Relatorio Sobre Poluição

2 – POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

A atmosfera é a camada de ar que envolve a terra e inclui todos os gases sobre a superfície até ao começo do espaço interplanetário. Os constituintes principais da atmosfera seca são:

Azoto (N2) – 78,084%; Oxigênio (O2) – 20,946%; Ár (Ar) – 0,934%; Outros gases (Dióxido de Carbono, Néon, Hélio, Metano, etc.) – 0,037%.

O ar é um recurso natural da terra, constituindo uma fina camada denominada atmosfera terrestre que fica em contacto com a superfície da terra. Esta camada recebe o nome de troposfera que tem uma espessura entre 8 e 16 km. Devido a fatores naturais, tais como as erupções vulcânicas, o relevo, a vegetação, os oceanos, os rios e a fatores humanos como as indústrias, as cidades, a agricultura e o próprio homem, o ar sofre, até uma altura de 3 km, influências nas suas características básicas.

Todas as camadas que constituem a atmosfera possuem características próprias e importantes para a proteção da terra. Acima dos 25 km, por exemplo, existe uma concentração de ozônio (O3) que funciona como um filtro, impedindo a passagem de algumas radiações prejudiciais à vida. Uma grande parte dos raios ultravioletas são filtrados por esta camada de ozônio, dado serem prejudiciais quando em grandes quantidades. A parcela dos raios ultravioletas que chegam à terra é benéfica tanto para a eliminação de bactérias como na prevenção de doenças.

A poluição atmosférica pelas indústrias, que em algumas regiões já tem provocado a diminuição da transparência do ar; O aumento do número de aviões supersônicos que, por voarem em grandes altitudes, alteram a camada de ozônio; A desflorestarão, que diminuindo as áreas verdes, causa uma diminuição na produção de oxigênio; As explosões atômicas experimentais, que liberam na atmosfera grande quantidade de gases, de resíduos sólidos e de energia; Os automóveis e indústrias, que consomem oxigênio e liberam grandes quantidades de monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2). Todos estes fatores, quando associados, colocam em risco o equilíbrio total do planeta, podendo provocar entre outros fenômenos, o chamado efeito estufa, que pode provocar um sério aumento da temperatura da terra e que levará a graves conseqüências. Apesar da composição natural da atmosfera não ser muito variável durante longos períodos de tempo, notam-se cada vez mais os efeitos dos poluentes emitidos para o ar, associados ao desenvolvimento urbano, industrial e à crescente utilização de veículos motorizados, o que se reflete, cada vez mais, em efeitos negativos no equilíbrio dos ecossistemas.

O ar, assim como a água e o solo, é um recurso indispensável à vida na terra. Através de ciclos naturais, os seus constituintes são consumidos e reciclados. A atmosfera tem assim uma certa capacidade depuradora que, em condições naturais, garante a eliminação dos materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilíbrio deste sistema natural conduz à acumulação na atmosfera de substâncias nocivas à vida. A poluição do ar é provocada por uma mistura de substâncias químicas, lançadas no ar ou resultantes de reações químicas, que alteram a constituição natural da atmosfera. Estas substâncias poluentes podem ter maior ou menor impacto na qualidade do ar, consoante a sua composição química, concentração da massa de ar em causa e condições meteorológicas. Assim, por exemplo, a existência de ventos fortes ou chuvas, poderá dispersar os poluentes, ao passo que a presença de luz solar poderá acentuar os seus efeitos negativos. A alteração na constituição química do ar através dos tempos indica que o ar se continua a modificar na medida em que, o homem promove alterações no meio ambiente. Até agora esta mistura gasosa e transparente tem permitido a filtragem dos raios solares e a retenção do calor, fundamentais à vida. Pode-se dizer, no entanto, que a vida na Terra depende da conservação e até da melhoria das características atuais do ar. Os