A crise do paradigma dominante
Por: Mariana Granelli • 2/10/2016 • Dissertação • 445 Palavras (2 Páginas) • 707 Visualizações
O texto “A Crise do Paradigma Dominante” de Boaventura de Souza Santos, dentro do capítulo “Um discurso sobre as Ciências na transição para um ciência pós-moderna”, começou sutil, porém questionadora. Durante a leitura dos textos, deparei-me com diversas teorias que apenas ouvia falar, porém de fato consegui entendê-las, mesmo que superficialmente, é claro, e, o mais interessante, foram as discussões que tive com meu namorado por conta do texto.
Ele estuda engenharia mecânica na Unicamp, confrontando-o sobre a descaracterização da matemática quando o seu próprio rigor carece de fundamento por sua própria origem, ou seja, o objeto que está sendo estudado, o qual é fundamentado pela matemática. Ele acabou vendo que, trata-se de um ciclo vicioso e também extremamente frágil de teorias e quase que "crenças", como por exemplo a atual de que não há velocidade maior que a da luz, esta aceita porque não pode ser provada, desta maneira, assenta-se o entendimento de que aquilo é, de fato, real e que a partir dessa suposição, todas teorias desencadeadas derivarão e serão de fato comprovadas nesta “falsa certeza”. Porém, essas falsas certezas quando postas em situações variáveis geram resultados diversos, pois dependem das condições apresentáveis dentro do sistema, bem como, as condições isoladas escolhidas pelo cientista para o experimento.
Ora, se algo é tão variado e nada possui sistema de medida universal aplicável em qualquer caso, é muito difícil termos qualquer tipo de verdade absoluta e pragmatismo dentro da própria matemática, apenas certezas isoladas em ambientes distintos, que quando apresentam as mesmas condições resultaram no esperado.
Retornando à discussão com o meu namorado, ele me contou que Newton, com suas teorias que baseiam a mecânica clássica, a qual era aplicada em todos os principais fatores existentes, desde a queda da maçã até o desenvolvimento de complexas máquinas industriais, era totalmente frustada a partir da teoria de Einstein, quando aplicava-se a mesma lei para uma altíssima velocidade (luz). Desta maneira, isolou-se a mecânica de Newton da de Einstein, sendo que a velocidade da de Einstein quando aplicada para de Newton torna todas estas leis incapazes de produzir qualquer resultado correto dentro do plano de condições em que estão inseridas. Porém, nenhuma torna a outra inverdade, apenas as completam e as questionam, sendo necessária uma especialização cada vez maior dentro de cada uma dessas áreas, isolando-as e desconstruindo-as até a máxima segregação de seus componentes, criando para aquelas micro realidades leis compreensíveis dentro das suas próprias condições apresentadas, jamais tentando unificar o sistema novamente, de um universo único com leis únicas.
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