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O INSTRUCIONALISMO E O CONSTRUCIONISMO SEGUNDO SUA APLICABILIDADE NO MEIO EDUCACIONAL

Por:   •  9/11/2017  •  Dissertação  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  360 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

Everson Decothe dos Santos

Guilherme Martins de Oliveira

Julio Cesar dos Santos Faria

Kaio Chagas dos Reis Almeida

Matheus dos Santos Rosa

O INSTRUCIONISMO E O CONSTRUCIONISMO SEGUNDO SUA APLICABILIDADE NO MEIO EDUCACIONAL

Cachoeiro de Itapemirim

2017

INTRODUÇÃO

Com a chegada da globalização e suas advindas ferramentas tecnológicas, os meios educacionais tomaram centro de debates com mais freqüência do que antigamente. Melhor dizendo, a tecnologia fez com que as maneiras com as quais os alunos absorvem o conteúdo que lhes é passado no ambiente escolar fossem debatidas e assim acirraram-se as discussões sobre as didáticas mais adequadas e eficientes.

Um diálogo que ficou (novamente) em evidência envolve as perspectivas instrucionista e construcionista. Apesar das disparidades bem evidentes entre as duas vertentes, as mesmas podem se complementar enquanto ferramenta de ensino, o que faz com que ambas sejam largamente defendidas e consideradas úteis de acordo com objetivos específicos na educação. Logo, por conta da ampla aplicabilidade do instrucionismo e do construcionismo, torna-se viável que os estudos sobre estes sejam estendidos entre professores e alunos.

Para que as duas perspectivas possam ser entendidas de acordo com seu encaixe na educação, é válido que seus detalhes estejam bem explicitados para que assim possam ser identificadas peculiaridades, diferenças, possíveis falhas e demais fatores que permitam um debate mais claro entre as vertentes. Nesta pesquisa em especial, os elementos bibliográficos escritos e visuais, tais como as charges, ajudam a dinamizar o referido conteúdo. Primeiramente, portanto, cabe-nos uma diferenciação. Neste caso, esta diferenciação será feita a partir de uma “visão filosófica” entre as duas correntes, o que quer dizer que trabalharemos com definições mais palpáveis. Entretanto, exemplificações enriquecerão nosso debate.  

DESENVOLVIMENTO

Comecemos com a vertente um pouco mais tradicional em relação a outra: o instrucionismo. O instrucionimo pode ser observado largamente no ambiente educacional. Não só nas escolas regulares, mas também em qualquer instituição de ensino, seja ela relacionada a esportes, artes, culinária, idiomas e etc. De fato, por ser flexível até mesmo em relação ao meio em que se aplica, o instrucionismo justifica sua presença relativamente maior que o construcionismo (PAPERT, 2008).

Como a própria nomenclatura implica, o instrucionismo remete a tudo aquilo que é instruído. Consequentemente chegamos a sua definição. Fugindo do específico, podemos dizer que o instrucionismo é uma vertente que se caracteriza por seguir regras quanto à docência. Em outras palavras, trabalha com um pouco mais de clareza, utilizando geralmente uma condição linear, o que torna sua transmissão mais limpa e direta. E, assim sendo, o instrucionismo se contrapõe ao construcionismo justamente por essa dinâmica mais regrada e que acaba ofuscando possibilidades de criação por parte dos alunos (RÁDIO LICIE, 2014). A charge escolhida ilustra essa índole do instrucionismo.

  1. A rigidez do instrucionismo

[pic 1]

Fonte: Google Imagens, 2017

Por conta da importância dos detalhes nesta nossa argumentação, devemos considerar algumas falhas no método instrucionista. Além da questão da limitação das possibilidades de criação, uma das maiores críticas é que o instrucionismo não cria alternativas para os erros que possam ser cometidos dentro de sua dinâmica, ou seja, como seus resultados são mais exatos, os erros também são mais determinados, o que pode levar os alunos a situações de fracasso (RÁDIO LICIE, 2014).

Apesar das novas tecnologias da informação e comunicação tornarem possível um amplo espectro de estilos de aprendizagem, a Escola (com letra maiúscula, como instituição) mudou muito pouco. Ela raramente utiliza maneiras naturais de aprender, apegando-se a um currículo de disciplinas isoladas, “transmitindo” conhecimentos em pequenas doses, cobrados em provas mensais, semestrais, vestibulares (CYSNEIROS, 2008).

Ainda que não seja a corrente defendida por Papert (2008), o instrucionismo não deve ser, considerando as duas vertentes, tido como “vilão”. Pelo contrário, conforme dito na introdução, ele se aplica de acordo com objetivos que se desejam alcançar. Por exemplo, seus defensores argumentam que a perspectiva instrucionista, por meio de sua linearidade, é eficaz considerando ferramentas como as repetições em métodos de treinamento (RÁDIO LICIE, 2008).

No ambiente escolar, o instrucionismo e sua dinâmica de reprodução são observados em praticamente todas as disciplinas. Entretanto, podemos inferir que algumas se adaptam melhor a esse método do que outras. Considerando esta referida reprodução, as aulas de educação física abraçam bem o instrucionismo visando treinamento com repetições por exemplo. Outro exemplo poderia ser aulas práticas de artes, uma vez que os alunos reproduzem partindo de uma inspiração específica ou uma instrução propriamente dita. Este exemplo da aula de artes condiz com o que Papert (2008) alega sobre o instrucionismo que algumas vezes veste uma roupagem construcionista quando dá ilusão ao aluno que ele é o único autor de sua obra, que ele a cria sozinho.

O construcionismo que Papert (2008) argumenta a favor é bem diferente, mas assim como o instrucionismo, existem ambientes que se adéquam melhor a seus métodos de ensino. A principal característica que difere o construcionismo do instrucionismo é que neste primeiro existe uma vasta possibilidade de criação em suas ferramentas educacionais. Mesmo que dentro de um ponto de partida, o construcionismo abandona extremos exaltando a capacidade criativa de cada aluno em particular. Ou seja, essa vertente acaba trazendo para o ambiente educacional a veia ativa dos alunos, fazendo com que este se depare com situações de conflito, de resolução de problemas e de descobertas em geral. (RÁDIO LICIE, 2014).

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