Pauta sobre serra da capivara
Por: ohmydogtop • 23/9/2021 • Projeto de pesquisa • 942 Palavras (4 Páginas) • 127 Visualizações
Incêndio atinge São Raimundo Nonato e coloca em risco moradores e Parque Nacional da Serra da Capivara.
De acordo com a prefeitura da cidade, o maior empecilho para a contenção das chamas têm sido o difícil acesso aos focos que se encontram a apenas 8km de distância da Serra da Capivara.
Por: Ana Kézia Carvalho
Desde o último sábado (04), a vegetação do município de São Raimundo Nonato tem sido devastada por incêndio; a localidade abriga o maior número de sítios arqueológicos do Brasil, o Parque Nacional da Serra da Capivara que conta atualmente com 172 espaços catalogados e possui em seu acervo os vestígios mais antigos do homem nas américas. O fogo se alastra de modo a colocar em risco a integridade de residências e se aproxima cada vez mais da área dos Sítios Arqueológicos.
Segundo nota publicada pela Prefeita da cidade, Carmelita Castro (PP) em sua conta no instagram :”Foram vários focos ao mesmo tempo. Infelizmente é um fenômeno difícil de se controlar, pois apesar das campanhas de conscientização contra queimadas, muitos não colaboram e a Prefeitura, por meio do secretário do Meio Ambiente, André Landim, se prontificou, junto aos órgãos competentes, a dar todo apoio para combater as chamas. Temos feito o que está ao nosso alcance: suporte às brigadas do ICMBIO com o envio de carros pipas. Nos unimos numa força tarefa para mobilizar a equipe do Corpo de Bombeiros estadual ”
De acordo com o João Costa, comandante da Operação dos Bombeiros encaminhada para conter as chamas, em entrevista para o Jornal g1 afirma que o relevo e a vegetação local favorecem para a propagação frenética dos focos de incêndios, que se encontram apenas a 8 km de distância do Parque Nacional Serra da Capivara. A equipe conta com
A vegetação predominante na região de São Raimundo Nonato é a caatinga, conforme o ambientalista e jornalista Alcide Filho em entrevista para o Jornal Agemt “ O não deixar começar o fogo é mais fácil que o querer apagá-lo. A natureza fez da criativa adaptação aplicada na Caatinga uma solução também embarcada de sentença. Ao perder as folhas, deposita sobre o solo um tapete inflamável, ao mesmo tempo estopim e pólvora, de rápida propagação de chamas. Com os galhos expostos, sem uma proteção antifogo natural, como a cortiça das árvores do Cerrado, o ar seco, ventos circulando e soprando sem obstáculos pela mata adentro, facilita que as linhas de fogo marchem, sem resistência e implacáveis, como as mortais fileiras de centúrias romanas. “ Tal fenômeno explica o risco que correm tanto os moradores da região quanto o Patrimônio Nacional Histórico que tem importância histórica mundial pelo rico material arqueológico.
O parque da Serra da Capivara, originado em 1979, é patrimônio mundial da Unesco. Reúne 172 sítios arqueológicos, além de pinturas rupestres obra dos povos mais antigos das américas, também possui esqueletos humanos e animais. No parque ficam estabelecidos o Museu do Homem Americano, que apresenta em sua exposição o crânio de Zuzu, considerado o mais antigo do Brasil, com cerca de 12 mil anos, e também o Museu da Natureza, com exposição de esqueletos e réplicas de animais pré-históricos encontrados na região
Ainda sobre medidas de atuação da gestão pública e dos próprios moradores, Alcide afirma: ``Tanto para medidas contra a fome quanto aquelas contra o fogo, há pressa e necessidade de planejamento. Isso não combina com gestão pública, incapaz de se antecipar a uma tragédia anualmente anunciada. Sinais de fogo e fumaça no horizonte da Caatinga, ao final de agosto e já no começo de setembro, são tão previsíveis quanto fogueira apache nos filmes de faroeste americano”
O ambientalista ainda afirma como medidas preventivas a serem tomadas a implementação de: Educação ambiental teórica e prática para os moradores e agricultores da região, como forma de conscientização sobre a vegetação e a importância do manejo consciente do solo e da vegetalidade.
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