Tolerancia e ajuste
Por: wjmendonca • 15/4/2015 • Artigo • 1.808 Palavras (8 Páginas) • 421 Visualizações
Na fabricação de peças mecânicas em serie, onde as mesmas são acopladas a outras é necessário que suas medidas sejam fidedigna as originais , sendo que sua substituição ou montagem ocorra sem nenhum contratempo devido as suas dimensões, denominamos essa operação como intercambiabilidade.
intercambiabilidade: É a possibilidade de, quando se monta um conjunto mecânico, tomar-se ao acaso, de um lote de peças semelhantes, prontas e verificadas, uma peça qualquer que, montada ao conjunto em questão, sem nenhum ajuste ou usinagem posterior, dará condições para que o sistema mecânico cumpra as funções para as quais foi projetado.
Através disso equipamentos mecânicos , podem ter suas peças modificadas sem a necessidade de ajustes , ou modificações do projeto original. Para isso é necessário uma exatidão na fabricação dessas peças.
Como sabemos que não existe uma exatidão absoluta , causado por inúmeras deficiências encontradas nas empresas , sendo elas desde a mão de obra até mesmo problemas mecânicos , fazem com que as dimensões especificada nos desenhos sejam alterados .
O sistema fazem com que podemos fazer com que as dimensões nominas (dimensões indicadas no desenho) e as dimensões reais (dimensões onde encontramos através das medições das peças) podem ser utilizadas sem o possível descarte, assim podemos ter peças com valores maiores , menores ou iguais desde de que , encontram-se classificação de qualidade de trabalho da mesma. Podemos ter uma peça com cota nominal de 50 mm onde encontramos variações de suas cotas de 50,02, 50 ou 49,98 e diante a isso podendo ser usada nos projetos sem a modificação ou ajuste para serem utilizadas em seu processo
Para que possamos ter essa excelência é necessário padronização de tolerâncias nas cotas dessas peças
Tolerâncias não são especificadas ao acaso. Entidades internacionais criaram um sistema normalizando um sistemas , sendo utilizado pelo Brasil pela ABNT , criado em 1926 como o nome de SISTEMA DE TOLERÂNCIA E AJUSTE ABNT/ISSO (NBR6158 ). Também podemos encontrar sistema como a DIN 7182
Através de regras, tabelas e conjunto de princípios cria-se ajuste racionais de forma de tornar a produção mais simples, econômica e com a menor possibilidade de falhas na utilização das peças . Esse sistema estabelece uma série de tolerâncias fundamentais que determina precisão e qualidade de trabalho.
Baseando se na ISO cria-se um conceito de ajuste e tolerância ,condicionando diâmetros de 1 a 50 mm, serie de tolerâncias determinando a qualidade de usinagem e série de classe de ajuste,devendo ser verificado esse dados com a temperatura da peça a 20 ºC. Com 18 qualidades de trabalho, a norma corresponde a um valor de tolerância sendo especificada pelas letras IT. A letra I corresponde a palavra ISO e T corresponde a tolerância e após as duas letras encontramos inumerações de 01 á 18, correspondendo aos parâmetros de tolerâncias .
As medições de qualidades 01 a 04 estão associados as medições extraprecisa , medições utilizada em calibradores que verificam a veracidade das medições .
No extremo dessa escala as qualidades 11 a 16, corresponde a maior tolerância aceita na fabricação , sendo utilizada nas medições de peças que não requer um grande precisão , onde classificamos essa mecânica grosseira .
Para encontrarmos a melhor classificação de nossa tolerância , devemos verificar onde as peças que estamos trabalhando serão utilizadas . Peças que tem a sua funcionalidade acopladas as outra devem ser estabelecida as tolerância próxima a 01 e outras com funcionalidade isolada podemos usar tolerância após 11.
Usualmente eixos utilizam IT entre 04 e 11 . e furos tem sua qualidade entre IT 05 a 11.
[pic 1]
Pode-se também ser encontrado o valor a ser utilizado utilizando uma formula.
Através desses dados temos uma tabela para ser utilizada,fixado no grupos de dimensões nominais pela norma ABNT NB-86
Grupos de Dimensões Nominais [mm] | |||
de 0 até 1 | de 24 até 30 | de 120 até 140 | de 250 até 280 |
1 3 | 30 40 | 140 160 | 280 315 |
3 6 | 40 50 | 160 180 | 315 355 |
6 10 | 50 65 | 180 200 | 355 400 |
10 14 | 65 80 | 200 225 | 400 450 |
14 18 | 80 100 | 225 250 | 450 500 |
18 24 | 100 120 |
Nos desenhos técnicos temos indicações de tolerância , indicados pelo numeral sem a sigla IT, e após esse valor uma ou duas letras indicando a tolerância
Numa dimensão onde a cota nominal é ø 30h7 , o numeral 7 é o indicativo da qualidade de trabalho , e com a letra h identificamos o campo de tolerância . No campo de tolerância encontramos valores aceitáveis para dimensões mínimas e máximas na fabricação da peça.
No sistema ISO temos 28 campos de tolerância , sendo identificas por letras do alfabeto latino.Cada campo de tolerância é associada a uma letra , demonstrada por uma letras minúsculas para eixos e, letras maiúscula para furos.
Exemplificando
[pic 2]
A letras para os campos de tolerância para eixo são:
[pic 3]
E se verificamos as letras para furos são as mesma, porém e letras maiúsculas:
[pic 4]
As tolerância de eixos demonstra medidas externas e , as tolerância de furos demonstra medidas internas , com essa diferença de indicação auxiliamos na interpretação dos desenhos.
Para entender melhor o conceito sobre furo , são elementos cilíndricos e não cilíndricos , que se alojam na parte externa de outro elemento mecânico na parte externa .E eixo são elementos cilíndricos e não cilíndricos , que se alojam a parte interna de outro elemento.
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