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Dissertação de A República - Livro VII Alegoria da Caverna

Por:   •  18/1/2018  •  Dissertação  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  450 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ[pic 1][pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: FILOSOFIA

PROFESSORA: ISABELLA VIVIANY S. HEINEN

DISCENTE: SERVULO AUGUSTO RAMOS DOS PASSOS

Texto dissertativo sobre a Obra de Platão: A República - A alegoria da caverna, livro VII, (514 a – 517 c).

São Miguel do Guamá

2017

1 - Em que medida a “Alegoria da caverna” exposta por Platão na obra “A Republica” livro VII (514 a – 517 c) pode apresentar uma visão distorcida da realidade bem como estabelecer a relação critica entre o que é conhecido pelos sentidos e o que é conhecido através da razão?

Introdução:

A filosofia é uma ferramenta utilizada para promover e consolidar conhecimento admitindo suas congruências fazendo uma relação em que estas adversidades devem ser organizadas para que assim consolidem entendimento e compreensão que possam servir em favor dos homens, de suas atitudes e ações seja em escala subjetiva ou objetiva.

Por isso, este texto, assim como vários outros, é útil e serve de instrumento pertinente para o desenvolvimento e aprimoramento de conhecimento deste curso de Ciências Sociais e seus integrantes, na medida em que a leitura ocorre pode-se organizar melhor o entendimento sobre alguns termos da filosofia como vertentes promotoras de compreensão.

O texto da “alegoria da caverna” é fonte de saber e ajuda na ascensão do senso critico servindo de base para outras indagações que são pertinentes e favoráveis ao ser que outrora estava aparatado pelo senso comum apenas. Nisso aloca-se a questão da educação, da relação do individuo com o mundo e as coisas e a questão referente a este homem saber-se um pouco mais, algo que se sobrepõe a aparência; a racionalidade do texto é eloquente e inquietante, é um privilegio lê-lo.

Desenvolvimento

Para uma contextualização inicial é certo dizer que nos moldes do pensamento platônico a Alegoria da Caverna representa uma realidade onde é possível encontrar o individualismo e a coerção intelectual, por exemplo. Tais questões em si são algo que causam afastamento dos homens e de suas relações em sociedade. Isto pode acarretar problemas onde alguns indivíduos preferem atrelar-se a certos conhecimentos ao invés de promover libertação a seus iguais. Pois a praticidade desta ação buscada pendia para um lado onde as relações envolveriam a partir daí um saber “solido”, ou seja, o conhecimento por meio de outrem (o individuo que sai da caverna) deve ser refutado.

Em relação a isto existem perguntas que ajudam no desenrolar destes termos contidos na alegoria como, por exemplo: o que é o ir e vir hermenêutico da filosofia dentro e fora da caverna? Bem, esta estrutura tem como base o movimento de transito e de transição de conhecimento que são abordados também em varias formas do saber humano, mas em escalas divergentes de expressão e aplicação.

Isso instaura uma ideia a cerca de conhecimentos adversos, assim à subjetividade que poderia ser um caminho para que o homem difundisse o seu saber e se relacionasse com o mundo conquistando uma maior providencia no mesmo quebrando o dogmatismo e a doxa que os influenciam, criticando e investigando de onde surgiram tais bases para que assim ocorressem reformulações dos moldes predispostos a estes seres, é deixada de lado.

É acertado apresentar o argumento de que a análise filosófica deve colocar a si mesma em perspectiva, ou seja, é importante a autoanalise de seus conceitos e termos estudados. Assim aborda-se também o diálogo sobre uma auto-interpretação das cavernas na caverna, bem como os esforços teóricos, intelectivos, causais e factuais de sua interpretação valida e consolidada em si.

Neste sentido existem varias maneiras de se entender uma mesma Alegoria, há varias óticas embutidas no termo “caverna”. Aqui não se trata de um conhecimento acabado, mas sim de uma escavação a respeito das formas de apresentação destas, tais quais como são em suas próprias realidades.

A separação de barreiras e o acesso ao conhecimento é o que nos conta a alegoria da caverna: os homens estão no interior de uma caverna amarrados e algemados, impossibilitados de saírem e de olharem para trás. A única coisa que eles veem é a parede que está a sua frente, na qual ficam passando diversas sombras produzidas por uma fogueira que existe atrás desses homens. Ainda atrás deles, junto com a fogueira, existe um muro impedindo a saída da caverna. (COELHO, 2017, p.7).

Ou seja, é necessário averiguar quem são os seres formadores destas “outras” cavernas, com seus costumes e ações particulares, assim mais uma questão é notável em decorrência da leitura do texto, sendo esta: como se estruturam e se manifestam seus “saberes” sobre elas?

Por conseguinte, é notório que foi necessária uma busca de entendimento e compreensão por parte de Platão, não se trata apenas da percepção, de ver as coisas e os fenômenos, neste sentido pontua-se um olhar além. É fácil ver as folhas ao vento como sendo apenas corpos flutuando, no entanto existe algo que as condiciona a isto e que se for somente percebido não dará condição suficiente para que se compreenda a causa deste evento em si.

Entende-se que a autonomia é uma ferramenta favorável para o aprendizado. Então, de que forma um indivíduo que pensa desta maneira pode usar a autonomia critico-reflexiva de modo construtivo?

Em relação a isso, é importante sinalizar que o texto traz algumas medidas e contramedidas que são primordiais para o diálogo da filosofia e seus expoentes. Deste modo à hermenêutica, a gnosiologia e a ação empírica são acrescentadas como meios aos seus estudos. O próprio texto indica que, é arriscado enfatizar a aplicação desordenada de saberes que não comportam renovação em seus caracteres ou argumentos.

Isto dispõe que, o saber filosófico não deve ser inerte em relação a estas estruturas e formas de ver o mundo. É certo que a “alegoria da caverna” mostra que o filosofo deve ter consciência destas alteridades e suas realizações. Estas não ocorrem apenas por suas produções simbólicas, ideais ou materiais.

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