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Resenha sobre documentário vulnerabilidade infantil

Por:   •  22/11/2019  •  Resenha  •  1.177 Palavras (5 Páginas)  •  246 Visualizações

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    A telecomunicação é o grande meio de informação do século, substituindo papeis que eram comercializados como fonte de notícia. Ela abrange todas as gerações e serve não só como meio de informação, mas de entretenimento e propaganda também. O brasileiro, por exemplo, passa em média 5 horas por dia diante da televisão, de acordo com pesquisa feita no ano de 2017.

    O documentário abordado traz uma crítica a vulnerabilidade infantil e a forma como as crianças são facilmente influenciadas, fazendo então com que a mídia veja elas como uma maior oportunidade de venda e tornando as mesmas reféns da publicidade. Logo no início do vídeo vemos informações como “Bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança” e “80% da influência de compra dentro de uma casa, vem das crianças”. Então concluímos que a sociedade de consumo influencia na formação das crianças, modificando ou criando novas formas de pensamento.

    A publicidade voltada a crianças usa uma linguagem de fácil entendimento e objetos simpáticos que façam os pequenos terem uma maior empatia em pouco tempo, com a mercadoria. Essa mercadoria pode ser a mais abrangente possível, desde um produto de consumação, até uma roupa ou brinquedos.

    Há na legislação um certo limite imposto a essas publicidades infantis, pois graças a elas as crianças contraem consequências cada vez maiores e sempre prejudiciais para as mesmas, como obesidade infantil, erotização precoce, consumo de tabaco e álcool cada vez mais cedo, problemas familiares, agressividade e violência, dentre outros.

    Esse mundo consumista faz criar uma comparação de inferioridade na cabeça dos menores. Em um exemplo, a menina que tem o tênis que pisca e um iPhone é mais bem aceita pelos amigos da escola, tem uma ideia de superioridade sobre os que não têm, é vista como ideal. Sendo que nada daquilo seria ideal, todos os produtos supérfluos, mas impostos pela mídia como sendo necessários para se viver e ser bem visto. É como se fosse uma regra básica para sobrevivência.

    Outro ponto importante abordado no documentário é a maturidade precoce de meninas, que estão perdendo a inocência cada vez mais cedo. Estão deixando de brincar e vestir-se como crianças para fazerem coisas de mulheres adultas. Como maquiagem, roupas de adulto, dançando músicas com letras eróticas, dentre outros. Desde cedo preocupadas em se adequar ao padrão imposto pela mídia e esquecendo da liberdade que é ser criança. As crianças são utilizadas de forma brutal, com a simples finalidade de obter sempre maiores lucros. Dessa forma tem sua infância encurtada.

    Além de serem incentivadas ao consumismo pelas propagandas, as meninas dão preferência para roupas e saltos que valorizem e deem destaque para o corpo, estão mais preocupadas com sua aparência, ao invés de curtir a própria infância. O documentário te leva a refletir que aos poucos as crianças vão iniciando a vida adulta precocemente, assim, deixando de lado a infância.

    Outro ponto é a obesidade infantil, uma das consequências trazidas com a publicidade de alimentos industrializados e gordurosos, mas que tem maior facilidade de preparo. O tipo de alimentação está completamente diferente, antigamente mais comidas saudáveis eram consumidas pelas crianças, hoje, vemos crianças se alimentando de McDonalds, Bob’s e Burger King. Podemos analisar no documentário como as crianças de hoje não consomem alimentos saudáveis na parte em que é aplicado uma dinâmica em que a criança precisa identificar o nome de determinado alimento, onde a criança só acerta o nome dos salgadinhos e não sabe o nome de frutas e legumes. Todas as crianças afirmam que preferem ir para as compras em um shopping do que irem para o parque de diversões brincar.

    Ao decorrer do documentário, uma mãe afirma que sua filha tem diversos modelos da boneca Barbie e sempre procura conseguir outros diferentes acessórios para a boneca, sendo que sua filha não brinca com a mesma. Analisando esse trecho do documentário, podemos chegar à conclusão de que as crianças preferem ter para mostrar que tem, do que ter para brincar. A questão é saciar a vontade de comprar.

    Com a ausência de tempo de alguns pais para acompanhar a vida das crianças, elas acabam ficando expostas a influência dos canais de mídia, e mesmo que tenha pais que conversem sobre consumo com seus filhos, as propagandas sempre estão um passo à frente, a todo momento estão atacando as crianças com propagandas, fazendo com que as mesmas busquem seus pais para adquirir certo produto. O ato de consumo nunca para, elas pedem um objeto, se cansam desse objeto e já estão a pedir outro para suprir o desejo de consumo.

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