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O SILÊNCIO DO APRENDIZ MAÇON

Por:   •  6/5/2019  •  Dissertação  •  893 Palavras (4 Páginas)  •  1.044 Visualizações

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ESTUDO SOBRE O SILÊNCIO DO APRENDIZ MAÇOM E MINHAS IMPRESSÕES PESSOAIS

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“EU SOU O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA”

  1. INTRODUÇÃO

Antes de darmos início a apresentação desta peça de arquitetura, roguemos a Deus, o G.’.A.’.D.’.U.’. para que nos inspire e ilumine a todos em mais esta jornada de trabalho.

O objetivo deste trabalho foi investigar a origem do “Silêncio do A.’.M.’.” e humildemente, apresentar minhas impressões individuais.

  1. ETIMOLOGIA DA PALAVRA SILÊNCIO

A palavra “silêncio” tem a sua origem no latim “SILENTIUM”, que significa ‘estado de quem se cala’, a ‘ação de estar quieto’, de “SILERE”, ‘ficar quieto’, ‘evitar barulhos ou ruídos’, ou ainda, ‘segredo’, ‘sigilo’.

  1. A ORIGEM DO SILÊNCIO DO APRENDIZ MAÇOM – CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS

Segundo as fontes pesquisadas, a origem do silêncio do Aprendiz, remonta as Escolas Iniciáticas Antigas e Ocultas da Caldéia, Egito, Índia, Grécia, dentre outras. O silêncio era, e será sempre, importante meio de salvaguarda de segredos e conhecimentos, verdadeiros tesouros e instrumentos de poder.

Na antiga China as Escolas de Ocultismo impunham aos Iniciados até cinco anos de Silêncio, o que causava séria afonia, e para a retomada da voz, eram exigidos muitos sacrifícios e longos exercícios.

Pitágoras de Samos (571 a 496 a.C.), matemático e filósofo grego, em relação ao Silêncio, exigia o mais absoluto sigilo de todos quanto a doutrina e ritualística que empregava, além de proibir qualquer manifestação oral por parte dos aprendizes, pelo período mínimo de três anos. Este primeiro grau era chamado de  “acústico”, por apenas permitir a audição das situações. Pitágoras  afirmava que “quem fala semeia e quem escuta recolhe” .

O Zoroastrismo, surgido na Ásia Central por volta de 1.750 a.C., se relaciona intensamente com a idéia do Silêncio. Zaratustra, seu fundador, possuía grande sabedoria, desde a infância, que se manifestava pela sua imensa capacidade de conversação. Já na fase adulta viveu isolado, em Silêncio, nas cavernas no deserto. Depois de sete anos de sigilosa existência, recebeu a revelação divina. Concluímos que somente após esta fase de profunda meditação silenciosa o poderoso mestre teve condições de alcançar a sabedoria.

No antigo Egito, nas Sociedades Iniciáticas da região, idealizadas pelos sacerdotes que apoiavam os faraós, os neófitos assumiam um estado de Silêncio total, a fim de manterem os segredos e permanecerem em meditação, regra que seria adotada por todas as Sociedades Iniciáticas posteriormente.

  1. A LEI DO SILÊNCIO NA MAÇONARIA

Na visão do Mundo Profano, permanecer em Silêncio a mando de ‘algum poder, ou de alguém’, sempre é desagradável, e livrar-se desse desconforto é ansiosamente desejado, entretanto na visão do Mundo Maçônico, na Lei do Silêncio não há ‘ cerceamento da liberdade de expressão ou de divergir’, mas somente o exercício de descobrir em si mesmo a Verdadeira Iniciação.

Porém, essa situação para o Aprendiz é temporária, pois sabendo passar pelo período do Silêncio, num futuro próximo chegará um tempo onde sua palavra será mais impregnada de Luz, do que naquele em que foi imposta a Lei do Silêncio.

Cabe ressaltar, que em Loja pode o Aprendiz fazer o uso da palavra, durante as apresentações de seus trabalhos, quando a mesma é posta em recreação, e ainda, quando se fizer necessário o relato de fatos ou ocorrências, que devam ser levados ao conhecimento de seus pares, pela importância dos mesmos.

  1. MINHAS IMPRESSÕES PESSOAIS

Em toda minha vida, principalmente na profissional, fui estimulado a tornar-me um bom orador, pois é do bom entendimento do que é dito em nossas ordens de operações, que depende o sucesso de nossas missões.

Nas conversas, que tive a oportunidade de ter com os IIr.’. de nossa Loja, relatei que na Loja onde me iniciei, apesar de quase nunca termos exercido o uso da palavra, quando a mesma chegava na Coluna do Norte, ela nos era franqueada também, e justamente por sermos Aprendizes, eu e meus IIr.’. da Coluna do Norte, evitávamos falar de assuntos, dos quais ainda tínhamos pouco ou nenhum conhecimento.

Aqui chegando, facilmente me enquadrei às normas de nossa Loja, e num momento, onde acredito, nosso Ir.’. Abel deva ter sido influenciado por emissários do G.’.A.’.D.’.U.’. , propôs a nós AApr.’. o desafio de apresentarmos um trabalho sobre o ‘SILENCIO’.

E essa proposta, que para mim, não foi realizada por acaso, e sim por influenciação benéfica e divina, levou-me a pesquisa para a confecção desta peça de arquitetura, e tal pesquisa me proporcionou descobertas maravilhosas, e entendimento perfeito do porque do ‘Silêncio do Aprendiz’ e ‘dos Segredos’, de nossa Ordem, que nos sãos transmitidos em Loja.

E hoje mais do que quando iniciei este trabalho, sinto-me um obreiro mais repleto de confiança e com um pouco mais de conhecimento sobre nossa ‘Sociedade Fraternal.

  1. CONCLUSÃO

Do pouco que acima foi dito sobre o tema tão bem escolhido, e parafraseando um dos escritos de onde tirei inspiração para essas linhas mal traçadas, constato que ”Calar não significa só não falar, mas também deixar de fazer quaisquer reflexões dentro de si, quando se escuta alguém fazendo o uso da palavra”

E por fim posso afirmar convicto, que o que começa como uma obrigação, após algum tempo passa a ser um voluntariado, que nos traz com o tempo a sabedoria, tão necessária ao alcance dos próximos estágios dentro de nossa fraterna organização.

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1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

D’elia Junior; Raimundo. Maçonaria – 100 Instruções de  Aprendiz. São Paulo: Madras, 2014.

2. SÍTIOS

https://www.glojars.org.br/

https://focoartereal.blogspot.com.br/

Trabalho realizada e apresentado pelo Ir.’.A.’.M.’. Waltencir S. Tavares – da Aug.’. e Resp.’. Loj.’. Maç.’. Estrela de Belém nº 76

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