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Fundamentalismo, a globalização e o futuro da humanidade

Por:   •  30/11/2015  •  Dissertação  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  1.249 Visualizações

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A visão de fundamentalismo passada pelo autor traz consigo uma reflexão interessante a respeito de como a maneira que vivemos as doutrinas da nossa sociedade, sejam estas no campo religioso, político ou econômico, podem interferir no curso natural da vida humana.

Diante do cenário de individualismo e consumismo que vivemos, é um desafio pensar de forma global, e devido a esta dificuldade, estamos nos matando dia após dia em nome tantas coisas que às vezes nem paramos para pensar o porquê. O perigo é a intolerância, que alias é uma realidade presente em nossas vidas; por causa desta intolerância, não estamos atentos para aqueles que estão caídos a beira do caminho. Em nome da fé, ou seja do que for, justificamos a destruição dos nossos semelhantes e do nosso planeta, nos esquecendo que mais vale a vida humana e o nosso meio do que os bens construídos pela exploração destes.

Somos responsáveis pelo caos que caminhamos pois nos esquecemos da ética, nos esquecemos da empatia, etc., nos esquecemos ou fingimos que nos esquecemos. Só não podemos nos esquecer que estamos produzindo lixo, refugo humano. Cito Zigmun Bauman e suas reflexões sobre a liquidez dos relacionamentos, da sociedade, dos sentimentos, da vida, e de sua critica pesada a respeito desta sociedade de consumo que tem produzido refugo humano ( favelas ) que se amontoam cada vez mais nas encostas dos morros, estando às margens da vida digna, inclusive geograficamente.

Sobre a necessidade de pensarmos sobre a paz, o autor aborda o assunto com excelência. A paz não  pode ser mais encarada apenas como um sentimento, um estado de êxtase espiritual, mas como um direito de todos. Caminhamos para o caos e se não tomarmos novos rumos, o único destino que temos é queda em um abismo sem fundo.

Sobre os fundamentos do cristianismo, islamismo e judaísmo, citados pelo autor quando o mesmo destacou a figura ilustre de São Francisco, destaca a necessidade das religiões fazerem com que as verdades divinas não sejam enclausuradas atrás das grades dos dogmas e regimes denominacionais, os quais, falando do cristianismo, a bíblia classifica como doutrina de homens. É necessário que as religiões externem estas verdades através do relacionamento humano. O próprio Jesus, em seu ministério, fez questão de estar no meio dos que estavam a beira do caminho, marginalizados, e fez com que o amor superasse todas as diferenças, inclusive culturais. Em nenhum momento Jesus busca eliminar o diferente, pelo contrário, ele nos orienta a amar os nossos inimigos. O Evangelho de Cristo é um evangelho de inclusão social e expressão radical de amor, e não de julgamento e condenação. Em outro contexto, o apostolo Paulo nos orienta a toleramos uns aos outros em amor, portanto, os fundamentos do cristianismo aplicados em sua verdadeira essência, movem o homem para um relacionamento pacífico com seu semelhante. É interessante ver também esta atitude em Rumi, tendo a mesma inspiração: o relacionamento com Deus traduzido no relacionamento com o seu semelhante.

A obra, em todo o seu contexto, exalta a necessidade de que, em nome da paz vençamos a ideologia fundamentalista, exalta a necessidade de trocarmos os paradigmas adotados pela a humanidade nestes anos de história por um novo, um que valorize a vida humana e a vida de nosso planeta, um paradigma que trabalhe a consciência

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