O Gerenciamento de Crises - Comunicação Social
Por: Delanomanes • 4/9/2015 • Artigo • 720 Palavras (3 Páginas) • 261 Visualizações
Tarefa 1
PONTUAÇÃO: 10
Para o aquecimento inicial gostaria que manifestassem opinião sobre o filme: “O Impossível”. Ele relata uma história real ocorrida com uma família, por ocasião do Tsunami que em dezembro de 2004 devastou o litoral da Tailândia.
Embora o filme tenha recriado o cenário da tragédia de forma magistral, a realidade certamente foi muito pior.
Minha pergunta é: A despeito de todos os manuais e protocolos que orientam a atuação diante de situações como a citada no filme, porque ainda há tantas perdas pessoais e materiais? Desastres naturais fazem parte do imponderável e devemos nos conformar, ou ainda somos vítimas da negligência dos responsáveis por evitar ou atenuar situações assim?
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Terremotos, furacões, tempestades e Tsunamis são fenômenos naturais que acontecem periodicamente. Eles, isoladamente, não podem ser considerados desastres por si. Um terremoto que ocorre em uma ilha, por exemplo, não desencadeia nenhum desastre porque não há população. Para que um fenômeno natural provoque um desastre, deve haver a presença de uma população exposta, além de elevado grau de vulnerabilidade.
“A principal causa de tantas mortes em desastres naturais é o descaso político”, segundo a diretora do Centro para Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Huha-Sapir[1], considerada uma das maiores especialistas do mundo em desastres naturais. “Se analisarmos as políticas públicas de proteção contra desastre naturais, verificaremos a cadeia de imprevidência, incompetência administrativa, incapacidade técnica e irresponsabilidade política em resolver os problemas”.
Ou seja, se o Estado é incapaz de criar uma política de prevenção de desastres, a população mal informada não saberá lidar nesses acontecimentos. O maior desastre é provocado, dessa forma, pela falta de informação. Pode-se usar como exemplo o desastre das ilhas Samoa, em 2009, que deixou 189 vítimas[2]. Muitas tentaram fugir de carro e, devido ao trânsito congestinado, morreram afogadas dentro deles. O indicado seria caminhar até os terrenos altos nas redondezas e esperar a chuva passar. Ou seja, de nada adianta existir protocolos de orientação à desastres, se eles não forem ensinados à população.
No documento final da Conferência Mundial sobre Redução de Desastres, ‘‘Hyogo Framework for Action 2005–2015’’, a comunidade internacional destacou a necessidade de promover abordagens estratégicas e sistemáticas para reduzir a vulnerabilidade e os riscos frente a perigos naturais (ONU, 2005)[3]:
“O ponto de partida para a redução do risco de desastres e para a
promoção de uma cultura de resiliência a desastre reside não só no
conhecimento dos perigos, mas também das vulnerabilidades física, social,
econômica e ambiental a desastres que a maioria das sociedades enfrenta,
bem como das maneiras em que os perigos e as vulnerabilidades estão
mudando a curto e longo prazo” (ONU, 2005, p.7)
Para aliviar as tragédias, além de treinamento e informação, o aviso precisa ser rápido e chegar a todos. Na Indonésia, em 2004, muitos dos 230 mil mortos no Tsunami não chegaram a ver o alerta emitido pela televisão local, tendo em vista que viviam em vilas sem energia elétrica, segunda matéria da revista Super Interessante n. 290, de abril de 2011.
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