Resenha crítica do livro Técnicas de Comunicação Escrita
Por: Kiskrof • 3/10/2016 • Resenha • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 1.700 Visualizações
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
ESCRITA”
Aléxia Ernestina do Nascimento Sousa[1]
Técnicas de Comunicação Escrita é um livro didático da disciplina de Língua Portuguesa que tem como autor Izidoro Blikstein. Trata-se de algumas formas indispensáveis para se escrever bem e atingir o real objetivo da comunicação escrita, que é obter uma resposta do leitor. Para discorrer sobre esse tema, o autor divide o livro em quatro capítulos, nos quais trabalha tanto com linguagem verbal quanto com linguagem não verbal, fazendo uso de imagens, gráficos, símbolos, radiografias, diversificando os recursos de transmissão de conhecimento para melhor compreensão. Além disso, utiliza a linguagem padrão, mas de uma forma mais descontraída, e expõe uma série de exemplos ao longo do texto. Tem como público alvo qualquer pessoa que deseja aperfeiçoar ou até mesmo obter mais conhecimentos sobre a escrita.
O primeiro capítulo do livro faz uma analogia a frase “quem não escreve bem, perde o trem”, mostrando uma situação do cotidiano que acaba sendo comprometida devido ao mau uso da linguagem escrita, dando margem para outra interpretação, diferente daquela que o autor realmente desejava passar, e, consequentemente, interferindo nos seus planos.
No segundo capítulo, a autor, a partir da história relatada no primeiro capítulo, irá definir o que é escrever bem. O primeiro segredo apresentado é escrever com clareza, para que a resposta do leitor seja aquela que o autor tem em mente. O segundo consiste em se comunicar bem, tornar o pensamento comum aos outros, com exatidão, para que a função da escrita possa ser cumprida. O terceiro e último segredo é agradar e persuadir o leitor, para que este seja motivado a produzir a resposta correta. Essas são, portanto, as três funções básicas da comunicação escrita. Há sempre, no entanto, interferências, denominadas de ruídos, de ordem física (dificuldade visual, má grafia de palavras, cansaço, falta de iluminação, etc), cultural (palavras ou frases complicadas ou ambíguas, diferenças de nível social, etc) e psicológica (agressividade, aspereza, antipatia, etc) que podem abalar significativamente uma dessas funções.
É no capítulo três que o autor vai tratar sobre como combater essas interferências. A primeira das formas é através do remetente, o qual deve verificar se o destinatário entendeu a mensagem, controlando, assim, o envio, a emissão e recepção da mesma, enquanto o destinatário fica encarregado de lê-la com atenção, procurando o melhor entendimento possível. A elaboração dessa mensagem consiste em uma ideia formada pelo remetente que, através de um estímulo físico, é transmitida ou compartilhada com o destinatário. Dessa forma, o estímulo físico é o significante, a ideia é o significado e a mensagem é um conjunto de unidades de signos (significante + significado). Para que a ideia seja a mesma para todos os envolvidos na comunicação, é preciso que o significante e o significado tenham uma ligação estável ao longo de todo o fluxo comunicativo, o que induz a uma convenção, código fixo.
Nesse processo, há uma codificação pelo remetente e uma descodificação por parte do destinatário. É de extrema importância que o código utilizado seja dominado por ambas as partes, assim como o conhecimento da bagagem cultural ou repertório do destinatário se faz necessário, já que o mesmo signo pode ter descodificações completamente diferentes a depender do repertório de cada indivíduo, além do cuidado que se deve ter com estereótipos formados. O grande problema encontrado está no fato de, em alguns casos, haver mais de um significado para um significante, levado a uma variedade de respostas, o chamado código aberto, sendo então aconselhável o código fechado na maioria dos casos, nos quais os objetivos são delimitados e precisos, mas não em todos.
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