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Ciência Política Resumo

Por:   •  26/4/2015  •  Monografia  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  375 Visualizações

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Universidade Unigranrio Campus Duque de Caxias

Camila Silva Mattos - 2900166

Comunicação Social / Jornalismo

3° período                   08/04/2015

O Estado e a Ordem:

O homem e sua incessante busca por espaço na sociedade.

Considerações gerais:

O ser humano que sempre procurou viver em sociedade, pela necessidade de construir coisas, de se relacionar com pessoas e almejar conquistas e ideais, de fato uma pessoa ao nascer sente a necessidade de se localizar em uma sociedade e este processo vai do nascimento até a morte, ensinando o indivíduo a participar da sociedade pelo processo de aprendizagem.

Tal fato ocorre porque a pessoa precisa ser “treinada” para exercer os vários papéis na sociedade, o mesmo ocorre junto à família para a socialização em outros grupos sociais.

Berger registra que a pessoa passa a ser identificada com precisão no mapa social e enfatiza que a sociedade é externa a nós.

Aristóteles afirmou que toda cidade é uma espécie de associação e que toda ela se forma tendo por alvo algum bem e se propõe a alguma espécie de lucro.

Partindo deste ponto, nota-se que a sociologia irá desenvolver no domínio social, isto é, estará voltada para as relações desenvolvidas em determinado ambiente social. Compete à sociologia discutir conceitos sociológicos fundamentais sendo, portanto, a ciência da interação social. Na verdade a mesma pode tomar múltiplos aspectos, pode-se afirmar que passamos a viver numa cadeia global, que modificou as relações sociais.

Sobre a sociedade, Celso Albuquerque Mello apresenta vários conceitos, existem três usos mais comuns do termo: um sentido mais lato, totalidade de relações entra as criaturas humanas; cada agregado de seres humanos de ambos os sexos e idades unidos num grupo com instruções e culturas distintas em maior e menor grau pode ter amizade; e as instituições e a cultura de um grupo de pessoas de sexos e de todas as idades, grupo esse, inclusive, mais ou menos distintos e que se autoperpetua.

O autor que procurou sistematizar e estabelecer esta diferenciação foi Ferdinand Tonnies, que levou em consideração a intensidade do vínculo psicológico nos grupos sociais: “As comunidades são compostas ou pelos indivíduos unidos por laços naturais ou são espontâneos ou por objetivos comuns e interesses particulares. Simpatia, afinidade e um sentimento de pertencer ao grupo, assegurando sua união e a cooperação de cada um. Sociedades são grupos baseados na vontade livre de cada um se integrar ou formar uma associação para determinados fins. Os contratos estabelecem-se na base dos interesses individuais, a vontade refletida produz a sociedade”.

Para Jiménez Aréchaga os conceitos de sociedade e comunidade são questões normativas, relações devem situar centros de Poder Independente.

Assim em uma determinada ordem, os homens se agrupam formando dois tipos de relação: comunalização e socialização. Comunalização designa atividade social unificadora que fundamenta no sentimento subjetivo dos participantes de pertencerem a um mesmo conjunto. Socialização designa atividade que unifica seres na mesma base de compromisso ou de coordenação de interesses segundo esquema de racionalização por valor ou finalidade. A primeira repousa sentimentos de caráter religioso, doméstico, erótico ou étnico. A socialização repousa um comprometimento comum, troca e mercado, associação para defender interesses.

Pode-se assinalar que numa sociedade simples formas de controle são mais atuantes e nas sociedades maiores os controles são mais complexos pela necessidade de criar mecanismos capazes de manter “ordem” social e democracia dos poderes. Partindo dos conceitos formulados por Berger acerca das formas de controle social, tem-se:

A violência, o meio mais antigo de formas de controle social, deverá ser usada apenas se necessária. Nas democracias ocidentais prevalece à ênfase ideológica na submissão voluntária às leis votadas por representantes populares, a presença constante da violência oficial é menos invisível, contudo nos países de ideologia menos humanitária e democrática. Ao mesmo tempo ela vem sendo usada como forma de controle mais antiga e também está presente em todas as formas de controle social existentes.

A pressão econômica: esse meio é de suma importância, na medida em que irá interferir diretamente na sobrevivência de indivíduos que compõem a sociedade. Também utilizado fora das instituições econômicas tais como igrejas e as universidades, que utilizam sansões econômicos com o intuito de impedir seu pessoal de se entregar a uma conduta discordante da que as autoridades julgarem ultrapassar os limites do aceitável. Berger salienta que “poucos meios coercitivos são tão eficientes como àqueles que ameaçam o “ganha pão ou lucro”.

Persuasão, ridículo, difamação e opróbio: mecanismos de controle muito potentes e sutis aplicados normalmente em grupos primários já que indivíduos que os compõem estão pessoalmente ligados. Estudos comprovam que, durante certo período de intensa discussão, os indivíduos mudam suas opiniões originais, ajustando-se à norma grupal. A difamação é de especial eficácia em pequenas comunidades onde o “disse me disse” é um dos principais canais de comunicação, essenciais à manutenção da trama social. O opróbio se torna uma das mais devastadoras punições, consistindo em submeter seus membros ao isolamento e rejeição, ao discordar e agir de maneira diferente a do grupo.

Moralidade, costumes e convenções: são também meios de controle social que exercem definitiva pressão sobre o indivíduo e suas atitudes, podendo acarretar sansões legais ao infrator. A moralidade é punida com perda do emprego, a perda de capacidade de se inserir em outro e o anti-convencionalismo pela rejeição do grupo.

O sistema ocupacional: outra forma de controle social menos geral é o da ocupação escolhida pelo indivíduo que o subordina a vários controles formais e informais, como o controle exercido por organizações profissionais e sindicatos e os impostos por colegas de trabalho. O de maior importância, pois o emprego decide o que uma pessoa pode fazer na maior parte de sua vida.

Família e amigos: exercem meios de controles na medida em que a perda de prestígio, o ridículo ou o desprezo nesses grupos, provoca efeitos psicológicos muitos mais sérios que em qualquer outro. Pois neles há laços sociais mais importantes, é denominado pelos sociólogos alemães como “esfera do íntimo”.

O sistema legal e político: se encontra representado como a forma mais exterior do conjunto dos círculos concêntricos  de controle social. Nesse sentido, as palavras de Diogo de Figueiredo Moreira Neto:” Pois bem, neste amplo quadro, enfocando agora de modo especial, os avanços da política e do direito, como dois mais sofisticados instrumentos civilizatórios desenvolvidos...” Para Bobbio conclui-se que as divisões de estado sobre as várias formas de governo teve significado de reflexão com intenções meramente descritivas sobre as coisas da cidade. O conceito de estado deve, portanto, além de indicar os elementos materiais “neutros”, refletir a dupla característica política e jurídica.

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