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CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS ARQUITETURA E URBANISMO

Por:   •  2/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.009 Palavras (13 Páginas)  •  191 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

Professor: Marcos Venicius

Disciplina: Ética, Cidadania E Prática Profissional

Análise do filme “Senhor das Moscas”

Equipe:

Arthur Magalhães - 1710368

Hílmile Máira - 1620957

Gabriel Sato -  1620950

Gabriela Pacheco - 1810271

João Carlos - 1720849

Lara Militão - 1710333

Talisson de Freitas - 1220592

26 de Agosto de  2019

Fortaleza, CE

SUMÁRIO

  1. SINOPSE
  2. DIRETOR
  3. TÍTULO
  4. RELAÇÕES INTERPESSOAIS
  5. RELAÇÕES ESPACIAIS
  6. CONTEXTUALIZAÇÃO
  7. PALAVRAS CHAVE

  1. SINOPSE

Isolados em uma ilha deserta e tendo que lutar para sobreviver, um grupo de jovens estudantes acabou se dividindo em dois grupos: um deles marcado pela organização e disciplina e o outro tomado pela selvageria e que usa o medo como forma de poder. Mas as disputas de poder poderão colocar a vida de todos em risco.

FONTE: SITE ADORO CINEMA

  1. DIRETOR

Harry Hook nasceu no ano de 1960 na Inglaterra, Reino unido. O roteirista inglês, também diretor de cinema, televisão e fotógrafo é bastante conhecido por dirigir  filmes como  “The Last of His Trible”, de 1992, e a versão mais recente de “Lord of The Flies” de 1990, que será estudado ao longo do relatório; além de “The Kichen To To” em 1897, “Silent Witness”, um seriado de 2 episódios, publicado no ano de 1996; “St. ives”de 1998; The Many Lives of Albet” em 2002 e o último em 2005, “Whiskey Echo”.

Como fotógrafo, Hook recebeu grande prestígio com o prêmio da Royal Geographical  Society, a medalha Cherry Kearton em 2017, pela documentação original da África através da fotografia. Além da própria publicação de seu livro fotográfico  em 2016.

  1. TÍTULO

O próprio título da obra é, em parte, alegórico, pois alude à figura de Belzebu, uma figura mitológica, criada pela união de dois deuses, Baal, o senhor dos trovões, agricultura e fertilidade, e Zebub, deus das moscas e pestilências; que em uma de suas batalhas iniciadas pela rivalidade entre os dois, desequilibra o cosmo em meio à enorme poder apocalíptico e acaba por abrir uma fenda que os une em apenas um ser, Belzebu, que é condenado ao submundo. Na Demonologia cristã, Belzebu é conhecido como O Quarto Principe do Inferno, o Demônio da Gula, descrito no Diário Infernal como “Príncipe dos Demônios, Senhor das Moscas e da Pestilência, Mestre da Ordem”.

Encontramos a imagem desse mal em uma representação física na cabeça de javali  em estado de decomposição e rodeada por moscas, que o grupo de crianças ‘selvagens’ coloca erguida em uma lança. E como metáfora, a rivalidade entre os dois principais personagens, que no início do filme são amigos, porém com o surgimento de uma intriga por questões de opiniões, divide o grupo e gera uma guerra, onde de um lado a racionalidade e a política, e de outro, o instintos de caça e a brutalidade. Tal evento pode ser comparado à batalha de Baal e Zebub, com muita destruição, que perturbou a ordem até um desfecho inesperado.

  1. RELAÇÕES INTERPESSOAIS

O enredo começa após uma desventura que ocorre com um grupo de meninos, eles sentem a necessidade clara de qualquer ser humano de ter uma organização social no momento do caos, com regras, leis, organização de atividades, visando o possível resgate, e um líder, escolhido pela maioria. Esse líder representava a voz da razão, da ética que eles aprenderam a vida inteira dentro da sociedade, e seguindo as suas ordens, o pequeno bando então cria uma rotina fazerem enquanto não são salvos. Eles procuram por comida juntos, pescando, subindo em árvores frutíferas e pegando madeira para fazerem uma fogueira, que além de fornecer calor, sinalizaria para um possível helicóptero de resgate. O líder sempre dá voz a todos e defende os mais fracos, cuidando do único adulto, o modelo de razão. Porém, como o  mesmo está praticamente morto, a medida que os dias vão passando, as divergências vão ocorrendo, inevitavelmente. Um dos garotos insatisfeito com a situação, sem esperança de saírem de lá, que só se importava com a suas necessidades sem uma visão de comunidade, entrega a sua vida ao estilo primário da sobrevivência do mais forte, enxergando na caça uma forma de controlar a situação caótica em que estão, a vendo até como uma diversão, Abandonando completamente a ideia de um dia retornarem à sociedade, ele espalha essa ideia aos outros como uma verdade absoluta, acreditando que a única coisa que restava para eles era sobreviver e se recusando a acreditar no até então líder do grupo.

Assim, como um ditador, que leva seus interesses acima de tudo, ele manipula a massa, se baseando em um episódio de medo, após uma única criança encontrar uma caverna e nela lutar com um “monstro”, que nada mais era do que o único adulto na ilha, morto no combate. Isso assusta a todos, então ele pode obter o controle provocando uma espécie de ameaça constante, dominando o modo de pensar, um a um. Sem nem mesmo ver a possível ameaça, até os que não acreditam no perigo começam a ceder, assustados com a possibilidade, e sem coragem para contrariar o novo chefe, cada vez mais forte. A medida que o ditador transforma completamente a sua identidade, passando a se auto proclamar chefe, ele cria marcas para seu clã, com pinturas faciais e uma espécie de tanga feita com os antigos shorts,  trazendo de volta o sentimento de pertencer a algo. Após vários conflitos entre os dois grupos, um acidente provoca a morte de uma das crianças, e para mostrar poder, ele pune apenas uma pessoa, fazendo demonstrações violentas de tortura, ele alimenta o desejo cego dos outros de externar a raiva, submeter o outro, já que a submissão da a ideia de poder e controle.

Com todo o pânico generalizado, roubar, destruir, matar uma pessoa ou um animal passa a não ter nenhuma diferença, eles defendem o território, roubando os únicos objetos da civilização que ainda estavam na posse do outro grupo e destruindo o seu acampamento. A medida que vão acontecendo, a culpa pelas mortes já quase não existe, vendo que no mundo onde vivem agora, eles são a lei, a maioria, e como o líder não se abala, eles também não se importam. Assim os mais fracos devem se juntar ao bando ou morrer, aceitando, se rendendo as mais diversas crueldades ou sendo caçados como porcos na floresta. O desejo por poder e controle é tão tremendo, que o líder já não tem mais nenhum senso de ética, moral ou justiça, suas vontades ultrapassam tudo e todos, até mesmo seus antigos amigos, matar sendo a forma mais rápida de se resolver qualquer problema. Apenas com a retomada da razão, representada pelo soldado que os encontrou, as crianças começam a pensar coerentemente novamente, e surpresas, vendo que a possibilidade de voltar a sociedade existe, eles cessam completamente todos os seus atos de violência, mostrando que durante todo esse tempo, o instinto primitivo estava se sobrepondo acima de tudo, até mesmo o que era considerado certo ou errado.

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