Jean-Jacques Rousseau VIDA
Tese: Jean-Jacques Rousseau VIDA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: cangussu207 • 14/10/2014 • Tese • 2.109 Palavras (9 Páginas) • 620 Visualizações
Jean-Jacques Rousseau
VIDA
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de junho de 1712, e faleceu em Ermenonville, a nordeste de Paris, França, em 2 de julho de 1778.
Foi filho de Isaac Rousseau, relojoeiro de profissão. A herança deixada pelo avô paterno de Rousseau foi de pouca valia para seu pai, porque teve que ser dividida entre 15 irmãos. O pai sempre dependeu do que ganhava com o próprio trabalho para o sustento da família. Sua mãe foi Suzanne Bernard, filha de um pastor de Genebra; faleceu poucos dias depois de seu nascimento. Rousseau tinha um irmão, François, sete anos mais velho que ele, o qual, ainda jovem, abandonou a família.
Rousseau não teve educação regular senão por curtos períodos e não freqüentou nenhuma universidade. Ainda na casa paterna, leu muito: lia para o pai, enquanto este trabalhava em casa nos misteres de relojoeiro, os livros deixados por sua mãe e pelo pastor, seu avô materno.
Na juventude, Rousseau optou por seguir uma vida de aventureiro e aos 20 anos foi acolhido por uma baronesa na província francesa de Savoy, de quem se tornou amante.
Até os 30 anos, alternou atividades que foram de pequenos furtos à tutoria de crianças ricas. Ficou amigo de alguns filósofos iluministas, ao chegar a Paris e iniciou uma brilhante carreira de compositor.
No ano de 1745, conheceu sua esposa com quem teve cinco filhos e todos foram entregues a doação – os remorsos decorrentes marcariam grande parte de suas obras. Durante o período de seis anos (de 1756 a 1762), Rousseau recolheu-se ao campo e produziu suas obras mais célebres – Do Contrato Social, Emílio, e A noiva Heloísa, que despertaram a ira dos monarquistas e religiosos
Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a "educação natural" conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou "materialismo dos sensatos", ou "teísmo", ou "religião civil". Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia.
OBRAS
- Em 1761, escreveu “A Nova Heloísa”, romance que obteve grande sucesso. Escrito na forma de cartas, A Nova Heloísa é o mais importante romance do século XVIII. Rousseau (1712-1778) desvenda nele aspectos inesperados para sua época: a união entre amor físico e espiritual, a ternura, a amizade. Poucos foram capazes de escrever tão belas palavras sobre a relação entre o homem e a mulher. Porém, o pensador nos remete para preservar-nos dos descaminhos do coração. “o coração nos engana de mil maneiras, e age sempre por um princípio suspeito, mas a razão visa o que é bom; suas regras são seguras, claras, fáceis na conduta da vida, e somente se extravia em especulações inúteis que para ela não foram feitas”.
- Em 1762, saíram duas de suas obras mais importantes: o ensaio “Do Contrato Social” e o tratado pedagógico “Emílio, ou da Educação”.
Em “Contrato Social” o objetivo principal do autor é determinar o fundamento legítimo da ordem social, revelando que não se trata de direito natural nem tampouco de força, mas de uma convenção determinada pelo contrato social. Rousseau afirma: “‘Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja de toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e ela qual cada um, se unindo a todos, obedeça apenas, portanto, a si mesmo, e permaneça tão livre quanto antes’. Este é o problema fundamental a que o contrato social dá a solução”. Para Rousseau “o homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros”. Preocupação constante com os “ferros”: pecados, mundo das aparências (vaidade), do orgulho, da corrupção, da busca por reconhecimento e status. Rousseau declara-se também inimigo do progresso. Para ele, o progresso das ciências e das artes tornou o homem vicioso e mau. Ainda segundo Rousseau, o indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e daqueles que o cercam.
No livro “Emilio”, Rousseau apresenta seu projeto educacional para manter o homem bom. é uma obra filosófica sobre a natureza do homem. Jean disse que: “Emílio foi o melhor e mais importante de todas minhas obras,” aborda temas políticos e filosóficos referentes à relação do indivíduo com a sociedade, particularmente explica como o indivíduo pode conservar sua bondade natural (Rousseau sustenta que o homem é bom por natureza), enquanto participa de uma sociedade inevitavelmente corrupta. No Emílio, Rousseau propõe, mediante a descrição do homem, um sistema educativo que permita ao “homem natural” convier com essa sociedade corrupta. Rousseau acompanha o tratado de uma história romanceada do jovem Emílio e seu tutor, para ilustrar como se deve educar ao cidadão ideal. No entanto, Emílio, inclui alguns conselhos sobre como educar as crianças. Hoje se considera o primeiro tratado sobre filosofia da educação no mundo ocidental.
- Em 1776, publicou experiências, reflexões e sensações no livro “Os Devaneios de um Caminhante Solitário”. O livro, que ficou inacabado, foi intitulado Os Devaneios do Caminhante Solitário (L&PM Pocket, 2008, 140 páginas, tradução de Julia da Rosa Simões).
Nele, o autor desvela suas intenções íntimas, procurando sempre se contrapor às atitudes da sociedade, afirmando-se como sujeito, mais do que isso, fugindo da realidade opressora da vida social. Aos 64 anos, já cansado do combate verbal, mas morando em Paris, Rousseau repassa a vida escrevendo este último livro, dividindo-o em capítulos que o autor chama de caminhadas. São dez, no total. Cada caminhada pelas ruas parisienses, entre o desvio do olhar para apreciar uma planta ou outra, a reflexão sobre o que fez da vida e a maneira como o fez. O vocabulário carregado de expressões e metáforas adotadas pelo romantismo, um lirismo inspirador, tudo isso seria explorado futuramente à exaustão. No corpo da narrativa, a ruptura com a real passagem do tempo, importando agora só o tempo interior. É assim que o autor emenda uma história na outra, “sem outra regra que minha fantasia”
Enquanto caminha em seu devaneio, enquanto imagina
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