Flambagem

Platão entende o homem como escravo dos sentidos, ele vê no desenvolvimento da racionalidade, na busca do conhecimento pela razão, uma forma de libertação.

Platão via algo errado na democracia, dizia que era algo retórico, não importava a verdade e sim o poder do conhecimento. Os “comandantes” do governo convenciam a massa dos seus interesses na base de argumentos tendenciosos / enganosos. Esse tipo de governo democrático se assemelha muito com o tipo de governo atual implantado em nosso país.

O objetivo de Platão era mostrar ao homem de sua época como se portar diante dessas questões de estado, como o homem poderia se libertar do comando desses tais elementos que na época se denominavam sofistas.

Existem duas formas de conhecimento citadas por Platão, uma delas é o Conhecimento Sensível, Platão insiste que este tipo de conhecimento é uma fonte de erro. Esse conhecimento através dos sentidos é considerado um engano. Ao olhar para a lua, vê-se que ela apresenta um tamanho relativo a um dedo, no entanto, todos sabem que a lua não apresenta este tamanho, sabemos disso através da Razão, através da racionalidade o ser vai se sobrepor ao conhecimento dos sentidos e se aproximar mais da realidade.

A partir desses erros do sentido, ele começa a questionar nosso papel na democracia ateniense. Já que a população acredita fielmente naquilo que seus olhos veem, naquilo que seus ouvidos ouvem, elas podem ser facilmente enganadas pelos sofistas.

A partir deste ponto é que entra a concepção de Platão sobre o “o mito da caverna”. A ideia formada era de que homens eram presos a uma tal caverna em que era reproduzido as sombras das pessoas que viviam fora da caverna. Para eles o mundo se limitava a aquilo, vislumbrar as sombras do que acontece no mundo exterior.

Para Platão, a caverna trata-se de um mundo limitado, e que os habitantes desta caverna somos todos nós, a população. Enquanto que o mundo exterior era ilimitado. Esse mundo era composto apenas de ideias filosóficas. Um mundo completamente ilimitado que porém poucos tinham acesso.

Dizia ele que todos nasciam sábios, porém o corpo físico limitava esta intelectualidade e que a única maneira de acessá-la seria através da filosofia.