Não Ao Bulliyng

Prevenir é o melhor remédio

"Uma escola perdida diante do bullying". É assim que Nelson Pedro Silva, professor doutor do Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autor do livro Ética, Indisciplina & Violência nas Escolas (Editora Vozes), vê a maioria das instituições. "O bullying sempre foi uma prática corrente, mas o que tem chamado mais atenção na atualidade é o fato de visar à destruição física de tudo o que possa significar diferente (obesos, altos, baixos, homossexuais, negros, velhos, índios e, paradoxalmente, até os heterossexuais)". Um bom caminho para inibir a violência é incentivar o respeito às diferenças. "O alvo dos agressores costuma apresentar alguma característica diferente daquelas consideradas 'normais'.

A escola deve colocar em pauta discussões sobre racismo, homofobia e diferenças comportamentais", aconselha Telma. Para a diretora pedagógica Fabiane Domingues Prado, do Colégio Tableau, de Sorocaba (SP), a escola deve assumir o papel de ambiente acolhedor e a família precisa estar presente na vida das criança, propiciando tranquilidade e segurança. "A escola precisa buscar a parceria da família para que a proposta pedagógica dê certo. Diante disso, a função social de ambos é criar um ambiente de afeto e limites, que potencialize o desenvolvimento do aluno", afirma a diretora pedagógica, que aposta em um trabalho de prevenção, com o uso de vídeos, dramatizações e debates.

Bullying Anônimos (BA)

Sabe aquelas famosas reuniões promovidas pela organização Alcoólatras Anônimos (AA)? Que tal criar um grupo para que vítimas de bullying troquem experiências? A dica é do professor doutor Nelson Pedro Silva, que sugere estender o convite para pessoas que não sofreram bullying, mas presenciaram a prática e não concordam com esse tipo de agressão.

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