Características do rádio e Gêneros radiofônicos
Por: Thauan Guedes • 9/4/2015 • Projeto de pesquisa • 1.209 Palavras (5 Páginas) • 806 Visualizações
Características do rádio e Gêneros radiofônicos
CARACTERÍSTICAS DO RÁDIO
A compreensão das características rádio enquanto meio de comunicação, sua relação com o público ouvinte, é fundamental para entender os pontos fortes e as fraquezas do rádio, representa a porta de entrada para determinar o modo de comunicação e a linguagem adequada para uma emissora alcançar os seus objetivos, que é a audiência.
Este processo ocorre ao longo de um percurso de convívio e desenvolvimento do meio na sociedade brasileira, através do qual ele foi se constituindo como um fenômeno cultural de múltiplas dimensões e sentidos. Por outro lado, dependente da audiência, o rádio vem procurando adaptar-se aos diferentes formatos indicados nas pesquisas de preferências e comportamento dos ouvintes.
Neste contexto, ORTRIWANO, 1985; PRADO, 1989; MCLEISH, 2001; BARBOSA FILHO, 2003 destacam entre as principais características do rádio: simplicidade, instantaneidade, flexibilidade, mobilidade, sensorialidade, intimidade, acessibilidade, penetração e interatividade.
Barbosa Filho (2003, p.45) afirma que estas características, se bem aplicadas, poderão facilitar a mediação entre produção e recepção, locutor e ouvinte. Vamos às suas especificidades, com base nas concepções dos autores acima citados:
Simplicidade - o rádio utiliza uma estrutura simples, não exige grandes espaços ou vários equipamentos para a transmissão, como ocorre com a televisão, por exemplo. Prado (1989, p. 18) chama a atenção para a capacidade do rádio em ser entendido por um público muito diversificado, por não exigir um conhecimento especializado para decodificar a mensagem.
Instantaneidade – no rádio a comunicação é instantânea, a informação chega ao ouvinte enquanto os acontecimentos se desenrolam. No entanto, se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante, a mensagem não o atingirá, ressalta Ortriwano (1985, p.80). Embora, os recursos digitais possibilitem, cada vez mais, o ouvinte arquivar ou acessar as mensagens momentos depois da emissão. A velocidade é um dos marcos da transmissão radiofônica.
Flexibilidade – embora tenha uma grade bem definida, a programação do rádio é flexível, o que possibilita alterações no conteúdo a qualquer momento, sem exigir uma engenharia complexa, como por exemplo, a inserção ou alteração de música, informação ou mensagem publicitária. O ouvinte não precisa necessariamente parar o que está fazendo para ouvir a transmissão radiofônica. A audiência ocorre em meio a outras atividades, seja em casa, no ambiente de trabalho ou mesmo durante a locomoção de um lugar ao outro, nas mais diversificadas condições.
Mobilidade – sob o ponto de vista do emissor, sendo menos complexo tecnicamente do que a televisão, o rádio pode estar presente com mais facilidade no local dos acontecimentos. Para transmitir as informações basta um telefone celular. Sob o ponto de vista do receptor, o rádio está disponível em todos os formatos e tamanhos, permitindo a recepção individualizada em todo lugar.
Sensorialidade – ao passo que na televisão e internet os usuários contam com som e imagem, o rádio utiliza-se apenas da voz. Isso estimula a imaginação do ouvinte, que tem a liberdade de criar um “diálogo mental” com o emissor, com base no que está sendo dito, construindo a imagem do assunto, fato ou pessoa objeto da locução. O rádio desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais, de acordo com as expectativas de cada um, afirma Ortriwano (1985, p.80).
Acessibilidade – o baixo custo do aparelho receptor torna o rádio acessível a qualquer segmento da população. Presente em praticamente todos os municípios brasileiros, mantém a tradição de portas abertas aos ouvintes, que também pode participar através de carta, telefone, e-mail, facebook e demais mídias sociais. A produção radiofônica, por ser menos complexa, tem baixo custo. O mesmo ocorre com o espaço reservado para a inserção de mensagem publicitária, o que o torna acessível aos pequenos e médios anunciantes.
Penetração – as transmissões de rádio chegam aos mais remotos povoados do país, como por exemplo, comunidades amazônicas, onde ainda é o único meio de contato com o resto do país. Embora consolidado como um meio de comunicação local, mantém a cobertura regional e avança no projeto de rede nacional. Graças à internet tornou-se um veículo de alcance universal, que pode levar a sua mensagem a qualquer parte do planeta. O rádio ainda é considerado o mais popular meio de comunicação do país. Ao mesmo tempo, oferece, através da segmentação da programação, opções de conteúdo aos diversos segmentos da sociedade.
Intimidade – apesar de falar a milhões de ouvintes, a comunicação no rádio é dirigida a cada ouvinte. Lembra McLeish (2001, p.17) que o rádio é “muito mais algo pessoal, que vem direto para o ouvinte”. Em muitos momentos assume a condição de “amigo”, reduz os sentimentos de solidão, criando uma sensação de companhia.
Interatividade – embora utilize a emissor – meio – receptor, o rádio se destaca entre os demais meios de comunicação de massa por proporciona ao público a interatividade, embora limitada e controlada. O ouvinte pode “pedir música” (será atendido se a música constar do play list da emissora) e em algumas emissoras “oferecer a música”; dar sugestão de pauta (em determinados programas até ir “ao ar” para “fazer uma reclamação”); prestar informação (utilidade pública, trânsito e serviços); opinar em pesquisas; concorrer a prêmios, entre outras formas de participação.
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