Teorias sociais do Brasil- Darcy Ribeiro
Por: André Fridman • 3/4/2016 • Trabalho acadêmico • 972 Palavras (4 Páginas) • 1.778 Visualizações
Teorias sociais
Do
Brasil
Professor: Tiago de Paula Oliveira
Nome: Thiago Ribeiro de Oliveira
Matrícula: 41422823
Instituição: FAAP
Curso: Publicidade e Propaganda
Turma: FPN
Segundo Darcy Ribeiro, o processo de formação da identidade brasileira se da inicialmente com a questão proposta pelo autor que é “porque o Brasil não deu certo”.
Darcy inicia seu pensamento analisando qual a causa do país mais rico do século XVII não ter dado certo, pois foi através do comércio do açúcar que o Brasil chegou a esse status. Ele evidencia seu pensamento comparando os EUA ao Brasil, pois nesse período os norte-americanos eram apenas um povo sem muito desenvolvimento e com uma plantação de açúcar pouco avançada. O autor diz que a teorias eurocêntricas servem como uma explicação para essa teoria, pois os Estados Unidos assim como o Canadá são uma continuação do que houve na Europa, sua historia está totalmente ligada ao feudalismo, diferentemente do que ocorreu no Brasil.
Comparando o processo de formação da identidade de países como os EUA e a Austrália ao Brasil. Ele diz que criar uma Inglaterra de “segunda”, é muito fácil, e que a formação da identidade brasileira é muito mais complexa do que apenas juntar uma série de degredados de certo país em outro local.
Segundo Darcy, a identidade do povo brasileiro é totalmente confusa, pois os europeus ao desembarcarem em terras tupiniquins e criarem um laço afetuoso com os habitantes nativos, se tornam parte do processo do cunhadismo, que consistia na “doação” de uma mulher da aldeia a um estranho, no caso os europeus. Ao notarem essa prática o “homem branco” se da conta que poderia utilizar a ajuda dos índios para que pudessem conseguir o que necessitavam que nesse primeiro momento, era o pau-brasil. No entanto, com essa prática de oferecer suas mulheres aos estrangeiros, a população brasileira se multiplica fantasticamente e com isso dando origem a uma nova “raça” denominada “mamelucos”. Assim inicia-se esse processo de falta de identificação com as suas origens, pois esse “mameluco” não se identificava com a mãe que era a parte de sua família que estava mais presente, e devido à visão eurocêntrica, que era vista como o melhor rumo a se seguir, ele se identificava mais com a figura do pai, no entanto eram raros momentos os mamelucos que possuíam o pai presente em seu cotidiano.
Isso também começou a ocorrer com os negros trazidos da África, pois quando iniciou o comércio escravocrata os traficantes negreiros traziam moças de onze e doze anos que valiam a mesma coisa que um trabalhador forte, pois elas eram utilizadas para o gozo dos patrões e dos capatazes, a essa criança proveniente desse relacionamento era dado o nome de “mulato”, que também estava inserido nessa mesma falta de identidade que o mameluco. Essas situações podem ser descritas a partir do trecho do texto de Darcy Ribeiro “o brasileiro é essencialmente mestiço, na carne e no espírito, porque essa mestiçagem na carne é o nosso processo de fazimento, foi por ela que nós nos construímos”
Esse processo de mestiçagem e consequentemente a falta de identidade ocorrida no território brasileiro pode ter desencadeado atualmente na apropriação de diversas culturas pelo povo brasileiro, podemos exemplificar isso com a grande diversidade de bairros que concentram povos de outras culturas, como o bairro da liberdade, em São Paulo, que concentra uma grande parte de japoneses e da cultura japonesa em si.
Para Octavio Ianni o processo de globalização ocorreu devido à nova divisão do trabalho, o autor explicita sua ideia dizendo que o que faz com que as empresas queiram lucrar cada vez mais é a busca por condições de trabalho mais baratas e, portanto mais lucrativas para a indústria. Ou seja, cada empresa irá buscar se instalar em países onde a oferta de mão de obra seja mais barata e também um maior incentivo fiscal para as mesmas.
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