Análise Crítica Sobre o Livro 1984 - George Orwell
Por: GeiceM • 19/10/2017 • Resenha • 866 Palavras (4 Páginas) • 1.412 Visualizações
Análise crítica sobre o Livro 1984 - George Orwell
Maria Gecilane Oliveira Magalhães
O livro fala - através do personagem Winston Smith - de um governo extremamente opressivo, que monitorava e controlava todas as atividades dos indivíduos, no qual era liderado pela figura mítica do “Grande Irmão”.
Essa figura mítica era a forma que o Partido tinha de personificar o seu ideal.
No início da primeira parte do livro, é possível identificar de cara a presença da teoria hipodérmica, especificamente quando observamos como o partido tinha a necessidade de explanar a mensagem de forma forçada à população através das “teletelas”.
Fora os inúmeros postes espalhados pela cidade que dizia: “O Grande Irmão está de olho em você”.
As “teletelas” eram uma espécie de híbrido entre TV e câmera; uma forma interativa que servia para informar, dar ordens e principalmente vigiar as pessoas. Eram instaladas em todos os lugares com essa função principal de vigiar para controlar. Mas é interessante lembrar que como o livro mesmo relata, há um questionamento sobre se essas pessoas viviam realmente de forma “monitorada” ou se elas já estavam conformadas com a situação proposta, pois não existia maneira de saber se o sistema era deveras operante.
Considerando os atos de espionagem nos EUA nos últimos anos, essa parte do livro é bastante relevante quanto aos dias atuais, diria até que as redes sociais se assemelha um tanto também. O que lembra que as ações da massa sempre indicam em direção ao objetivo e buscam alcançá-lo pelo caminho mais rápido: o propósito que elas sejam sempre dominadas por uma única ideia; a mais simples possível ou a mais fácil de gerir controle.
“GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNOR NCIA É FORÇA”
Essa é uma das citações do livro mais cheia de aspectos analíticos para se aprofundar baseado nas teorias e nos tempos atuais. Sempre vai ser possível associar uma determinada teoria a uma determinada frase.
“Guerra é paz”: Nos lembra mais uma vez da teoria hipodérmica. Quando nos apossamos da ideia que nos é forçada de que a guerra é tratada como paz, já estamos condicionados a uma forma de controle. Se utilizando assim de uma falsa paz criada pelo governo.
“Liberdade é escravidão”: No livro, essa liberdade é totalmente inexistente, ou até mesmo pregada com outra ideia sobre o que significa liberdade. A liberdade era tida como o amor ao partido, o culto de personalidade ao redor da imagem do “big brother”.
Persuadida na mente do indivíduo baseado no que eles tinham como filtro psicológico.
A ideia que nós temos de liberdade hoje em dia é mais ou menos a mesma se compararmos com a forma de como agimos diante dos nossos desejos particulares.
“Eu sou livre pra gostar/consumir o que eu bem quiser”. Não obstante, esquecemos que nós nos apropriamos como “gosto”, aquilo que já estava proposto (são várias opções de uma única opção que nos é dada). Estando imersos em um sistema que nos diz: “você é livre”, mas no fundo o desejo pela liberdade ainda não cessou.
“Ignorância é força”: Teoria da Persuasão (Efeito Primacy) - Aquela mensagem superficial, se referindo apenas aos argumentos iniciais para que ela possa ser aceita de maneira mais rápida e fácil. Já que uma das maneiras mais poderosas do Partido controlar as pessoas era justamente
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