Diálogo De Mênon

O diálogo se inicia com o questionamento de Mênon a Sócrates se a virtude pode ser ensinada, desenvolvida a partir do exercício ou é apenas algo constituído pela natureza. Sócrates lhe responde que não sabe, pois nem tem conhecimento sobre o que é virtude e induz Mênon a defini-la. Em várias tentativas ele a define como ser capaz de administrar bem o estado, ou no caso das mulheres, administrar bem o lar. Sócrates pede algo que seja comum a todo tipo de virtude, o que a identifique como a virtude. Ou seja, um sentido que abrange toda a virtude, e não sua multiplicidade.

Mênon a redefine como amar o que é belo e conquistar o poder de obter estas coisas. Sócrates coloca que a virtude pode ser procurada mesmo não sabendo o que seja esta afirmação enfatiza o caminho a ser percorrido do que uma simples definição. Segundo a teoria da reminiscência situa que o conhecimento das virtudes se dá no tanto que se alcança sua rememoração. Exemplifica que o conhecimento já existe e necessita apenas ser recordado.

A alma sendo imortal contemplou tudo que existe na terra e no submundo de hades, ela conhece tudo. Então para aprender a virtude é necessária uma rememoração, o que é uma critica aos sofistas que se autointitulavam detentores do saber a ser transmitido, para poupar o outro da busca pela rememoração.

O diálogo prossegue com a distinção entre ciência e opinião, pois existiria a possibilidade de aprendizagem se a virtude fosse uma ciência, mas isso não é confirmado. A opinião é relevante, pois pode encaminhar para ações virtuosas, e define que a inteligência não é determinada no processo do conhecimento, que ela é proveniente da conexão com a divindade. Dizer a verdade sem a conhecer vai além da racionalidade.