Os aparelhos ideológicos de Estado
Por: raqueldvagog • 2/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.193 Palavras (5 Páginas) • 1.334 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI[pic 2]
CAMPUS DOM BOSCO
CURSO DE PSICOLOGIA – BACHARELADO
CLARA OLIVEIRA RIGUETTI
GABRIEL THOR
RAQUEL DVAGO GALVÃO
RONALDO LOURDES
OS APARELHOS IDEOLÓGICOS DE ESTADO
São João del-Rei – MG
2014
CLARA OLIVEIRA RIGUETTI
GABRIEL THOR
RAQUEL DVAGO GALVÃO
RONALDO LURDES
OS APARELHOS IDEOLÓGICOS DE ESTADO
Trabalho acadêmico que versa sobre os aparelhos ideológicos de Estado, apresentado pela disciplina de Sociologia no 1º período do curso de Psicologia – Noturno (2014) para obtenção de nota.
Orientadora: Profª. Maristela Nascimento Duarte.
São João del-Rei – MG[pic 3]
2014
Introdução
O trabalho que segue busca elucidar sobre os aparelhos ideológicos de Estado apresentados nas obras de Louis Althusser e Pedrinho A. Guareschi, em Aparelhos ideológicos de Estado e Sociologia crítica, respectivamente. A partir da definição e exemplificação dos mesmos, seguirá um aprofundamento de um destes relacionando-o a uma atualidade contextual.
Segundo a obra Aparelhos ideológicos de Estado, de Louis Althusser, estes aparelhos podem ser definidos como certo número de realidades que se apresentam ao observador imediato sob a forma de instituições distintas e especializadas. Na obra Sociologia crítica, de Pedrinho A. Guareschi, os aparelhos ideológicos são parte de uma divisão dos aparelhos gerais. Uma vez que existem dois tipos de aparelhos de Estado, sendo eles: os aparelhos ideológicos e os aparelhos repressivos. Ambos fazem parte da superestrutura, um conceito que abrange as coisas imateriais da sociedade, as ideologias todas; das leis às tradições. Os aparelhos repressivos de Estado fazem alusão ao exército, aos tribunais, às polícias, às prisões e ao direito. Já os aparelhos ideológicos de Estado são as formas que a sociedade criou para desenvolver e asseguras certas condições para sua formação e continuidade. Dentre essas formas estão: as escolas, as famílias, as cooperativas, os sindicatos, a religião, os partidos políticos e os meios de comunicação.
O aparelho ideológico da comunicação é tido como um dos mais importantes, pois é por meio deste que as ideias e as informações transitam e se propagam. Ao falar sobre este aparelho ideológico, Pedrinho A. Guareschi levanta dois pontos fundamentais: a construção da realidade a partir da comunicação e a relação entre a comunicação e o poder.
Em relação à construção da realidade, percebe-se quão grande é a influência da comunicação, visto que tudo passa a existir no momento em que vira notícia. Por esse motivo, se algo deixa de ser comunicado ou noticiado, esse algo passa a não existir. Essa “não-comunicação” abre espaço para a omissão de fatos e acontecimentos que poderiam vir a ser importantes ou decisivos outrora. Dentro disto, surge uma pauta-problema: a veracidade do que é comunicado. A comunicação possui tamanho poder, que passaram a usá-la sem levar em consideração a sua total veracidade. Pode-se observar este problema quando usam dos meios de comunicação para construir a imagem de uma pessoa. Em relação aos candidatos à presidência do Brasil nas eleições de outubro de 2014, por exemplo; os meios de comunicação, principalmente a Internet, foram saturados por informações de diversos formatos e finalidades. Poucas delas construtivas, a maioria se ateve a alvejar o candidato da oposição. Nestas eleições, especificamente no segundo turno e ainda em relação aos dois candidatos à presidência, a comunicação conseguiu deixar claro as ideias sobre deturpação e manipulação. Pois após os discursos e debates, os vídeos e demais filmagens eram editados e distribuídos pelos diversos meios de comunicação. Estes, distorcidos, fizeram com que a população interpretasse de forma errônea alguns fatos. Planos de governo, depois de falados em debate, foram filmados e modificados para que houvesse um entendimento contrário aos propostos. Hoje, na Internet, quem faz a informação é o todo. Os grupos ideológicos são variados e cada um contextualiza ao seu modo para defender sua maneira de pensar. Apesar disso, as outras mídias são as principais coadjuvantes da informação, pois são elas que atraem a grande massa e difundem o que está na Internet. Disto, pode-se concluir que nada do que foi dito pode ser tido como totalmente verdadeiro. Uma vez que a notícia é parcial e cada um procura dizer a sua verdade, a existência de várias verdades faz com que uma ou outra deixem de ser verossímeis em sua totalidade.
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