Resenha crítica

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA)

COS – Comunicação Social

Jornalismo (Noturno)

Mário Daniel dos Santos

Resenha Crítica do texto: A cultura da mídia – estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. De Douglas Kellner.

Maceió, 7 de Maio de 2015.

De acordo com o texto, toda cultura veiculada pela mídia ajuda a tecer a trama da vida cotidiana, ou seja, toda narrativa apresentada por ela fornece o modelo a ser seguido pela grande maioria dos indivíduos em várias regiões do mundo. Esse modelo sugere uma certa “identidade” que em tese possibilitaria a criação de uma cultura e a inserção desse indivíduo em uma sociedade contemporânea.

Pra conseguir seus objetivos os meios de comunicação buscam cada vez mais mexer com as emoções, sentimentos e ideias. Através de uma visão comercial e cada vez mais mercadológica, a indústria cultural organiza-se com base no modelo de produção de massa, isto é, produz de acordo com o perfil da grande massa, com isso, fomenta o surgimento de uma cultura meramente comercial que visam apenas lucros, transformando assim seus produtos em mercadorias.

Partido desses princípios, o texto visa compreender a cultura da mídia e, de que forma ela e seu objeto podem ser estudados. De acordo com o autor, uma das formas é, compreender as motivações pelas quais os meios que dominam a informação apresentam, mesmo que de forma sutil, um tipo de pedagogia cultural, ou seja, ajudando a nos ensinar como deve ser nosso comportamento, anseios, pensamentos e sentimentos. Entretanto, Kellner afirma existir uma maneira de burlar esse tipo de dominação, que seria através da obtenção de uma consciência crítica de e mais informação sobre a mídia. Isso, nos daria a capacidade de se fortalecer diante da cultura dominante, aumentando a possibilidade da produção de novas formas de cultura. Portanto para o autor é de suma importância entender como a cultura da mídia pode ser compreendia, usada e apreciada, afim de interpretar a cultura da mídia e avaliar seus efeitos.

Em um de seus temas principais o texto aborda a maneira com a cultura da mídia seduz os indivíduos a tomarem partido de uma ou outra ideologia dependendo de como seus interesses apresentam-se para melhor explorar o aspecto financeiro. De um modo geral essa forma de domínio exercido pela cultura da mídia não utiliza um sistema de doutrinação que impõe ao indivíduo a adoção de uma ideológica que, a grosso modo, obrigaria a concordância com o sistema dominante em vigência, optando por uma forma bem mais sedutora para alcançar seus objetivos comerciais.

Entretanto, de acordo com Kellner ao desenvolvermos uma consciência crítica a ponto de não se deixar iludir pelo discurso proposto pela cultura dominante passamos a realizar uma releitura do significado da mensagem que nos é imposta, culminado em uma forma de criar uma nova visão acerca da cultura de massa e fortificando ainda mais nossa própria identidade. Com isso, podemos aceitar ou recusar o modelo proposto pela cultura dominante. De certa forma para que se desenvolvam teorias que apresentem um contexto mais amplo e significativo, é necessário estudar os fenômenos específicos e concretos apresentados pelas nuances sociais e históricas. Sobretudo, as formas pelas quais esses discursos midiáticos fomentam as posições ideológicas que sustentam a dominação e a coerção social.

Embora concordando que a contracultura tem assumido um papel cada vez mais importante na formação da identidade cultural do indivíduo o autor chama a atenção para o surgimento de intensas “guerras culturais” por conta disso. Cada vez mais a população está indo de encontro ao pragmatismo imposto pelas culturas dominantes criando uma maior abertura no campo das ideias e proporcionando maior possibilidade de escolha. Por outro lado com a ambiguidade das novas tecnologias da mídia e da informática surgem novas formas de vigilância e controle. Essa nova forma de controle tem por objetivo anestesiar a vontade de se criar uma visão crítica acerca da política e da dominação imposta mídia cultural.

Outro aspecto bastante relevante abordado pelo autor diz respeito a importância dos estudos culturais britânicos haja visto que a escola de Frankfurt depois da década