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Crônica de Veríssimo

Por:   •  27/8/2015  •  Relatório de pesquisa  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  171 Visualizações

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A crônica de Veríssimo, onde um brasileiro exausto com a ditadura militar, escândalos e opressões, sai do país onde a ditadura militar ainda se fazia vigente, e vai para o exterior, e ao chegar lá se surpreende ao perceber que a opinião dos militares – ou do governo – não era de essencial importância e sim, a opinião do povo que valia. E então esse brasileiro passa a viver lá, pois assim se sentia bem.

A moral da crônica é simples, podemos ter todos os problemas do mundo, mas se pelo menos não tivermos a ditadura militar já é bom. Uma corporação ditada regras á sociedade. Então, ao saber disso o personagem de Veríssimo que naquele país nada hipotético as coisas podiam estar mal, mas pelo menos os cidadãos não eram tutelados, ele sentia alívio.

Mas um grave resquício – mais que um resquício, um trauma talvez continue presente em nosso modo de viver a política: é a convicção de que ela não é feita por nós, mas produzidas por outros.

A partir de então o autor do texto começa a abordar a questão da política no Brasil e a posição de cada cidadão brasileiro diante do tema, em dois pontos.

O primeiro ponto observado e analisado é que existe um hábito nacional de usar o verbo na terceira pessoa do plural ao se referir à política brasileira. Fazendo com que o sujeito agente, seja sempre alguém desconhecido, oculto. Retirando, por conseqüência a responsabilidade individual.

O segundo ponto fala da questão da conversa. Onde há uma associação do primeiro ponto gerado uma conversa típica do brasileiro que é falar mal do governo. Esquecendo-se de que para os políticos estejam em posição de governar, é porque foi eleito pela maioria. O governo é o grande “eles”, oculto as nossas decisões. A sociedade está sempre insatisfeita, sempre questionando a moda que o governo é liderado. Então o autor interliga esse fato à responsabilidade e liberdade de cada indivíduo. Onde se supõe que se você é livre, você deve responder pelo que faz. Ser conseqüente, que temos liberdade de escolhermos quem irá representarmos, e com isso ter responsabilidade, erguer com as conseqüências, fazendo com que tomemos consciência das nossas atitudes e escolhas. E que aos poucos as leis e o próprio governo brasileiro vá, se transformando e de fato fazendo-se democrático, e enfrentando e responsabilizando-se pelos legados brasileiros.

Ser conseqüente, que temos liberdade de escolhermos quem irá representarmos, e com isso ter responsabilidade, erguer com as conseqüências, de nossas escolhas. 

Embora esta tese esteja correta, ela não é completa porque há outra idéia que constitui o segredo da liberdade. Ela não diz que a responsabilidade causa a liberdade. Cada um de nós nasce com características físicas que não escolhemos livremente, como cor do cabelo, a calvície, podemos até pintar o cabelo ou implantar, mas não mudar os elementos essenciais da própria identidade.

Podemos viver o que somos, de diferentes maneiras, e temos essa ‘liberdade”, só que não depende da nossa liberdade mudar, como, meu desejo sexual.

O que resta é assumir a responsabilidade de ser o que somos. Isso indica que somos responsáveis não só pelo que escolhemos ser, mas também pelo que não dependeu da nossa vontade.

Portanto, percebe-se que estamos sempre utilizando no dia-a-dia, em nossos vocabulários a terceira pessoa do verbo (Ele), e não queremos enxerga que somos nós o “sujeito” principal dos acontecimentos no processo governamental, afinal fomos nós que demos a ele a oportunidade de representarmos no poder!

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