O WELFARE STATE OU O ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL
Por: Wilson Nogueira • 1/11/2015 • Dissertação • 820 Palavras (4 Páginas) • 527 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS[pic 1]
CURSO DE FILOSOFIA
WILSON NOGUEIRA DOS SANTOS
ATIVIDADE 1.1: TAREFA
LAVRAS – MG
2015
WILSON NOGUEIRA DOS SANTOS
ATIVIDADE 1.1: TAREFA
Trabalho de dissertação apresentado a Professora Formadora Julia Moretto Amâncio e a tutora Andrea de Fátima Torres em cumprimento as exigências da disciplina Seminários Temáticos II do curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), modalidade à distância.
LAVRAS – MG
2015
O WELFARE STATE OU O ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL
O Welfare State ou o Estado de Bem-estar social se resume basicamente em uma estrutura organizacional e/ou sistema político e econômico que visa, de acordo com o que a própria tradução sugere, em um conjunto de ações promovidas pelo Estado, que tem como dever proteger e defender o status social e organizador da economia e surgiu nos países europeus devido à expansão do capitalismo após a Revolução Industrial e o Movimento de um Estado Nacional que tinha como objetivo a democracia.
De acordo com Santos (2012), o Estado de Bem-estar social resultou de um compromisso em resposta a um período de muitas lutas sociais violentas e guerras avassaladoras, além de grandes crises econômicas muito graves que culminaram em um acordo histórico entre as classes trabalhadoras e os detentores do capital com vistas em fortalecer o mercado, que era o único meio para superar a desigualdade.
O Welfare State como sistema de política social buscou formas que viabilizasse historicamente a proteção social das classes dominadas ao mesmo tempo em que garantiria os interesses da classe dominante, o que de certa forma acabou por favorecer o surgimento da democracia de massas. Todo esse processo pode ser facilmente percebido de três formas distintas:
- O “Estado de Bem-Estar Social Liberal” que visa a assistência aos comprovadamente pobres, e que esta possui regras muito restritivas para habilitação aos benefícios e muitas vezes associadas ao estigma;
- O “Estado de Bem-Estar Social Conservador e Fortemente Corporativista" em que predomina a preservação das diferenças de status e, dessa forma, os direitos aparecem ligados à classe e ao status e, é o Estado o responsável pela manutenção das diferenças de status predominando a redistribuição desprezível;
- O “Estado de Bem-Estar-Social-Democrata", em que o universalismo e a desmercantilização atingem amplamente a classe média e "onde todos os segmentos sociais são incorporados a um sistema universal de seguros no qual todos são simultaneamente beneficiários, dependentes e, em princípio, pagadores" (KORNIS, 1994).
Historicamente, o principal foco do Estado de Bem-Estar Social era garantir os serviços sociais, e estes surgiram para amenizar as dificuldades individuais, visando garantir a sobrevivência das sociedades, o que era feito através da garantia de renda mínima às famílias, da garantia as famílias a assistência na doença e na velhice e assegurar a todos os cidadãos qualidade nos serviços sociais.
Por último, é preciso ainda ressaltar que para os neomarxistas a política social desenvolvida nesse período resultou do desenvolvimento capitalista, política essa, considerada indispensável para garantir a acumulação do capital, bem como para regular os conflitos das classes. Ela é vista como parte do próprio desenvolvimento econômico, considerando a ameaça que esse processo representa para a reprodução da força de trabalho a partir da excessiva exploração capitalista. Nessa visão neomarxistas, as transformações estruturais da sociedade estão diretamente ligadas ao desenvolvimento das políticas sociais com o processo político da luta de classes que o próprio Estado promove, e segundo afirma Amancio:
...