O Banquete de Platão
Por: Letícia Castro • 20/4/2018 • Resenha • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 359 Visualizações
Universidade Federal do Maranhão
São Luís, 16 de Junho de 2016
Departamento de Filosofia Prof.(a): Thaís Machado Moraes Correa
Curso de Serviço Social
Helen Brunna
Letícia Castro
APOLOGIA DE SÓCRATES
BANQUETE
Platão
O Banquete foi escrito por Platão, por volta de 380 – 380 A.C. Ele é considerado um dos grandes filosófos da Grécia antiga e também o mais brilhante dos discípulos de Sócrates.
Seu livro, O Banquete, se constituiu basicamente de uma série de discursos de diferentes filósofos compartilhando idéias durante uma refeição.
A introdução deste banquete tem Apolodoro como narrador, que vem explicar o que acontecera nesses discursos.
‘’Os bons vão sem convite aos baquentes dos bons’.’ (pag.:96)
[Aristodemo discorda argumentando que Homero quis dizer que ele, inferior, vai sem convite ao banquete do superior, um sábio poeta.]
‘’Ótimo seria, caro Agatón, se a sabedoria fosse uma coisa que pudesse passar, por simples contato, de quem tem a quem não a tem, assim como a água que por um fio de lã corre de um cálice cheio para um cálice vazio. Se tal valesse igualmente para a sabedoria, eu não saberia dizer o quanto me regozija deitar-me ao teu lado, pois assim me encheria de tua bela sabedoria.(pag.:98)
[Socrátes explica que adoraria compartilhar de sua sabedoria, mas que infelizmente essa não pode ser passada a que não a tem. Isto é algo que se adquiri com experiência e práticas, vivenciando situações e amadurecendo o conhecimento, tornando-se um erudito.]
‘’(...) dir-vos-ia, então, que dos meus estudos de medicina obtive a firme convicção de que a embriaguez só causa aos homens’’. (pag.: 100)
[Aristodemo e Fedro justificaram que não eram grandes bebedores, e explicaram que beber só causa mal ao homem, concordando com Socrátes que prôpos em sua palavras que todos fossem moderados com bebidas, isso poderia causar isdisposição e um estado inconsciente. Em seguida todos acabaram a discução concordandoque eles teriam liberdade de beber o quanto quisessem, desde que fossem prudentes.]
Erixímaco então propõe que decidam do que falarão naquele jantar, e sugere falar sobre Eros, deus do amor, um deus que não é suficientemente louvado em comparação com os outros, segundo Fedro. Diz que o amor não achou niguém que o celebrasse, e que ele concorda com seu amigo. Recomenda que falem então sobre isso, cada um fazendo um discurso em louvor de Eros e o amor.
Pergunta se alguém tem algo contra falar sobre o amor, e Socrátes que acredita que ninguém se oporá a falar sobreo tema sugerido, masque acha que os últimos sentados na mesa não precisam fazer um discurso se pensam estar satisfeitos com o que já fora dito.
‘’Primeiro foi o Caos; depois a Terra larga e residência eterna dos imortais, e depois Eros’’. Isto quer dizer que Géia e Eros tiveram nascimento imdeiatamente depois do Caos’’. (pag.: 102)
[Fedro começa a discursar sobre Eros como o mais antigo dos deuses, o qual surgiu depois do caos da terra.]
‘’Poque, de fato, o que deve orientar os homens que desejam viver uma vida honetsa, isto não o dão nem as linhagens, nem as honrarias, nem a riqueza. Só o amor consegue dar isso’’. (pag.:103)
[Ele comenta que a única coisa que orienta o homem não é o dinheiro, nem linhagens ou honrarias e simo amor, que proporciona o maior bem do homem, e torna-se muito mais importante do que qualquer outro bem.]
‘’Morrer um pelo outro, bem o sabeis, só o fazem os que verdadeiramente amam (...)’’ (pag.: 104)
[Ele diz que o amor causa as pessoas a serem honestas e quem ama foi presenteado com coragem por Eros. Também menciona que só morre por amor quem realmente ama. São considerados heróis. Fedro diz que ‘’os deuses sansionam o esforço e a coragem nascidos do amor!’’ Dessa maneira agem em defesa dele]
‘’Se verdadeiramente os deuses sabem apreciar a força que nasce do amor, mais admiram e recompensam se é o que ama que sacrifica pelo que é amado. E a razão é esta: o que ama é, de certa maneira, mais divino que o objeto amado, pois possui em si divindade; é possuído por deus’’. (pag.: 106)
[Fedro explica as recompensas que foram dadas a personagens históricos ao se sacrificar por amor. Diz que quem ama possui divindade, pois é possuído por um deus. Ele conclui seu discurso da seguinte forma: ‘’de todos os deuses, o amor é omais antigo, o mais augusto de todos, o mais capaz de tornar o homem virtuoso e feliz durante a vida e após a morte.]
Depois da oratória de Fedro, quem recebeu a missão de discursar sobre Eros foi Pausânias. Embora adote um tom mitológico como Fedro, Pausânias critica a retórica de Fedro que apenas prescreveu um elogio a Eros. Em vez de examinar criticamente a natureza de Eros, Fedro apenas exaltou as façanhas de Eros. Descartou a análise da essência de Eros para acentuar somente os efeitos produzidos nos amantes. Isto é, as consequências provocadas por Eros nos enamorados.
‘’Sucede, porém, que há mais de um e, havendo mais de um, é mister saber a qual deles devemos louvar, a qual eros devemos dirigir as nossas homenagens’’. (pag.: 106)
[Pausânias afirma que há um problema no discurso de Fedro, visto que Eros não é único. Diz ele que Afrodite é dupla e, devido a sua íntima relação com Eros, este também terá de ser duplo. A primeira Afrodite seria provinda de Urano, sem mãe, e seria a celeste, enquanto a mais nova viria de Zeus e Dione, sendo essa a pandêmia ou vulgar].
Além disso, Pausânias afirma que o Eros celestial é belo e o Eros popular é feio. O Eros celestial é belo na medida em que ama o espírito e o Eros popular é feio na medida em que ama a carne. O Eros celestial é belo porque está voltado para a razão e o Eros popular é feio porque está voltado para as sensações. Por fim, a beleza do Eros celestial está na sua procura pelo atemporal e incorpóreo e a feiúra do Eros popular está na sua busca pelo passageiro e material. Desse modo, enquanto que o Eros celestial é belo porque o amante permanece fiel ao objeto de devoção, o Eros popular é feio porque o amado é abandonado quando acaba a excitação do amante.
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