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Expressoes da sociedade

Por:   •  18/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  221 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 DESENVOLVIMENTO        

3 CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9



  1. INTRODUÇÃO

Por muito tempo, e ainda hoje, uma representativa parcela de nossa população vem sendo alvo de discriminação por não se enquadrarem, num dito padrão de normalidade, historicamente construído. São negros, idosos, homossexuais, gordos, deficientes e tantos outros, que contrariam uma trajetória modal, na luta de seus direitos, na luta pela igualdade.

São estigmas impostos por uma sociedade apática que permite que estas situações se propaguem. É de interesse público que os cidadãos sejam tratados como iguais, pois as situações de desigualdade social fazem com que todo o meio seja prejudicado.

Isso faz parte de um crescimento global. Através da educação e cumprimento efetivo das legislações existentes, é que se poderá garantir que todos sejam iguais em suas diferenças. Cada um é responsável por seus atos e é pela consciência coletiva, que se poderá mudar os rumos da história e fazer valer o espírito de igualdade.


  1. DESENVOLVIMENTO

Todos nós possuímos uma força interior que nos dá força para levarmos a vida a diante e também obstinação para superarmos os diferentes obstáculos que o dia a dia e a sociedade impõem. Porém, essa sociedade na qual estamos inseridos, culturalmente se desenvolveu opressora e excludente, deixando muitos cidadãos a mercê de injustiças, incluindo-os num grande quadro de desigualdades sociais.

Há pessoas de nossa sociedade, também em âmbitos mundiais, que acabam sendo quase que automaticamente estereotipadas por não se enquadrarem num padrão determinado. São as pessoas com deficiência, os homossexuais, os negros, os de outra cidadania, outra religião, cultura, dentre outros. Os diferentes perante um grupo dito normal, muitas vezes, vistos como perfeitos. Algo até contraditório, uma vez que as diferenças existem em cada um de nós.

Os exemplos acima citados fazem parte de uma massa da população vulnerável, ou melhor, discriminada. Vivemos numa realidade que foi fundamentada em muitas diferenças. Desde o descobrimento do Brasil, diversos “tipos” de pessoas frequentam estas terras, miscigenando e criando diversidade, mas que tiveram como embasamento, um discurso que reproduzia estereótipos e produzia rejeição, ou seja, houve uma construção baseada em algo determinado, não seguindo o curso biológico normal.

Para ser determinado, o normal, precisa da anormalidade. “Não é a sociedade que pode determinar o normal de um lado e o anormal de outro, pois a normalidade está em cada um” [...] O “diferente", são versões históricas que se instituíram e que são autorizadas no interior de determinado grupo social. (PUC-RS, Org. BRAGANÇA; PARKER, Igualdade nas Diferenças, 2009, p. 36 - 37).

A Constituição Federal de 1988, dita cidadã, em seu artigo 3° define como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

“Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

Sendo assim, como ainda hoje, há tanto estranhamento frente ao dito diferente? Por que ainda há tanta violência e certo incômodo em relação a estes grupos?  Essa é uma questão diretamente ligada à inclusão. E este é um tema muito atual, que norteia grande parte das legislações existentes e com certeza, as que ainda estão por vir. Da mesma forma, podemos citar as diversas campanhas que tentam divulgar, o quanto há normalidade nesta tão diferente população.

O combate efetivo aos estereótipos, dos preconceitos e da exclusão, é algo recorrente da nossa época. É com sentimento de frustração que acabamos presenciando casos degradantes, que essa parcela da população enfrenta, e que só conseguem se “proteger” com a força da Lei. São criadas a cada dia, mais e mais Leis, mas muito se amenizaria se as já existentes fossem devidamente aplicadas e respeitadas.

Não existe uma perfeição se tratando de humanos. Assim como ninguém nasce sabendo e é ensinado ao longo da vida, que se cria a consciência de que, todos são diferentes uns dos outros. Tudo deve fazer parte de um processo crescente e cultural. Incluir, impor às forças da Lei, significa uma tolerância e não uma forma hospitaleira de pensar, não há uma aprendizagem.

Não devem existir padrões e nem comparações com o dito normal. Muitas vezes somos levados a acreditar que pessoas que não correspondam ao dito, são inferiores, que não se encaixam. As mídias tem papel fundamental nesta depreciação do ser humano. Deficientes que não são plenamente felizes, o negro que na maioria das vezes é ladrão, a mulher que é depreciada, o gordo, o feio, os ditos rótulos.

Além deste lado negativo dos veículos de comunicação, a não efetividade dos direitos humanos, se dá quase sempre, por sua aplicabilidade depender da institucionalização de um sistema de poder. Cada vez mais são necessárias políticas públicas que garantam direitos. São exemplos disso, as Leis de Cotas (para acesso à educação e emprego), Leis de Acessibilidade, Leis de Benefícios, Estatutos (para Crianças e Adolescentes, Idosos), entre outros.

A sociedade somente será diferente quando qualquer cidadão for respeitado e valorizado, independente de sua aparência ou condição social. É necessário que muitos tabus sejam quebrados e que se enxergue com naturalidade o outro. A intolerância com as peculiaridades alheias fazem com que “As sociedades apresentam-se confinadas às práxis sociais castradoras, desestimulantes, subjugadoras e limitadoras dos potenciais humanos e funcionais das pessoas [...]”. (PUC-RS, Org. BRAGANÇA; PARKER, Igualdade nas Diferenças, 2009, p. 26).

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