Teoria De Wallon
Exames: Teoria De Wallon. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jacquemarques • 18/11/2013 • 2.437 Palavras (10 Páginas) • 381 Visualizações
Teoria de Wallon
Wallon informa-nos que o movimento para a criança é de extrema importância para seu desenvolvimento cognitivo e também afetivo. A disciplina imposta pela escola muitas vezes (para determinados alunos) são recebidos com intenso sofrimento. Desejar efetividade no aprendizado impondo um forçoso conteúdo fora de hora ao aluno, ou um imobilismo aos jovens que torna-se impossível cumprir à risca. O movimento, a motricidade da criança é estimulada a todo instante onde parte de nossos músculos e mente sempre está hora em estado de relaxamento, ora de tensão. Torna-se por vezes para o educando um extremo sofrimento ficar horas sentado numa carteira dura.
Conforme descrito acima nas primeiras questões, seu modelo pedagógico é dinâmico e engloba todas as esferas interativas da criança, portanto – uma pedagogia estática, que doutrine o educando no formalismo ortodoxo, ou no castigo ao imobilismo, impede por vezes do educando de aprender, ou assimilar algum conteúdo. Isso devido aos conceitos de Wallon que nos remete que o aprendizado pedagógico é um eterno movimento. Admitem muitas crianças, por exemplo, que sua aula preferida é educação física. Para o jovem, aulas artificialmente teóricas podem não significar absolutamente nada em detrimento uma intensa integração com outros sujeitos em uma aula dinâmica, movimentada, interativa e que possibilite não somente interação, mas um salto qualitativo em sua estrutura psíquica que agora, “retoma” características afetivas, pela recém adolescência adquirida e suas respectivas mudanças biopsíquicas na interação com o meio, outros seres e a cultura.
O desenvolvimento e aprendizagem para Wallon irão seguir uma construção sob o conceito de alternância funcional. Ou seja, ora a estrutura psíquica é voltada para o desenvolvimento das funções de cognição, ora a estrutura psíquica do educando é voltada para o desenvolvimento das funções afetivas. Tem-se uma explicação orgânica, mas também pelas respostas aos estímulos do meios e sociedade que tem o jovem que absorveu signos e sistemas éticos e morais e que terá que DECIDIR sobre tais estímulos e cobranças em direitos e deveres. Trata-se do eterno movimento em forma cíclica que irá tratar de emoções, descobertas sensoriais/motoras, funcionamento cognitivo, linguagem/pensamento abstrato de forma linear num primeiro momento e depois, emoções, descobertas sensoriais e motoras, funcionamento cognitivo e pensamento de forma agora não linear, mas circular.Novamente, ambas as fases podem estar em atuação no psiquismo ao mesmo tempo, mas sempre com uma característica em maior evidência, seguindo padrões de idade e desenvolvimento geral. Adquiri-se pensamento abstrato o jovem, mas por o homem não adquirir um equilíbrio pleno de suas funções psíquicas – emoções podem retornar de sua infância ao domínio comportamental do homem. Seria a retomada de “fases” adquiridas quando se era mais jovem, num movimento cíclico de alternância, ora cognitiva, ora afetiva, ora cognitiva-afetiva.
A consciência de si acontece sob a perspectiva de Wallon aproximadamente aos três anos. Onde a criança passa a desenvolver a “negação do outro” mas indicando em Wallon que a criança nega o outro para se conhecer. Na verdade a negação do outro é a afirmação do eu, enquanto desbravador do mundo e do meio (desconhecido ainda à criança) que se apresenta de forma desafiadora, punitiva ou conforme formação, de forma afetuosa, dinâmica e tolerante. Negar o outro para a criança é forma uma idéia de si mesmo, do corpo, dos sentimentos, da linguagem etc.
Na adolescência, com toda uma mudança na estrutura orgânica do jovem, Wallon afirma, segundo seu modelo de desenvolvimento, que na fase categorial, onde a criança desenvolverá funções cognitivas importantes aproximadamente aos seis anos de idade, terá novamente suas funções voltadas para a afetividade não mais para uma desenvolvimento simplesmente afetivo. Não quer dizer que a criança ao se maturar ao seis anos com pensamento verbal, não tenha sua afetividade também desenvolvida, mas nem Wallon, nem Piaget, coloca fases com “princípio”, meio e fim bem definidos, tudo dependerá de contingências e demais situações do meio e cultura que a criança e o jovem terá que interagir. Wallon defende que na adolescência, o jovem não é problemático por natureza, mas que existe uma mudança de sua estrutura psíquica (antes para o desenvolvimento cognitivo) agora para um desenvolvimento voltado para a afetividade.
Assim com em Vygotsky, Wallon é também um interacionista que formata uma Psicologia da Educação de forma a prescrever ao tradicionalismo educacional que existe uma importância fundamental na interação livre da criança com o meio e com os outros agentes sociais, que a vedação, a poda arbitrária de um modelo tradicionalista/”homogeneizador” poderá fazer um papel inverso pedagógico, transformando a escola tradicional num verdadeiro martírio ao educando pelo doutrinamento sem sentido que por vezes impõe uma pedagogia robótica, uma pedagogia bancária (ver Freire) onde os educando são meros recipientes de depósito de conhecimentos empoeirados. A visão holística de Wallon trará ferramentas importantes para a formação do professor, seu melhor entendimento em sala refletindo inclusive num sistema que possibilita uma mudança agora institucional nas escolas tidas como tradicionais.
Psicologia e Epistemologia genética de Piaget
Epistemologia Genética é a teoria desenvolvida por Jean Piaget, e consiste numa combinação das teorias então existentes, o apriorismo e o empirismo. Piaget não acredita que todo o conhecimento seja, inerente ao próprio sujeito, como postula o apriorismo, nem que o conhecimento provenha totalmente das observações do meio que o cerca, como postula o empirismo. Para Piaget, o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com o objeto.Para Piaget, o desenvolvimento humano obedece certos estágios hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem por volta dos 16 anos. A ordem destes estádios (ou estágios) seria invariável e inevitável a todos os indivíduos, como segue:
• Estágio sensório-motor ( do nascimento aos 2 anos) - a criança desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas sensório-motores
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