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Resenha Estado E Movimentos Sociais

Por:   •  4/7/2023  •  Resenha  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  98 Visualizações

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO MEMORIAL ADELAIDE FRANCO-FEMAF

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

POLO BACABAL

ELIANE MENDES OLIVEIRA

Estado, sociedade e movimentos sociais.

Prof: Mateus Soares

BACABAL – MA

2023

ESTADO E MOVIMENTOS SOCIAIS: efeitos colaterais e dinâmica relacional, Nildo Viana. (Síntese do artigo)

Existem diversas abordagens e questionamentos sobre os movimentos sociais, abordagens essas que contribuem para definir os seus efeitos. A fim de explicar mais sobre os movimentos sociais, a teoria sociológica de Nildo Viana, devido seu amplo embasamento teórico e metodológico, o artigo “Estado e Movimentos Sociais: efeitos colaterais e dinâmica relacional” servirá de objeto para essa síntese, apresentando os conceitos e as relações explanadas pelo sociólogo brasileiro, no intuito de contribuir para a compreensão e estudo dos movimentos sociais e sua relação com o Estado.

Na primeira parte de seu artigo, Nildo Viana aborda sobre a relação dos movimentos sociais com o Estado, sendo esta uma relação bem complexa, representando a forma de ação dos movimentos sociais diante do Estado. Em seguida, Viana pauta sobre a conceituação do que são ambas as abordagens, iniciando-se pela definição de movimentos sociais, que, para ele, consiste na distinção das outras diversas ramificações, sendo os grupos sociais de base dos movimentos sociais (mulheres, negros, estudantes, ecologistas, etc.), os indivíduos que realizam mobilização (componentes do movimento social) e, ainda, as ramificações dos movimentos sociais: organizações, indivíduos, mobilizações (protestos, manifestações, piquetes, etc.), ideologias, doutrinas, representações cotidianas, correntes de opinião, tendências e orientações políticas. Já para a conceituação do que é Estado, Viana ressaltou em seu artigo que o Estado é uma “relação social de dominação de classe” e que, na sociedade moderna, é mediada pela burocracia. Com isso, entende-se que os movimentos sociais convocam manifestações para chamar a atenção do governo e da população para suas causas. Geralmente, os movimentos sociais possuem uma relação conflituosa com o Estado, pois alguns desejam alterar a própria composição do mesmo.

Viana aborda adiante sobre a relação capitalista entre os movimentos sociais e o Estado, que ocorre através da sucessão de regimes de acumulação, existindo, portanto, os regimes: imperialista, o Estado liberal, o Estado liberal-democrático, o Estado integracionista e o Estado neoliberal. Entende-se que, de acordo com o artigo, a cada forma de estado, a relação com os movimentos sociais se altera, sendo então considerados os efeitos colaterais provindos dessas mudanças. Como exemplo, o artigo cita o movimento operário, o qual foi de contra a uma modalidade imposta pelo Estado Liberal, que permitia apenas o que foi denominado “direitos civis”, sendo isso, um obstáculo para os movimentos sociais, os quais tem lutas de caráter contínuo, com momentos de radicalização de sua atuação, sobretudo durante as crises do regime de acumulação.

Diante disso, é compreendido que as circunstâncias das políticas estatais geram impactos sobre os movimentos sociais, impactando o financeiro e a política, ou podem também criar obstáculos, pois podem gerar oportunidades para certos grupos e prejudicar outros, pois a política e a forma de governo podem ser boas pra uns, e ruim para outros.

Adiante, Nildo Viana aborda a Iniciativa Estatal, a qual surge das formas de relação direta entre Estado e movimentos sociais. Uma forma de iniciativa estatal direcionada para os movimentos sociais é a burocratização, a qual pode ser entendida como o processo de formação da burocracia ou o processo em que as organizações passam a serem seus próprios fins. A burocratização atinge os movimentos sociais, pois ela delimita os locais em que pode haver reunião, manifestação, ou o trajeto de uma passeata, ela realiza um processo de controle, ou seja, de burocratização.

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