Psicologia da Comunicação
Por: Miriam Santos • 14/1/2016 • Trabalho acadêmico • 2.120 Palavras (9 Páginas) • 318 Visualizações
Universidade do Algarve/Escola Superior de Educação e Comunicação
Psicologia da Comunicação
CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
2015/2016
TRABALHO DE REFLEXÃO INDIVIDUAL
Miguel Lelo
Aluno nº 47367
Partindo do conceito de papéis funcionais desenvolva uma reflexão aprofundada e fundamentada que mostre a influência dos vários tipos de papéis no funcionamento do grupo.
Um grupo é considerado um conjunto formado por duas ou mais pessoas com o objetivo de atingir determinados fins, dentro dos quais possa existir algum tipo de interação.
O grupo é uma sociedade em que o dinamismo das relações mútuas entre os membros orienta-se por um objectivo específico. É uma unidade social que comporta um grupo de indivíduos mais ou menos estruturados com objetivos comuns e que interagem entre si, partilhando normas e valores comuns. É um sistema de interacção no qual as partes são independentes e agem no sentido de adaptar-se às realidades da situação imediata, para realizar o objectivo do grupo, mantendo-o intacto de forma a gratificar os seus membros individualmente.
Desse modo, os grupos que possuem determinadas características têm por norma compartilhar os seus objetivos, e em contrapartida, aceitam as normas constituídas pelo próprio grupo.
Compreendendo que os grupos existem, que estabelecem normas de convivência e que estas normas podem ir a favor ou contra os objetivos organizacionais, o administrador pode estabelecer as suas próprias regras comportamentais de forma a interagir de maneira adequada com os diversos grupos e assim incrementar os seus próprios objetivos.
É expectável que no grupo recebamos o afeto, a necessidade de pertença e a necessidade de reconhecimento. São estes três aspectos que vão complementar o papel grupal. Quando interagimos em grupo é mais fácil atingir-se determinados objetivos e realizar determinadas tarefas, de forma a ser reforçada a pertença de identidade.
Para compreender a dinâmica de um grupo nunca se deve esquecer que o indivíduo é um ser com necessidades: fisiológicas, materiais, sociais, espirituais, etc.
De modo a compreender o funcionamento dos grupos, é necessário entender a natureza da influência social. As pressões de uniformização são exercidas mediante a interação social na qual os membros tentam modificar mutuamente as suas crenças, as suas atitudes e as suas ações.
Surgem processos similares sempre que um grupo tenta tomar decisão sobre metas a escolher ou sobre a maneira como alcançá-las. A maneira como são coordenadas as atividades de grupo, faz com que haja uma maior exigência na conduta de ajuste relativamente a outros e que, então, se consiga implementar o papel de liderança.
A dinâmica de grupos refere-se à forma como o grupo, o líder de grupo e os diferentes elementos interagem, tudo tem a ver com todos os elementos e suas interações. Esta dinâmica de grupo depende da tarefa de grupo, da estrutura de grupo, o do próprio desenvolvimento do mesmo.
Nem todos os elementos do grupo encontram-se na posição de liderança, nem todos possuem estatuto, ou seja, dentro de grupos temos diferentes estatutos em função do nível hierárquico.
Existe um papel que cada um representa dentro do grupo e esse papel é influenciado por factores internos (necessidades, valores, motivações, etc.) e fatores externos (profissão, idade, sexo, identidade cultural, etc.), fatores esses que vão condicionar ou despoletar o desempenho do papel do indivíduo dentro do grupo.
Relativamente aos papéis funcionais, outros elementos característicos da estrutura das equipas constituem os papéis atribuídos e o desempenho dos seus membros. Geralmente, é na fase de negociação, que os papéis a ser desempenhados por cada membro são estabelecidos. Anexados a eles estão os comportamentos esperados. Se for atribuído a um membro do grupo o papel de negociador com o meio externo, é esperado que ele cumpra certas tarefas, tal como representar a equipa num encontro com o líder da organização.
A este respeito pode-se afirmar que não interessa quem é negociador do grupo. O que interessa é que, seja quem for, que cumpra com a missão estabelecida. Isto é, cumpra com as expectativas decorrentes do papel que desempenha.
A atribuição de papéis nem sempre é o resultado de processos de decisão ou evolução do grupo.
Relativamente à liderança, esta ocorre quando uma outra pessoa ou um grupo esforça-se por assumir o seu ponto de vista, cujas ideias desenvolvem-se dentro de grupos. A liderança é a influência que é exercida por um indivíduo dentro de um grupo fazendo com que estes se voluntariem e concretizem os objetivos grupais. Isto vai condicionar a capacidade de punir ou recompensar os membros do grupo, o tipo de organização no grupo e o trabalho do próprio grupo, ou seja, as tarefas estão intimamente ligadas às questões da personalidade do líder.
Dentro de uma entidade grupal as necessidades de liderança vão surgir naturalmente.
Podemos afirmar que existem vários estilos de liderança, temos a liderança autoritária em que toda a determinação da política do trabalho e de decisão é feita pelo líder. As técnicas e fases de atividade ditadas pelo líder, só são tratadas quando é abordado um ponto de cada vez e em relação às fases futuras, estas quase sempre, permanecem confusas. Habitualmente, o líder determina o trabalho de cada membro e dos seus colegas de equipa. O líder é restrito nos seus elogios e nas suas críticas ao trabalho, permanecendo fora da participação ativa do grupo, exceto na altura da demonstração. Ele é amistoso ou bastante impessoal, tornando-se por vezes hostil.
Depois temos a liderança democrática em que toda a questão da política de trabalho e de decisão é feita pelo grupo, porém encorajada pelo líder. A perspetiva de atividade estabelecida está pendente de um período inicial de discussão. Os passos na direção dos objetivos grupais são esquematizados, e se houver necessidade, o líder sugere duas ou três técnicas dentro das quais o grupo pode escolher. Os membros são livres para trabalhar com um colega à sua escolha, a decisão das tarefas é confiada ao grupo. O líder é seguro nos seus elogios e críticas e procura ser um membro normal entre os demais. O terceiro e último estilo de liderança é o liberal, em que é refutado para o grupo ou para os indivíduos toda a liberdade para a tomada de decisão, sem a necessidade da autoridade do líder. O líder ajuda a fornecer materiais, caso seja necessário e posteriormente fornecerá informações suplementares. Não toma parte da discussão e afasta-se completamente da participação na implementação dos trabalhos da equipa. Raramente comenta sobre a atividade do grupo, a não ser que seja solicitado para tal, porque de outra forma, não tem participação ativa ou não interfere no decorrer dos trabalhos do grupo. Estes estilos não são perfeitos e como tal têm consequências que nem sempre são boas.
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