O Poder e Autoridade
Por: Breno Henrique • 17/10/2016 • Resenha • 1.128 Palavras (5 Páginas) • 1.584 Visualizações
Síntese dos principais tópicos: Poder e autoridade.
Conceito de poder e autoridade:
Na sociedade que se vive hoje em dia é necessário compreender as relações entre os seres humanos que estão à nossa volta. Um dessas relações é o poder. Este é a capacidade de impor sua vontade, acima das demais. Aquele que pode mandar e, consequentemente, terá sua vontade obedecida, é considerado poderoso. Já a autoridade, é a capacidade de exercer esse tal poder.
Teoria da soma zero:
Nessa ideologia clássica de noção de poder, acredita-se que o poder ocupa determinados lugares dentre a sociedade, uma espécie de concentração do poder. Por exemplo, uma empresa governada por um Presidente, o corpo desse indivíduo, dentro da empresa será o lugar onde, o mais alto nível de poder estará concentrado. Nessa concepção, a dinâmica do poder é, principalmente, associada a repressão. Repressão, anular as vontades dos governados pela vontade do governante. Daí, a teoria da soma zero. Uma espécie de equação onde, é necessário que a quantidade de poder do governante tem seja proporcional à quantidade de poder que os governados não possuem, daí “soma zero”, isso para gerar um equilíbrio social. De acordo com essa teoria o poder está concentrado nas mais
O poder como rede:
Michael Foulcault, afirmou que o poder enovela tudo, ou seja, as relações de poder estão presentes em todos os lugares, constituindo uma rede que cobre a sociedade. Ele retrata a teoria clássica anteriormente apresentada como vaga, e diz que ela pode ser resumida em “você não deve”, afirmando que o poder não se resume à apenas repressão.
Foulcault rompe com a teoria clássica do poder afirmando, que não se pode materializar o poder em determinado lugar ou em lugares específicos, tendo em vista que ele está diluído por todo o tecido social. Ele afirma que há uma espécie de onipresença do poder, contrariando a teoria anteriormente vista.
O pensador resume sua teoria em 5 principais pontos:
- O poder se exerce: o poder não é algo possível, ou algo que se possa perder, mas algo que todos os indivíduos exercem e sofrem.
- As relações de poder são imanentes: o poder é interno a todo tipo de relação social
- O poder vem de baixo: afirmando que são as correlações de micropoderes que sustentam os macropoderes de forma mais imediata
- As relações de poder são intencionais: O poder é sempre estratégico, ou seja, é sempre exercido com intuito de algo, sendo guiado por metas e objetivos.
- Se há poder, há resistência: afirma que a resistência faz parte do próprio jogo de poder, sendo tornada condição de sua existência
Poder e política: Platão e Aristóteles
Platão o governo dos filósofos: Resumidamente, Platão acreditava que os melhores e mais capazes para governar eram os que deveriam governar a cidade. Ele criticou a democracia, principalmente, pois qualquer cidadão poderia subir ao poder, mesmo não sendo necessariamente capaz de exercer o poder dentro do governo. Platão Afirma que a pessoa mais bem preparada para governar era o filósofo, por possuir um caráter racional, e através dele contemplar a ideia de justiça e governar com sabedoria.
Aristóteles também não considerava a democracia a melhor forma de governar. De acordo com ele o bom governo não será alcançado apenas por seus líderes possuírem um caráter racional. Para o filósofo o bom governo é aquele que visa o bem comum, ao interesse coletivo, unicamente de maneira a garantir a felicidade a todo. E o mau governo é aquele exercido para o interesse de quem governa, resultando uma forma corrompida de governo. Ele classificou várias formas de governos e suas possíveis formas corrompidas. Por exemplo a monarquia, sendo ela um governo de apenas um visando o bem comum. Essa forma de governo pode corromper-se em uma tirana, a partir do momento em que o governante visa os seus próprios interesses, e não a felicidade coletiva.
Mudanças no pensamento político
Enquanto o pensamento político antigo se preocupava em estabelecer os fundamentos de política e como ela deveria ser, o pensamento de Maquiavel se preocupava em mostrar como ela realmente é.
Maquiavel compreende a política como sendo o conflito e as formas de gerir as várias facetas desse conflito. Ele defende dois conceitos como fundamentais. Primeiramente, a capacidade do governante lidar com os acontecimentos, definida por ele como “virtù”(virtude), e a “fortuna”(sorte) , que é o conjunto de tudo que acontece aos seres humanos e que eles não podem controlar. O bom governante é aquele que sabe agir nas situações conflituosas, impondo uma ordem, aliando esses dois fundamentos de a modo a se manter na posição de comando.
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