TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fundamentos Filosoficos Da Educação

Casos: Fundamentos Filosoficos Da Educação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/3/2015  •  2.147 Palavras (9 Páginas)  •  266 Visualizações

Página 1 de 9

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

UNIDADE SANTA CRUZ-RJ /CURSO DE PEDAGOGIA/2ª SÉRIE

Fundamentos Filosóficos da Educação

DELSON DE ALMEIDA BARBOS RA: 442108

ERCILIA CRISPIM CANDIDO DA GUIA RA:418441

ISAIAS DOS REIS MORAES RA: 442107

LUCIENE SOARES VIEIRA RA: 442182

VALQUIRIA VENTURA DA SILVA RA: 441426

ELEMENTOS FILOSÓFICOS QUE PERMEIAM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Fundamentos filosóficos da educação”, sob orientação do professor-tutor à distância Leandra Maria Lana Navarros.

SANTA CRUZ/RJ

25 de setembro de 2013.

ELEMENTOS FILOSÓFICOS QUE PERMEIAM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA E AS DIFICULDADES DESSA DISCIPLINA

Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados a existência, ao conhecimento, aos valores morais e estéticos, a mente e a linguagem, fundamentalmente discussões de idéias, ou seja, é um conjunto de problemas, teorias e argumentos.

É uma disciplina especulativa que lida com problemas que ninguém sabe resolver, há debates de idéias onde filósofos defendem algo e outros não, esse é um grande problema dessa disciplina por não conseguir entrar em resultados substanciais e consensuais.

Uma disciplina muito importante, pois leva ao trabalho de pensar, refletir, raciocinar, e assim despertar o senso crítico e consequentemente auxiliar e construir uma visão de sociedade, onde se pressupõe que a educação é a principal responsável pelas transformações da mesma.

A partir do estudo realizado que desde a sua criação, o papel fundamental e base da filosofia é o de tornar o ser humano um ser inconformado com o que lhe é posto, um ser crítico que, a partir da liberdade que possui, (pois todo homem é livre, basta que desperte isso dentro de si), construa e seu próprio pensamento e suas próprias conclusões sobre o meio e a realidade a qual vive.

Desse modo, constatamos que as concepções filosóficas são compostas por uma enorme pluralidade e riqueza. Pois a filosofia não é um mundo fechado, pronto e perfeito, mas um mundo aberto, em pleno desenvolvimento.

Percebemos com clareza a tamanha importância que a filosofia possui para com a educação, sendo que esta, como principal responsável pela transformação da sociedade necessita formar cidadãos críticos e construtivos, o que na certeza, é ressaltado pela filosofia, pois um ser não filósofo também pode se considerar um ser não social. Porque um indivíduo que não faz filosofia, consequentemente não faz sociedade.

Então, cabe a escola desde cedo influenciar na vida do ser humano, tentando o despertar do sono padronizado que lhe é imposto, para assim, acordar, construir e fazer parte de uma sociedade livre para pensar e agir.

Por a filosofia não ser uma disciplina empírica como, por exemplo, a disciplina de física, que necessita de estatística ou laboratórios para que possa assim chegar a um resultado seguro. A disciplina de filosofia sofre constante preconceito por parte das instituições de ensino, por abordar problemas importantes no meio social, por serem problemas que ninguém quer resolver ou aceitar, e por não trazerem resultados consensuais substanciais.

Mas na filosofia também podemos encontrar resultados consensuais, que não são substanciais como a descoberta de que um determinado argumento ou teoria não funciona, sobretudo em resultados negativos ou transversais. Um dos exemplos de resultados transversais é o argumento da causa primeira, que nos faz entender a diferença entre o mal natural e mal moral.

O cientismo desconfia que a falta de resultados da filosofia, Parece que desqualifica a mesma, enquanto disciplina acadêmica séria, com isso pensa que só a matemática tem o direito de ser uma disciplina a priori.

Os problemas da filosofia não vão desaparecer se fingirmos que eles não existem por que não temos métodos empíricos, e científicos, A filosofia não é uma invenção ociosa de problemas fantasiosos porque mesmo para mostrar que alguns problemas da filosofia são pseudoproblemas é preciso argumentar filosoficamente.

Contudo, não se deve pensar que quando as ciências empíricas abordam com sucesso áreas de problemas da filosofia conseguem efetivamente resolver os problemas filosóficos que estavam em causa. Assim os problemas da filosofia tem uma identidade própria, ainda que em alguns casos vaga e transdisciplinar. Mas é possível distingui-los razoavelmente bem dos problemas não filosóficos. Filosofar não é fazer relatórios mais ou menos acadêmicos sobre tudo o que os filósofos pensam. Filosofar é fazer o que os filósofos fazem. E compete-nos a nós ensinar os estudantes a fazer isso. O que significa que temos também de aprender humildemente a fazê-lo porque muitas vezes ninguém nos ensinou tal coisa.

É importante ressaltar que o ensino de Filosofia no Brasil sempre enfrentou muita dificuldade para legitimar-se como disciplina escolar. Constata-se, historicamente, a ausência de uma legislação educacional que tenha permitido sua inserção no currículo e a inexistência de políticas educacionais que tenha possibilitado aos professores de Filosofia plenas condições de ensino.

Essa contingência do ensino na estrutura educacional brasileira não é recente. Remonta ao início da colonização, com a educação dos jesuítas. Já naquele tempo, emergiam os problemas relacionados à filosofia e seu ensino, ou seja, a falta de um lugar definido para a Filosofia no currículo escolar, com alternâncias de presença e ausência da Filosofia enquanto disciplina escolar. Além disso, a Filosofia assumiu, dependendo do período histórico, funções diversas como, formar homens letrados, eruditos, ou para sustentar concepções doutrinadoras de cunho religioso e ou político.

É importante ressaltar que as Diretrizes de Filosofia procuram orientar seu ensino de forma didática. Por isso, indicam os quatro momentos do trabalho com o conteúdo filosófico: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Estes momentos não ocorrerem, necessariamente, separados ou nesta ordem. A boa aula de Filosofia dependerá de um professor bem preparado que tenha, no planejamento das aulas, uma forma de evitar os desastres do espontaneísmo.

COMO UMA SOCIEDADE PODE COMPORTAR DUAS REALIDADES TÃO DIFERENTES (EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI)

Atualmente, com a constante evolução da tecnologia, nossas crianças aprendem a mexer em celulares, computadores e etc. antes mesmo de saber ler e escrever, porém na maioria das escolas ainda encontramos professores que trabalham com métodos antigos, são autoritários ou até mesmo não foram orientados para o uso em sala de aula dos variados tipos de aparelhos tecnológicos que podem auxiliar na educação dos alunos.

Não dá para esquecer também o descaso com algumas escolas do país, que são esquecidas e se encontram em total abandono seja na parte estrutural como na educacional. Infelizmente a sociedade esquece que a escola é um patrimônio publico onde todos têm o dever e a obrigação de cuidar e de participar, não é um local onde depositamos nossas crianças e as retiramos ao final do dia. As diferenças na educação são gritantes dentro do país,os nossos educadores em muitos locais se sacrificam para dar aula em locais nada favoráveis, onde as crianças não têm nem mesmo a segurança de um local para ficar enquanto chove, não há material didático, e tantos outros recursos básicos para uma aula que seja dita como descente. Escutamos muitos de nossos governantes alertarem que é dever da população denunciar irregularidades nas escolas, mas de que adianta reclamar, já foram divulgadas diversas reportagens sobre o assunto e o mesmo continua sem solução.

Por outro lado encontramos algumas escolas conhecidas como Escolas do Futuro, onde o aluno é o “produto” principal, o professor está lá para orientá-la em suas descobertas, desafiá-lo na solução de problemas, a aprendizagem na é apenas na escola, mas constante.

Os nossos alunos merecem direitos iguais, devem ser vistos como cidadãos participativos e importantes, não como objetos que vão para a escola somente “passar de ano”. É necessário que a sociedade faça parte da educação e não fique esperando soluções dos Governos, pois para estes o investimento em Escolas do Futuro é prejuízo, afinal escolas assim farão com que as crianças fiquem questionadoras, já com as escolas “normais” os alunos não são tão influenciados a questionar o que faz com que os Governantes fiquem mais tranqüilos no poder.

Sendo assim por mais que nossa sociedade seja diferente devido a grande diversidade cultural que há em nosso país, só depende de nós que nossas escolas possam um dia oferecerem aos alunos um local digno onde a aprendizagem corresponda com a realidade atual.

INTERFERÊNCIA DA INDÚSTRIA CULTURAL NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

“A televisão

Me deixou burro,

Muito burro demais.

Agora todas as coisas

Que eu penso

Se parecem iguais

(...)

É que a televisão

Me deixou burro

Muito burro demais

E agora eu vivo

Dentro dessa jaula

Junto com os animais. ”(Titãs)

Pequeno trecho da música Televisão, composta por Arnaldo Antunes, Toni Beloto e Marcelo Fromer esta canção que deu o titulo a um dos primeiros álbuns do grupo, em 1985, serve de epigrafe a esta matéria. Esta trata da visão do filosofo alemão Theodor Adorno (1903-1969), sobre a “cultura da massa” que ele preferia chamar “Indústria Cultural”. Essa interpretação enganosa, segundo ele servia apenas aos interesses dos donos dos meios de comunicação, que na Indústria Cultural tudo se transforma em negócios, importando apenas as pessoas enquanto empregados ou consumidores. A crise na educação seria na verdade uma crise na formação cultural da sociedade capitalista.

O problema na educação está no fato de ela ter se afastado do seu objetivo essencial, que é promover o domínio pleno do conhecimento e a capacidade de reflexão. A escola assim se transformou em simples instrumento a serviço da indústria cultural, que trata o ensino como uma mera mercadoria pedagógica em prol da “semi formação”. Essa perda de valores, segundo o autor, anula o desenvolvimento da auto-reflexão e da autonomia humana. Adorno critica a escola de massa por ela, segundo ele, instalar e cultuar a massificação. O resultado disso é a deformação da consciência.

A primeira vista, pode parecer que Adorno era contra a Educação, pelo contrário, as críticas ao processo pedagógico são conseqüências do reconhecimento pelo autor da capacidade que ela tem de transformar as relações sociais. Fica evidente em sua obra de defesa de um projeto de libertação do homem por meio da formação acadêmica, porém uma formação de amplitude humanística. O ensino deve ser uma arma de resistência à indústria cultural na medida em que contribui para a formação da consciência crítica e permite que o indivíduo desvende as contradições da coletividade.

O autor defende um processo educacional capaz de criar e manter uma sociedade baseada na dignidade e no respeito às diferenças. Segundo ele, o mundo estaria danificado pela falta de capacidade dos indivíduos de resistir ao processo de sua própria alienação. Mesmo a quando a Educação considerada ideal estiver limitada e condicionada a uma realidade nada promissora. Adorno prega um projeto pedagógico que consiga libertar da opressão e massificação, junto com Immanuel Kant, acreditava que o homem deve usar a razão para agir sobre seu destino, tal qual Friedrich Nietzs, alertava para a incapacidade da civilização ocidental de buscar a própria libertação.

TEORIA DE PIERRE BOURDIE E O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Quantas diferenças encontramos dentro do Sistema Educacional Brasileiro, porém essas diferenças não dizem respeito apenas às diferenças regionais, encontramos muitas falhas com nossos alunos por serem cidadãos muitas vezes com pouco recurso financeiro.

É muito comum encontrarmos famílias que desistem de investir na educação de seus filhos por imaginarem que estes não obterão sucesso no futuro se comparado coma as crianças de classe mais elevada. Mas há aqueles que se sobre saem mesmo sendo de famílias mais humildes, se dedicam se esforçar e correm atrás dos seus sonhos. Entretanto as diferenças econômicas e culturais são enormes em nosso país e infelizmente essas são levadas para uma sala de aula.

Nossas crianças chegam à sala de aula com uma aprendizagem que é adquirida no dia a dia, na vida em sociedade e familiar, e esses conhecimentos querendo ou não as diferenciam quando chegam à escola reproduzindo neste ambiente as desigualdades que há na sociedade.

Para Pierre Bourdie a escola é um local onde o Sistema Pedagógico deve ter função transformadora, criou conceitos onde as crianças são tratadas como iguais. Em relação ao habitus, um de seus conceitos o indivíduo é influenciado a pensar, sentir, criar e agir, trabalhando o social e o individual como uma engrenagem.

A escola deve ser um lugar de reprodução de estruturas sociais e de transferências de capitais sociais, não importa se é uma escola particular, onde a classe de renda alta, é predominante ou uma escola pública, que abrange as classes inferiores, os alunos tem direito de serem cidadãos e terem a formação necessária para no futuro atingirem seus objetivos.

Infelizmente a teoria de Bourdie não condiz com a nossa sociedade, a discriminação econômica em nosso país é muito alta, a renda familiar manda e portanto as escolas particulares sempre serão o exemplo a ser seguido e dificilmente alcançado pelas escolas públicas.

BIBILIOGRAFIA

http://www.cifa.org.br/gestionale/upload/cms/elementi_portale/documentale/Novas_Perspcetivas_para_ a educação%C3%A7%C3%A3o_no_S%C3%A9culo_XXI.pdf>

http://www.youtube.com/watch?v=cVPrd4WEsbA>

http://joaojosefonseca1.blogspot.com.br/2009/01/o-carnegie-mellons-entertainment.html

• http://www.brasilescola.com/

• http://www.ufsr.br

• http://filosofiacentral.blogspot.com.br/2009/11/importancia-da-filosofia-na-sociedade_7159.html http://www.seer.ufu.br/index. php/EducacaoFilosofia/article/view/1968/1642

• http://www.ieps.org.br/ARTIGO-FILOSOFIA.pdf

• http://revistas.jatai.ufg.br/index.php/acp/article/view/417

• http://revistaepoca.globo.com

• meu artigo.brasilescola.com/educação

• https://docs.google.com/document/d/1XMd0vCf7dl75u8bFfrxcxG4wudUXSGkV6A9lispUA1Q/edit?hl=en_US&pli=1

• https://docs.google.com/file/d/0B6RRGXoT7E0yMmYwODg1MTUtYWQ5My00MGRkLTkxODEtOWZmZDdiNTRmMTg4/edit?pli=1

• ARANHA A. MARIA LUCIA Filosofia da Educação ED. MODERNA

...

Baixar como  txt (14.7 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »