A NECESSIDADE DA BELEZA AO DORMIR
Por: IZAbel172 • 9/6/2017 • Artigo • 1.926 Palavras (8 Páginas) • 247 Visualizações
PIJAMAS PUKET: A NECESSIDADE DA BELEZA AO
DORMIR
Sabrina de Lima Vieira
vieirasabrinalima@hotmail.com
Design e Sociedade - Júlio Cezar Colbeich dos Santos
Resumo
Este artigo tem como objetivo relatar o poder de status que os pijamas da marca Puket
transmitem ao consumidor, demonstrando a busca em obter destaque na sociedade. Visa também
demonstrar como a empresa cria tal necessidade de compra por meio de emoções. A metodologia a ser
utilizada será de pesquisa bibliográfica diante dos temas abordados.
Palavras-Chave: Consumo. Emoção. Posse. Sociedade.
Introdução
Conforme o site oficial da Puket (2016), a marca de meias foi criada em 1988 pelos
irmãos Bobrow. A transformação de um produto simples em algo luxuoso foi aos poucos
ganhando espaço no comércio. A empresa se destaca por seus produtos coloridos, divertidos e
diferentes dos oferecidos no mercado. Conforme crescia, novos produtos iam sendo
acrescentados a coleção. Assim, os pijamas começaram a ganhar destaque em suas lojas.
Esta vestimenta usada para dormir ou ficar em casa e sentir-se confortável possui uma
origem incerta. Segundo o site da revista Exame (2016), a origem mais concreta data do
século XIV, na Europa. Os europeus utilizavam vestimentas pesadas durante todo o seu dia e
quando chegavam a suas casas trocavam as roupas mais detalhadas por outras com cortes
simples. O pijama era usado pela alta sociedade, já que seus tecidos eram raros e importados.
Os pijamas sofreram muitas mudanças ao longo do tempo, mas o seu poder de
classificar o indivíduo dentro de uma sociedade continua. Este artigo ira analisar como uma
peça utilizada para dormir, pode influenciar no status do indivíduo que o compra.
O produto em destaque é o pijama Mickey Mouse da coleção Disney. Fazendo uma
analise sobre a venda da emoção, a busca da felicidade que é imposta pela sociedade. Para se
chegar a um perfil de venda muito utilizado no mercado atual será utilizada a pesquisa
bibliográfica, com levantamento de dados.
Divisão de classe por suas roupas
As roupas sempre separaram a sociedade em classes. Conforme o poder financeiro que
um indivíduo possui mais exclusividade ele pode comprar. A compra do exclusivo nada mais
é do que poder ser reconhecido pela maioria da população. Quanto mais exclusiva a roupa e
quanto mais nobre o material, maior será sua aceitação social e menor será o risco de ser
excluído e ridicularizado pela massa. A roupa é tanto uma moeda quanto um meio de
incorporação (STALLYBRASS, 2008).
Nossas vestimentas são parecidas com ingressos Vips. Se a sociedade nos reconhece
como pessoas bem vestidas e com roupas caras, podemos ir e vir a qualquer lugar. Se sua
aparência é a de alguém que não se importa com a higiene ou sua roupa não esta adequada
para a ocasião, automaticamente seu ingresso será invalido.
Como citado por Stallybrass, Marx sem seu casado ficava impossibilitado de ir e vir
no museu, mesmo tendo um passe de entrada. Ele deveria estar devidamente adequado ao
lugar ao qual queria frequentar.
Sem dúvida, não era aconselhável que um homem doente enfrentasse um
inverno inglês sem um casaco de inverno. Mas os fatores sociais ideológicos
eram, provavelmente, tão importantes quanto o frio. O salão de leitura não
aceitava simplesmente qualquer um que chegasse a partir das ruas: e um
homem sem um casaco, mesmo que tivesse um passe de entrada, era
simplesmente qualquer um. Sem seu casaco, Marx não estava, em uma
expressão cuja força é difícil de reproduzir, "vestido em condições em que
pudesse ser visto". (STALLYBRASS, 2008 pg. 48)
Assim é nossa sociedade, apesar de muitas pessoas poderem ir e vir com os trajes que
escolheram sair de casa, ainda verá a discriminação. Ela será feita através de olhares
atravessados, que enviaram ao cérebro um sinal de desconfiança. De que, aquele indivíduo
não faz parte do meio e da sociedade em que a pessoa bem vestida frequenta. O ser mal
vestido é um intruso, quase um parasita.
Felicidade, beleza e exclusividade
A busca por uma felicidade continua é feita diariamente. Mas, não podemos ter.
Felicidade é algo momentâneo e segundo Freud somos obrigados a ser feliz. É uma busca
incessante, onde a sociedade nos impõe esta condição.
Nos dias atuais o consumismo é feito pela busca de algo, consumimos para não sermos
consumidos por problemas ou pela falta de alguma sensação. Como citado por Laura:
Tais considerações não deixam de ser sugestivas, uma vez que um dos temas
principais de Madame Bovary é o consumo e o consumismo, entendendo-se
pelo
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