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O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL RESTRITO ÀS METRÓPOLES?

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Por:   •  29/10/2014  •  1.630 Palavras (7 Páginas)  •  1.064 Visualizações

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1. RESUMO

Este portfólio objetivou evidenciar o que vem sendo feito no âmbito da saúde pública para combater o aumento do uso abusivo do crack, essa substância que cada vez mais se populariza entre os brasileiros, independente de raça ou classe social, e que embora já tenhamos algumas ações e políticas públicas para o seu enfrentamento, precisamos que as mesmas sejam mais efetivas e capazes de por fim nessa epidemia. É de grande importância a elaboração de uma política de combate ao uso do crack, pois esse aspecto não vem sendo tratado de maneira eficaz e as medidas tomadas não acompanham a velocidade da epidemia.

É evidente que o uso do crack é sim um problema de saúde pública, dessa forma deve-se qualificar os profissionais para o atendimento aos usuários e suas famílias. Atualmente a presidenta Dilma Rousseff propõe a implantação, em todo país, de Centros Regionais de Referência em Crack e Outras Drogas em universidades federais, a fim de nortear a prevenção e recuperação dos jovens brasileiros atingidos por essa doença.

Em algumas cidades brasileiras como Diadema (SP) já estão disponíveis consultórios de rua com equipes preparadas para abordar os dependentes e incentivá-los a cuidar da saúde e reduzir os danos causados pelo uso das drogas.

Assim essa droga tão poderosa deve ser combatida em todas as áreas do poder público, porém se mostra necessário uma ênfase maior no âmbito da saúde, por já ser evidente que o crack não só afeta a saúde física do usuário como também causa mudanças emocionais e o isolamento social do indivíduo, apenas devemos tratar a dependência química como caso de polícia quando se trata de coibir e enfrentar o tráfico.

2. INTRODUÇÃO

O crack vem se tornando um grande desafio para o poder público nos dias de hoje, por se tratar de uma droga altamente rápida em causar dependência e de baixo valor, o que é o grande motivo de seu fácil acesso a todas as classes sociais. Portanto seu combate deve ser imediato e eficaz, principalmente na área da saúde, pois é nela que a droga causa seu maior impacto. O planejamento de ações nessa área depende de maior apropriação de dados sobre a população usuária do crack e daqueles que buscam atendimento no sistema público de saúde. Infelizmente o estudo do crack é recente no Brasil e o maior número de usuários, a maior demanda sobre os serviços de saúde levam à necessidade de ampliação desse campo de estudo.

O atendimento aos usuários do crack no Sistema Único de Saúde (SUS) tem como principal referência os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS tem como objetivo oferecer atendimento à população e realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários. Além dos CAPS, o SUS oferece leitos de atenção integral em hospitais gerais que também fazem parte da rede de saúde mental do SUS. Porém esses leitos são insuficientes devido ao grande número de usuários da droga deixando clara a necessidade de fortalecer as medidas tomadas para o combate da mesma.

Nesse contexto, o Ministério da Saúde propõe novas medidas como capacitação de profissionais, incentivo financeiro para implantação de novas unidades e aumentar a cobertura de serviços.

Cabe ressaltar que não devemos nos ater apenas em teorias e sim criar propostas concretas sobre uma ação política eficaz para reduzir ou extinguir de vez esse consumo excessivo de crack no Brasil.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1. AÇÕES E POLÍTICAS PARA O ENFRENTAMENTO DO CRACK EM NOSSA REGIÃO

Em nossa região não dispomos de muitas ações e políticas institucionais para o enfrentamento do crack, muitos dos nossos usuários permanecem no anonimato, pois não existe um serviço de busca ativo, e os poucos que procuram auxílio para enfrentar o vício são encaminhados para o Hospital Psiquiátrico em Montes Claros (MG), onde os mesmos lá permanecem por um determinado período para um processo de desintoxicação, usando medicações que evitam uma crise de abstinência.

Apesar da questão do crack fazer parte da saúde mental e partindo do conceito que saúde é o completo bem estar físico, social e mental do indivíduo, no âmbito da saúde pública em Manga (MG) não se encontra nenhuma ação, política pública ou preventiva para o combate dessa droga. Limitamo-nos ao atendimento dos casos mais graves.

Aqui como em algumas cidades do Brasil, o governo municipal não trata a questão da dependência química com a devida seriedade.

3.2. PERFIL DO USUÁRIO EM NOSSA REGIÃO

Para obter o perfil do usuário de crack em nossa região, foi feita entrevista com psicólogo municipal Wilder Barbosa de Oliveira que atua em nosso sistema municipal de saúde.

3.2.1. ENTREVISTA

. Alunos do Serviço Social – Qual a faixa etária da maioria dos usuários de nossa região?

. Psicólogo – A média de idade dos usuários de crack em nossa região é aproximadamente de 20 a 30 anos.

. Alunos do Serviço Social – Qual é o sexo predominante entre esses usuários?

. Psicólogo – A grande maioria desses usuários é do sexo masculino.

. Alunos do Serviço Social – Em geral qual é o tempo de uso do crack pelo os mesmos?

. Psicólogo – Em uma média de cinco anos de uso.

. Alunos do Serviço Social – Como se encontra a situação familiar desses usuários?

. Psicólogo – A maioria dessas famílias se encontra desestruturadas, algumas já vinham desestruturadas e outras se desestruturaram justamente pelo uso abusivo dessa substância, onde o dependente se desorganiza mentalmente afetando assim a própria família por meio de conflitos, agressões e distúrbios de comportamento causados pela obsessão pelo crack.

. Alunos do Serviço Social – Nos dê uma estimativa de quantos usuários realmente aderem a algum tipo de tratamento.

. Psicólogo – Infelizmente até os dias de hoje, apenas cinco pessoas procuraram por ajuda em nosso sistema de saúde.

Com base nas informações prestadas pelo psicólogo podemos perceber que o perfil dos usuários de nossa

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