Dificuldades Na Selecção Fenotípica (soluções)

Dificuldades na selecção fenotípica (soluções)

Segundo Vencovsky (1973), a dificuldade em identificar bons genótipos é, pois, devida aos fatores:

a) Número de genótipos

Em muitas situações o genótipo vantajoso ocorre juntamente com outro de qualidade inferior. A tarefa de procurar o genótipo superior vai portanto depender, parcialmente do número total de genótipos existentes ou da população de genótipos. Tendo em conta que um carácter pode ser controlado por vários locus e que podem, ainda existir alelos múltiplos, concluí-se que o número total de diferentes genótipos frequentemente é enorme. A implicação prática é que quando o carácter a ser melhorado é governado por um número grande de locus deve-se trabalhar com um número igualmente grande de indivíduos.

b) Diferenças fenotípicas entre genótipos, nos caracteres métricos (poligênicos)

A escolha de um bom genótipo é relativamente fácil quando cada genótipo é bem diferenciado dos demais. Este contraste nítido entre genótipos acontece principalmente quando o carácter em questão é governado por poucos genes. Em caracteres poligénicos ou quantitativos (governados por muitos locus) uma distinção nítida, em geral é dificil. Pode-se, então, dizer que as diferenças entre as expressões fenotípicas dos genótipos são muito pequenas, o que toma impossível distinguir os genótipos experimentalmente, através da medida dos seus fenótipos; a variação dos fenótipos (do valor mínimo ao máximo) é contínua, ou seja, não existem classes fenotípicas distintas e o efeito de cada gene é muito pequeno, na expressão do carácter. Como forma de contornar este facto, para a escolha de um bom genótipo, deve-se adoptar um bom delineamento experimental usando um número apropriado de repetições, uniforrnizando o ambiente em que se trabalha e empregando um teste de progénie.

c) Dominância e outros tipos de ação gênica (homozigotos = heterozigotos)

A dominância causa dificuldades na identificação de genótipos, pois, podem existir tipos fenotipicamente iguais mas na realidade diferem muito quando usados para reprodução. Pode-se então dizer que a distinção de genótipos favoráveis através dos fenótipos é muito prejudicada quando há dominância. Na prática, deve-se empregar o teste de progénie por forma a distinguir os genótipos favoráveis.

d) Efeitos do ambiente

É fácil entender que os efeitos ambientais podem dificultar o reconhecimento de genótipo. De facto um dos pontos básicos de qualquer trabalho de genética é saber-se até que ponto os factores ambientais está mascarando o valor genotípico dos indivíduos. Sabendo que a variabilidade de um carácter é altamente influenciado pelo ambiente deve-se ter cuidado especiais para contornar esta dificuldade. lsto pode-se conseguir com o .emprego de um número adequado de repetições nos ensaios adoptando um bom delineamento experimental acompanhado de um teste de progénie e uma melhor uniformização do ambiente.

e) Freqüências genotípicas.

Este factor é a frequência com que os genótipos desejados ocorrem numa população. Uma frequência