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O MAL EM SANTO AGOSTINHO

Por:   •  5/11/2021  •  Monografia  •  2.358 Palavras (10 Páginas)  •  182 Visualizações

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          Mudanças  

- Então quem é você? -questionei – Você é um bruxo?

- Não, nem pensar.

- Você é tipo o Edward Cullen só que com outros tipos de poderes?

- Me acha tão feio assim? – ele falou entre risadas.

- Edward Cullen é lindo, como você... por que você -Gaguejei indignada – Arg. Então você é Deus?

- Está maluca? Só existe um Deus, e eu já mais chegaria aos seus pés.




   Para vocês entenderem vou ter que voltar alguns meses.

- Vamos Haley, temos que ir. – Esse é o meu pai, Seu nome é Noah.

- Haley querida, estamos atrasados. – E essa é a minha mãe, Ela se chama Anna.

- já estou indo. – E essa sou eu, Bom vocês já sabem meu nome.

- Vem logo esquisitona. – Esse é meu irmão caçula, Jonathan.

- Eu já vou seu chato.


  Estão me apressando tanto assim porque estamos nos mudando, minha mãe foi transferida para um laboratório em uma cidade bem pequena, sim, minha mãe é cientista, a melhor diria. Essa cidade se chamada backwards. Já fui lá uma vez quando eu era menor, foi em um Natal e geralmente no Natal toda a minha família se reuni para uma troca de presentes. Meus avós moram lá. E por conta da mudança vamos ficar com meus avós por um tempo.


Depois de longas horas no carro finalmente chegamos no aeroporto. E eu estava sentada do lado de meu irmão enquanto meus pais estavam na fileira de cadeiras da frente.

- O Haley você sabe se vamos voar logo? Eu nunca voei e se todo voo for assim eu não quero nunca mais voar.


Achei graça. Mas eu sei que meu irmão estava mesmo cansado, todos estávamos.

- O papai foi ver isso com a moça, eu não posso adiantar o tempo. – E aí que eu vi o pequeno homenzinho caindo de sono. – Está bem, deita-se aqui. – Coloquei meu casaco em cima do meu colo e fiz um sinal para que Jonathan se deitasse.

  Enquanto meu irmão dormia e meus pais resolviam o problema do voo que pelo que eu entendi se tratava de que backwards - a tal cidade que nós íamos morar - não existia. Eu tentava me distrair lendo um romance, pena que nunca viveria um romance de livro. Apenas espero conhecer alguém que seja gentil, educado, inteligente e o mais importante... Ser temente a Deus. Mas também aceito que ele seja bonito, nada contra os feios, mas, também nada contra os bonitos.

A viagem me preocupava. Não só eu estava preocupada, meus pais estavam quase gritando, mas, não chegaram nesse ponto. Eu conseguia ouvir o que diziam e não parecia nada bom.

- Como assim não existe esse voo? Minha mãe e meu pai moram lá e eu cresci lá. Deve ter acontecido um engano. – Já estressado meu pai insistiu para a pobre moça pesquisar mais uma vez em seu computador os próximos e últimos voos para backwards.

- Sinto muito senhor, mas eu não vejo nenhum registro aqui... Olhe parece que o último voo para essa cidade foi nos fins dos anos 90. Vou procurar se existe aeroporto lá, talvez, como se passou muito tempo do último voo eles tenham fechado o aeroporto de lá. – Afirmou a pobre moça tentando de verdade ajudar meus pais.

- Não, não como nos anos 90? Procure mais um pouco por favor! Precisamos chegar logo e nós já estamos muito mais que atrasados. – pediu meu pai

- Vou tentar.

- Obrigada! – E antes mesmo de meu pai e minha mãe conseguirem se virar para mim e para meu irmão ouvimos um senhor alerta para o aeroporto inteiro.

“senhores passageiros, o voo para backwards vai decolar em alguns minutos, entrem pela entrada B3 ao leste. Obrigada pela atenção.”

- Aqui suas passagens! – a moça mostrou os quatro papeis que indicavam nossas passagens e em um piscar de olhos meu pai pegou as passagens puxou minha mãe pelo braço pegou suas malas e veio em nossa direção.

- Vamos! Vamos! Acorda Jonathan! – meu irmão acordou e nos dois levantamos às pressas pegando nossas coisas e seguindo meu pai.

- Para onde estamos indo? – perguntou Jonathan tentando entender o que aconteceu.

- Para o avião – respondi

- E onde fica? –

- Ao Leste – meu pai respondeu.

- E onde estamos?

- No Sul – Respondeu minha mãe com um tom de preocupação olhando o desenho do mapa em um quadro de vidro. Em seguida ouvirmos de novo.

“senhores passageiros, o voo para backwards vai decolar em cinco minutos.”

Isso só fez corrermos mais rápido. Rodamos, rodamos e nada. Nossas esperanças tinham sumido, até encontrarmos a placa escrita leste. Então seguimos sua direção.

A1, A2, A3, e nada da nossa porta, até que finalmente encontramos o B.

B1, B2, e finalmente o B3. Entramos correndo meu pai entregou as passagens para a moça e o segurança autorizou nossa passagem. Assim que entramos e nos sentamos o piloto anunciou que iriamos decolar. Ufa, foi por pouco.


Passou algumas horas, eu dormi a viagem inteira, só acordei quando chegamos. Ou melhor quando chegamos no aeroporto, tivemos mais ou menos uma hora e meia de carro.  Acho que meu pai não se lembrou do caminho.

- Querido, não lembro de termos passado pelo “Café sensacional do Felipe”.  – Minha mãe apontou para uma lojinha de café. Era tudo café. Café em pó, café para beber, brinquedos de café...  

Eu e papai apostamos, eu disse que estávamos perdidos e que ele não se lembrava do caminho para backwards e ele com todo seu orgulho disse que se lembra sim, e que ele conhece backwards melhor que a palma de sua mão. Quem vencesse ganharia um sorvete do outro.

- Papai, acho que você se perdeu. Que triste, não é? – brinquei com ele.

- Me perder? Não já mais.

- Então está bem, mamãe olha o mapa e diga quem ganhou. Digo se ele se perdeu.

- Muito bem... – Ela começou – backwards está aqui e café do Felipe aqui... filha... -antes que pudesse terminar meu pai comemorou.

- Isso! Eu ganhei! Eu te amo filha mais TOMA ESSA.

- Espere, - disse mamãe – você não me deixou terminar. Filha você ganhou seu pai se perdeu, ele está indo ao lado oposto de backwards. Pode dar meia volta com o carro querido.

- É! Eu ganhei! também te amo papai, mas TOMA ESSA. -falei comemorando e rindo.

 Depois de um tempo achamos a placa escrita, “Bem-vindo a backwards! A cidade onde tudo se torna possível.” Essa placa é tão antiga, me lembro dela da última vez em que vim para cá.

 

  Chegamos!

...

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