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África – Séculos VIII ao XV

Por:   •  3/7/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.646 Palavras (11 Páginas)  •  284 Visualizações

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JOSÉ RICARDO RIBEIRO

África – Séculos VIII ao XV

Professor Doutor Rodrigo dos Santos Rainha

Rio de Janeiro

Novembro/2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Trabalho realizado como parte da primeira avaliação da disciplina História Econômica, Política e Social  – HESP I do Curso de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Aluno: José Ricardo Ribeiro

Professor Doutor Rodrigo dos Santos Rainha

RESUMO: Este trabalho abordará a expansão do islamismo na África, no período entre o século VIII ao XI. Apontará algumas consequências sociais e econômicas provocadas pelo evento histórico da islamização africana, e destacará o comércio de escravos pelos árabes muçulmanos e o choque entre as culturas envolvidas.

Palavras-chave: África. Islamismo.  Escravos. Cultura. Política. Religião.

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................5

1. Um Breve Panorama do Continente Africano............................................6

 

2. O Islamismo............................................................................................8

3. A Expansão Islamismo na África.............................................................11

4. A Escravidão Africana..............................................................................13

Conclusão....................................................................................................14

Referências Bibliográficas............................................................................15


INTRODUÇÃO

O poeta, historiador e diplomata Alberto da Costa e Silva, autor da obra A Enxada e a Lança, ensina que a história da África durante muito tempo foi uma espécie de capítulo de antropologia e etnografia do continente africano. Os seus registros históricos eram as narrativas que os árabes e os europeus fizeram sobre as suas viagens. A História da África somente se consolidou, como uma disciplina autônoma, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ainda no século XX, os estudiosos brasileiros enxergavam as relações históricas com aquele continente como um polo fornecedor de escravos para o Brasil, como se o africano que era trazido à força nascesse num navio negreiro, sem a sua própria história, explica o historiador.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1964, iniciou o importante trabalho de contar a História africana a partir da visão regional. A obra documentou para o mundo as diversas técnicas e tecnologias que utilizamos e são provenientes daquele continente, provando que a África desde a antiguidade era constituída não por tribos, como percebe certo senso comum, mas por sociedades organizadas.

No século VII ao XIV o norte do continente africano sofreu profundas mudanças, com a chegada dos árabes muçulmanos que atravessaram o Mar Vermelho, iniciando a expansão islâmica no solo africano, deixou marcas indeléveis nos fundamentos basilares socioeconômicos daquela região. Convém rememorar que até aquela época, o interior do continente era pouco conhecido, pois as transações comerciais circulavam somente nas rotas litorâneas.

  1. UM BREVE PANORAMA DO CONTINENTE AFRICANO

O continente africano possui área de 30.370.000 km² - o Brasil possui 8.515.767,049 km². É banhado ao norte pelas águas do Mar Mediterrâneo e ao Sul pelo Oceano Índico. O seu tamanho populacional é aproximadamente de 1,216 bilhões (2016) – o Brasil possui aproximadamente 206.700 milhões (2016). Embora com elevada dimensão geográfica e populacional, apresenta baixos índices no seu desenvolvimento econômico, e o seu percentual na participação no Produto Interno Bruto (PIB) mundial é apenas 1%. A exploração dos minérios, principalmente, ouro e diamante, e a agricultura são os seus principais recursos, mas explorados por empresas multinacionais geram, pouca renda ao continente.

A África do Sul, o Marrocos, o Egito, a Tunísia, a Argélia e a Líbia possuem os melhores indicadores de desenvolvimento econômico. Atualmente, os principais desafios do continente africanos são erradicação da fome, as epidemias, como a AIDS, o analfabetismo - em torno de 40% da população e os conflitos armados, em geral por questões étnicas e religiosas. As religiões mais praticadas são o Islamismo (40%) e a católica romana (15%).

O Antigo Egito é a civilização mais conhecida da África. Por dois milênios os egípcios foram senhores de extensas áreas e as suas obras sobrevivem até hoje e são um verdadeiro orgulho da humanidade

Todavia, qualquer pensamento que se elabore sobre o imenso continente africano deve ser precedido do conhecimento sobre a importância histórica que a região representa para a humanidade: os seus grandes reinos africanos e a sua diversidade cultural.

Foi no continente africano que a Arqueologia registrou a descoberta dos mais antigos fósseis de hominídeos, australopitecos e homens de Neandertal.

A África liga o homem a sua própria origem.

Na História africana, o primeiro contato com os seus reinos foi realizado pelos árabes, no século VII, que estabeleceram fortes laços comerciais no continente e levaram uma nova religião: o islamismo. Os costumes religiosos africanos devotavam, principalmente, aos elementos naturais a sua fé. O comércio foi sendo intensificado e a relação dispunha os escravos, o marfim e a noz cola trocados pelos tecidos árabes, as pérolas e o cobre. Nessa fase, a África experimentou um período de prosperidade, destacando três grandes reinos: Songhai, Ghana e Mali. Songhai assumiu o califado do Sudão; Ghana, possuidora de minas de ouro, organizou-se politicamente e administrativamente, elaborando um sofisticado sistema tributário, pecuário, agrícola; Mali, comparado aos outros dois, foi o mais extenso territorialmente, e no século XIV, controlava as rotas do comércio transaariano – costa sul-norte.

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