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A Ética Segundo Platão

Por:   •  16/6/2018  •  Seminário  •  1.596 Palavras (7 Páginas)  •  251 Visualizações

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        Filósofo grego nascido em 427a.C, na Grécia, Atenas, seu nome era Aristócles. Foi apelidado de Platão, o qual significa "ombros largos". Discípulo do filósofo Sócrates, sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. Para ele, o mundo espiritual é mais elevado (eterno) onde existe as ideias, que só a razão pode conhecer.

        Assim como todo aristocrata, Platão recebeu uma educação especial,  estudou leitura e escrita, música, pintura, poesia e ginástica. Era um excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador. Mas, por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à vida pública.

        Desde cedo tornou-se um discípulo de Sócrates. Sua amizade com o mesmo, mais adiante quase custou-lhe a vida, desiludiu-se com a política e, voltou-se para a filosofia. Isto o levou a passar doze anos viajando e estudando sobre a sabedoria dos egípcios, dos chineses, dos indus e dos judeus, transformando-as em uma filosofia própria.

        Aos 40 anos regressou à Atenas e fundou a escola filosófica "Academia", com o fim de reunir mestres e discípulos nos jardins de um rico cidadão chamado Acádemo.

        Platão é também famoso por sua “teoria da anamnese” (reminiscência), de acordo com a qual muitos de nossos conhecimentos não são adquiridos através da experiência, mas já conhecidos pela alma na ocasião do nascimento, uma vez que a experiência serve apenas para ativar a memória. 

“República” de Platão: descrição do paraíso terrestre. Tentou criar o seu “Estado Ideal”, onde examinou quase todos os possíveis ângulos de visão. Descreveu um tratado sobre teoria política em que revela tanto tendências democráticas quanto totalitárias, defendendo o governo absoluto da sociedade pela classe dos filósofos ou sábios, onde deveria vigorar forte igualitarismo. Faleceu em Atenas, Grécia, no ano de 347 a.C. aos 80 anos. 

        A palavra Bem segundo o dicionário Aurélio, significa: qualidade atribuída ações e a obras humanas que lhes confere em caráter moral.  Segundo Platão, o Bem só pode ser alcançado por aqueles que amam a sabedoria (filósofos). Para o filósofo, o governante de uma cidade justa deve ser um filósofo, pois o homem comum não tem a educação para reinar com justiça. 

        Platão exemplifica os níveis de ascensão ao conhecimento do bem com: as metáforas do sol; linha segmentada; Mito da Caverna.

        O homem comum não tem a educação para reinar com justiça.

Platão afirma que o governante de uma cidade justa deve ser um filósofo, porque o homem comum não tem a educação para reinar com justiça. Para ser justo, deve-se, antes, alcançar o bem. Para exemplificar os níveis de ascensão ao conhecimento do bem, ele usa das metáforas do sol, da linha segmentada e do mito da caverna.

        O sol é constantemente utilizado por Platão para fazer analogia com a verdade e a ideia do bem. Assim como a luz que irradia e nos permite visualizar objetos, o iluminação de nossa ideias se dá pela verdade e a bondade.

        O bem ilumina o intelecto do homem e dá vida à sua existência, ele é a causa da verdade e da justiça, mas que isso aconteça, o indivíduo não deve buscar a escuridão. Apenas buscando a claridade é que as sombras se vão e será concebida a ideia do bem.  

        A linha segmentada é utilizada por Platão para descrever a ascensão do conhecimento. O segmento (AB) se divide em duas partes,  AC e CB. Cada parte assim subdivididas em AD, DC,CE e EB.

        As divisões AC e CB, representam as esferas sensível e inteligível. O segmento AC se refere a etapa da opinião, e o CB, à inteligência. O segmento inferior do mundo visível (AD),  encontram-se os objetos empíricos (como as imagens, sombras e reflexos). Já na parte superior do mundo visível (DC), se incluem os objetos naturais (animais, plantas e outros).

        O sentido do bem será alcançado após a compreensão de todas as etapas do conhecimento.

        O mito da caverna conta a história de homens que moravam em uma caverna desde a infância. Nela estavam acostumados a ver somente sombras e tomavam aquelas como realidade própria. Um dia, um dos homens consegue se libertar e ao sair da caverna dá de cara com a claridade aumentando cada vez mais. Lá fora, ele percebe o mundo real, a luz e o sol. Com isso, não tem mais vontade de voltar para as sombras, porém se sente na obrigação de contar aos amigos prisioneiros que ainda estavam na caverna de como era o mundo aqui fora. Ao retornar, os amigos não lhe dão ouvidos pois acham que a única realidade é aquela percebida pelos cinco sentidos.

        A luz, nesse mito, representa o conhecimento da verdade. O sol representa o bem, que se situa em cima da verdade. Contemplando o bem e tendo o conhecimento da  verdade é que faz ele voltar para tirar os seus amigos da ignorância, mas eles estão arraigados ao mundo físico e das ilusões.

        Esse mito tem dois significados principais. O primeiro é o valor da libertação e por consequência um conhecimento verdadeiro, há uma quebra de falsos saberes, de crenças em valores infundados, aceitação de normas errôneas, que faz com que os homens vivam na ignorância e inconsciência de seus verdadeiros direitos e deveres. Já o segundo, indica que alguém que conseguiu se libertar tem o papel crítico de avaliar aqueles saberes, valores e poderes. E o seu dever principal é retornar e avisar ao mundo a sua volta sobre a verdadeira realidade, exercendo seu papel político na sociedade.

Atualmente, vivemos situações muito semelhantes, que muitas vezes por pressa ou mesmo por não nos darmos conta acabamos deixando passar. É como naquelas vezes em que você tem uma ideia genial, totalmente inovadora, mas que não passa pelo crivo de sua equipe ou de seu chefe porque eles têm algum receio em arriscar. Ou o contrário, quando há alguns anos alguém lhe falava que iria existir uma tecnologia inovadora que o permitiria acessar a internet com rapidez e mobilidade e você acabava olhando um pouco torto. Em suma, deixar a escuridão e encontrar a verdade é um processo tanto de aprendizado como de produção, pois afinal, só se aprende profundamente quando se estuda e compartilha informações a fim de debatê-las e chegar a uma conclusão.

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