A Ética de Platão
Por: Joyce Gilly • 24/10/2020 • Bibliografia • 864 Palavras (4 Páginas) • 254 Visualizações
Nome: Joyce Mendes Gilly
Matrícula: 17213110429
- Explique os temas centrais da ética de Platão.
No contexto histórico da Grécia Antiga, conforme se verifica no texto de Pegoraro, Sócrates provocava uma reflexão filosófica da existência do homem e a necessidade de recuperar seu valor e dignidade moral através de uma profunda reflexão sobre si mesmo. Assim, ainda de acordo com o texto, nascem os temas centrais da ética: o bem; a virtude e o valor da pessoa e da sociedade justa. Assim Platão absorve esses conhecimentos de seu mestre e em suas obras, a maioria diálogos, desenvolve três eixos centrais para compor sua ética, são eles: justiça na ordem individual e social; transcendência do bem; as virtudes humanas e a ordem política presididas pela justiça.
A justiça é entendida por Platão como uma harmonia, Pegoraro afirma: “a virtude da harmonia leva o nome de justiça”, explica que na ordem individual a justiça rege, unifica e hierarquiza a variedade dos elementos constitutivos do homem estabelecendo uma relação equilibrada de razão, sensibilidade e o instinto com suas tendências. Na ordem social a justiça harmoniza a polis, na relação existente entre as classes sociais. Assim a mesma harmonia que existe no universo, regida por uma lei universal e divina na justiça é a mesma harmonia que precisa existir nas pessoas e na sociedade, no texto afirma-se que esta harmonia é uma imitação da harmonia cósmica.
O Bem transcendente é a oposição de Platão ao Sofistas da época, Pegoraro aponta que para estes, as tendências e apetites do prazer humano não possuíam uma regra fixa de conduta e Platão queria amarrar sua visão do bem ético a uma norma objetiva e transcendente; uma regra que não estivesse sujeita à variedade de opiniões e apetites humanos, e esta norma suprema e absoluta, firme e objetiva determinará o sentido correto e verdadeiro da conduta humana.
As virtudes humanas e a ordem política presididas pela justiça são explicadas por Pegoraro da seguinte forma: primeiro Platão estabelece um paralelo entre as partes do corpo humano e as partes do corpo social, tanto em um como em outro para existirem e funcionarem em harmonia, cada um deve cumprir seu papel. O autor conclui que a justiça é virtude que harmoniza e disciplina a variedade das qualidades humanas e as inúmeras diferenças no organismo social. E nessa divisão a parte racional da pessoa corresponde às classes dos governantes, com a função de fazer leis justas e sábias para bem dirigir a cidadania. Assim Pegoraro afirma: “O que enaltece e enobrece a política de Platão é que ela no fundo, quer uma só coisa: uma sociedade e um cidadão justos, ou seja, a harmonia social alcançada pela perfeição moral dos cidadãos”.
- O que significa a Justiça na ética de Platão?
Pegoraro aponta que na visão de Platão para compreender o que é justiça é melhor começar pela sociedade do que pelo indivíduo.
Na cidade a origem da justiça é a divisão do trabalho, cada um cumprindo sua função, harmoniosamente, em que cada um com sua especificidade atende as necessidades da polis e por analogia descobre-se o que é justiça na pessoa. Assim como Platão divide e harmoniza as ações dos membros da comunidade em três: trabalhadores, guerreiros e magistrados, há três partes da alma: o apetite, a paixão e a razão.
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