A Metodologia dos Programas de Pesquisa: A
Por: Lucas Ciriaco • 28/4/2017 • Resenha • 1.274 Palavras (6 Páginas) • 617 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA [pic 1]
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAMPUS DE PAU DOS FERROS
TURMA: 02 TURNO: NOTURNO
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA E MET. CIENTIFICA
DOCENTE: CLAUDIO DE SOUZA ROCHA
DISCENTES: SEBASTIÃO LUCAS PEREIRA CIRIACO
RESENHA
PAU DOS FERROS /RN
ABRIL DE 2017
A Metodologia dos Programas de Pesquisa: A
Epistemologia de Imre Lakatos
SILVEIRA, Fernando Lang. A Metodologia dos Programas de Pesquisa: A Epistemologia de Imre Lakatos. Caderno Catarinense de Ensino de Física: Porta Alegre, v.13, n3, p.219-230, dez.1996.
Professor Fernando Lang da Silveira é atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. possui graduação em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1972), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976) e doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Tem experiência na área de Física, com ênfase em Pesquisa Em Ensino de Física, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos quantitativos aplicados à pesquisa, história e filosofia da ciência, tópicos em física geral. Além de trabalhar na graduação, é docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física do IF-UFRGS.
O artigo é constituído de alguns pontos, cada uma delas sob a responsabilidade de um autor, traduzindo sua metodologia dos programas de pesquisa, em abordagens que se complementam.
A epistemologia de Imre Lakatos metodologia dos programas de pesquisa. Sendo um programa de pesquisa composto por um núcleo firme, que é o conjunto de hipóteses ou teoria irrefutável por decisão dos cientistas, composto também por uma heurística, que orienta os cientistas a adulterar o cinturão protetor, que nada mais é que o conjunto de hipóteses auxiliares e métodos observacionais, de maneira a moldar o programa aos fatos. Esse programa pode ser categorizado como progressivo, que é quando as alterações no cinturão protetor levam a novos prognósticos e Regressivos, que é quando os ajustes no cinturão protetor não resultam em previsões de fatos novos, ou prevendo, estes não são justificados. Implicações da epistemologia de Lakatos e Popper ambos racionalistas críticos para o ensino de ciências são discutidas.
No primeiro ponto é introduzida uma reflexões na filosofia de Lakatos da ciência no século XX, quando entrou em contato com a filosofia de Karl Popper. Tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar objeções a ele seja uma explicação lógica para fazê-lo científico. No final Lakatos estabelece a posição de que a história da ciência pode ser utilizada para avaliar propostas metodológicas rivais, através da filosofia da ciência oferecendo ao historiador epistemologias que permitem entender a história interna.
No segundo ponto busca identificar um series de teorias que fazem parte de programas de pesquisa, a história da ciência deve ser vista como a história dos programas de pesquisa e não das teorias isoladas. Esse programa deve ser caracterizado por um núcleo firme é aplicada contra a retransmissão dafalsidade. Na heurística positiva busca possíveis mudanças anomalias em algo corroborado pela teoria vigente. Já na heurística negativa exigência de que, durante o desenvolvimento do programa, o núcleo deve permanecer intacto. Isola um "núcleo duro" de proposição que não estão expostas a falsificação. Estas proposições são aceites por convenção e dadas como irrefutáveis por aqueles que implementam o programa de pesquisa.
O núcleo é protegido contra a falsificação por um cinturão protetor é constituído por hipóteses e teorias auxiliares. A ciência começou avançar de modo que ficaram mais bem estruturadas, de forma que suas prescrições se tornaram muito claras. Essas estruturas de lakatosiana servem tanto para pesquisas positivas como negativas. Coloca que a heurística negativa não pode rejeitar ou transformar as suposições básicas subjacentes ao programa, seu núcleo central.
A heurística positiva explica que as linhas mestras que indicam como podem desenvolver-se o programa de investigação. O desenvolvimento irá envolver e completar o núcleo central com suposições adicionais numa tentativa de explicar os fenômenos previamente conhecidos e predizer novos fenômenos. Os programas de pesquisa são progressistas se conduzem ao descobrimento de novos fenômenos.
O processo de superação de um programa por outro não é rápido e durante o mesmo é racional trabalhar em qualquer dos programas. Apesar da possibilidade relevante quando um programa está formulado de maneira vaga e imprecisa e os seus adversários desejam que adquira uma forma mais rigorosa para então lhe expor as fraquezas e criticá-lo. A superação de um programa por outro é um processo histórico; depois que ela aconteceu, pode ocorrer que um antigo experimento seja promovido ao status de "experimento crucial".
As modificações ou adições ao cinturão protetor de um programa de investigação devem ser comprovadas de forma independente. Permanecem excluídas as hipóteses ad hoc, pois não são hipóteses comprovadas de forma independente. O outro tipo de manobra que é excluído é aquele que vai contra o núcleo central.
No geral, os méritos relativos dos programas de investigação devem ser julgados pela medida em que estes programas progridem ou degeneram. A metodologia dos programas de pesquisa científica coloca de maneira clara a ocorrência histórica e a necessidade do pluralismo teórico; nesse aspecto as ideias de Lakatos concordam com as de Popper e Feyerabend. O progresso do conhecimento depende da existência de programas concorrente
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