade social. É possível afirmar, portanto, que para o autor, o self é concebido através da interação social.
Dessa forma, pode-se conceber a ideia de que, através de seus estudos, da analogia posta com o imaginário da criança, e seus primeiros passos rumo a
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