ESCOLA POSITIVISTA NA SUA CORRENTE PSICOSSOSIOLÓGICA
Por: rehfiguer • 20/3/2016 • Trabalho acadêmico • 2.619 Palavras (11 Páginas) • 423 Visualizações
Trabalho do Kadd grupo 5
ESCOLA POSITIVISTA NA SUA CORRENTE PSICOSSOSIOLÓGICA
Alunos: Lorranne Lopes
Maria Amélia
Matheus Bonfim
Pedro Eduardo
Thaise Karoline
Thassila Nachelle
2º Semestre “B”
As teorias psicossociológicas se caracterizam pela abordagem dos vínculos do indivíduo com a sociedade, procurando detectar as resistências interiores e exteriores que conduzem o sujeito à obediência da lei. Dentre essas, se destacam a “containment theory” de Walter Reckless e a “teoria do vínculo social” de Travis Hirschi.
containment theory de Walter Reckless
Para a “containment theory”, os processos de controle social se distinguem em internos (resistências do próprio indivíduo) e externos (resistências da estrutura social, cultural e moral do indivíduo). A importância desses dois tipos de controle varia de sociedade para sociedade, ou seja, o controle externo, proveniente, por exemplo, da família e da vizinhança é maior numa sociedade fechada do que numa sociedade de mobilidade e diversidade, como a sociedade industrial. É importante diferenciar, pormenorizando, o controle externo do controle interno (ou autocontrole).
Segundo Dias e Andrade, controle externo: Trata-se das pressões, no sentido da conformidade às normas e às expectativas comunitárias, oriundas das estruturas socioculturais em que o indivíduo se insere. As suas componentes fundamentais são: a existência de uma estrutura ocupacional e de papéis aberta ao indivíduo; um quadro de oportunidades de acesso ao status; a forte coesão do grupo ou comunidade em que o indivíduo se integra e a identificação com uma ou várias pessoas deste grupo ou comunidade; sistemas alternativos de meios para a satisfação das necessidades socialmente aceites. Em síntese, a eficácia do outer containment será, sobretudo, função da existência, no indivíduo, de um sentimento de pertença a uma
comunidade e a uma tradição.
Já controle interno (ou autocontrole) configura-se com a interiorização do controle (consciência). A presença dessa consciência, desse autocontrole, dá-se através de cinco indicadores, como descrevem Dias e Andrade (1997): Uma imagem favorável de si mesmo (“um bom conceito-de-si mesmo”) como pessoa responsável e fiel aos valores legais e morais; Orientação para objetivos (legais e legítimos); Tolerância da frustração; Realismo nos objetivos; Identificação com a ordem legal e moral vigente.
Teoria do vínculo social de Travis Hirschi.
A “teoria do vínculo social”, também teoria do controle, caracteriza-se pela perspectiva de que a delinquência é resultante do enfraquecimento ou rompimento do vínculo entre o indivíduo e a sociedade (HIRSCHI apud DIAS; ANDRADE, 1997).
Essa teoria, que sustenta críticas às teorias da subcultura delinquente e da anomia, que serão tratadas mais adiante, traz um equilíbrio entre os elementos psicológicos (quanto ao conteúdo) e sociológicos (quanto à metodologia e à linguagem). Tal teoria se vale de quatro elementos para analisar o vínculo social, quais sejam: apego (ou simpatia), empenho, envolvimento e crença. Explicam Dias e Andrade.
Esta teoria pretende demonstrar toda a dinâmica latente entre o homem e a sociedade em que está inserido, assim como o papel que cada um dos intervenientes representa na complexa teia dos comportamentos desviantes.
É desta forma que se enquadra esta teoria no contexto teórico da presente investigação, pois acima de tudo visa compreender, entre outras coisas, o comportamento criminal do indivíduo e como este se inter-relaciona com a comunidade que o cerca, atendendo às interdependências da mente humana e aos arquétipos sociais.
Segundo a abordagem sociológica, esta teoria enquadra-se no âmbito das teorias tradicionais, que são baseadas no pensamento positivista do século XIX e encaram o comportamento desviante como um fenómeno intrinsecamente real, em que o ser humano é estudado através da estatística e de inquéritos de estudos comportamentais. O desvio passa a ser conhecido em função da predisposição do indivíduo para o crime, das condições que lhe são inerentes e o compelem para a prática criminosa.
Hirschi (1973) debruça-se sobre o peso que os vínculos sociais têm nas causas do comportamento criminal, estipulando que “os atos delinquentes tenderão a ocorrer quando se enfraquece ou rompe o vínculo do indivíduo com a sociedade”. Desta maneira, quanto mais ligado estiver o indivíduo aos seus grupos sociais normativos, menos são as probabilidades de cometer crimes.
Hirschi (1973) analisou os vínculos sociais segundo quatro elementos fundamentais: o apego (um fator emocional, uma espécie de sensibilidade para com o outro e suas expectativas, que impede a entrada na delinquência através do desempenho do papel de superego normalizador); o empenho (assente no investimento do sujeito na sociedade, de modo que se,
através dele, o sujeito conseguir as recompensas que quer, então a probabilidade de quebrar a lei será minimizada); o envolvimento (tempo gasto em tarefas legais, que reduz a possibilidade de esse mesmo tempo ser gasto em tarefas ilegais); e, por fim, a crença (o grau de respeito que o indivíduo tem pelas normas sociais).
PSICOSSOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Segundo o editor do livro Psicossociologia das Relações Públicas (1989), a obra é um ensaio cuja proposta é analisar detalhadamente o poder psicossocial e a sua importância, uma vez que ele é a representação da opinião pública, na qual a sua expressão se dá por meio da determinação de interesses públicos e a identificação dos interesses privados, ou seja, os interesses dos diversos públicos e das organizações inseridas em um processo social.
Cândido Teobaldo de Souza Andrade inicia a sua lógica de construção teórica a partir da necessidade de definição de interesse público. Segundo ele, os cientistas sociais, os políticos e os juristas afirmam ser impossível definir esse conceito, mas o autor indica ser decisiva a conceituação, mesmo que em hipótese, porque o conceito pode ser abordado como um objetivo e um processo presente em toda e qualquer manifestação social.
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