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O Que é Ética

Por:   •  19/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.342 Palavras (10 Páginas)  •  213 Visualizações

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O que é ética (Álvaro Valls)

1.Didaticamente, quais os dois campos da ética?

Resposta: Didaticamente, costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas específicos, de aplicação concreta, como os problemas de ética profissional, de ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética, etc. É um procedimento didático ou acadêmico, pois na vida real eles não vêm assim separados.

2.A ética pode ser compreendida como uma mera listagem das convenções sociais aceitas? Justifique.

Resposta:

3.Por que o autor considera que ignorar as questões éticas equivale a renunciar ao nosso anseio de liberdade? Justifique.

Resposta:

Introdução à Moral – Esquema de leitura

4.Diferencie juízos de valor de juízos de realidade e exemplifique.

Resposta:

- Juízos de valor ≠ juízos de realidade

dizem do valor do objeto dizem do ser do objeto

* Em um primeiro momento os valores são herdados por nós, uma vez que só existimos a partir de uma cultura já estabelecida. (ROQUE LARAIA – ENDOCULTURAÇÃO)

* Neste contexto, os nossos atos serão considerados bons ou maus na medida em que vão ao encontro ou não dos padrões da sociedade.

* Ao introjetarmos as normas da nossa sociedade, nós mesmos fazemos um julgamento moral dos nossos atos ( considerar a noção de pecado ).

* Existem diversos tipos de valores : econômicos, estéticos, religiosos, éticos etc.

* A ética, enquanto disciplina filosófica, se ocupa dos valores morais.

5.Diferencie ética de moral.

Resposta:

Moral ≠ Ética

conjunto das regras de conduta admitidas parte da filosofia que reflete acerca dos

em uma determinada época e lugar fundamentos do agir moral do homem

* Assim, se a moral é normativa, uma vez que estabelece normas para o agir moral do indivíduo, a ética não tem o mesmo caráter regulador, tendo caráter meramente especulativo.

6.Diferencie o caráter histórico e social da moral do caráter pessoal da moral e responda porque o conflito é inerente à condição humana.

Resposta:

* Toda vida em sociedade pressupõe a existência de certos princípios reguladores que visam determinar o comportamento dos indivíduos de um mesmo grupo social.

* Portanto, sempre existe uma moral constituída que é anterior e exterior à vida de cada indivíduo em particular.

* Quando o homem é inserido, desde a mais tenra idade, no seio de sua coletividade, ele herda esta moral que visa nortear o seu comportamento, a sua noção do proibido e do permitido.

* Tais normas não são válidas de maneira universal e variam de acordo com as diversas sociedades - a partir da maneira como elas estabelecem as relações de produção da própria existência ( relações de trabalho).

Morte da moral ou ressureição dos valores: que ética para hoje? (Lipovetsky)

7.De acordo com Lipovetsky, enumere e caracterize as três eras da moral.

Resposta:

A primeira fase, historicamente mais longa, é a era teológica da moral. Até o começo do século das Luzes, a moral era inseparável dos mandamentos divinos. Era somente através da Bíblia que os homens podiam conhecer a verdadeira moral. A moral não aparece como uma esfera independente da religião. Fora da Igreja e da fé em Deus, não pode haver virtude. Somente o Evangelho, a fé num Deus justiceiro e os castigos do além permitem a eficácia da moral. Sem a Revelação e as sanções divinas, a moral parecia impossível. Esse esquema funcionou assim, de maneira geral, até o fim do século XVII.

Começa então a segunda fase da história da moral, que chamo de laica moralista, indo até o século XX. A partir do Iluminismo, os modernos buscaram estabelecer as bases de uma moral independente da Igreja. Os princípios morais foram, então, pensados em termos estreitamente racionais, universais, eternos – é a “moral natural” -, que estariam presentes em todos os homens. Enraizados apenas na natureza humana, aparecem como princípios independentes das confissões teológicas. Essas ideias são defendidas tanto por Voltaire quanto por Kant.

Na terceira fase da história da moral, que o autor a chama de fase pós-moralista, a qual rompe, embora o complementando, o processo de secularização acionado no fim do século XVII e no século XVIII. Sociedade pós- moralista, não sociedade pós-moral; sociedade que exalta mais os desejos, o ego, a felicidade, o bem-estar individual, do que o ideal de abnegação. Nossa cultura cotidiana desde os anos 1950 e 1960 não é mais dominada pelos grandes imperativos do dever sacrificial e difícil, mas pela felicidade, pelo sucesso pessoal, pelos direitos do indivíduo, não mais pelos seus deveres.

8.Podemos afirmar que existem descontinuidades e semelhanças entre a era teológica e a laica moralista. Em que elas consistem?

Resposta:

Consiste em uma moral sem obrigações nem sanções, ou seja, uma moral emocional descontinua que se manifesta principalmente por ocasião de grandes desesperos humanos.

9.O que significa afirmar o “eclipse e a deslegitimação das morais-sacrificiais” em favor da uma autonomia individualista? Exemplifique.

Resposta:

Que na evolução é perceptível no campo da moral dita social ou coletiva. Não se pede mais aos indivíduos, como faziam não faz muito, os livros, as canções, os manuais escolares, que morram pela pátria. A devoção à pátria deixou de ser um valor ensinado e exaltado. Ainda se entra em guerra, mas se quer “morte zero”. Não há mais ideais revolucionários e ninguém

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