OS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Por: Luciani • 21/11/2016 • Trabalho acadêmico • 4.132 Palavras (17 Páginas) • 404 Visualizações
[pic 2] | FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA O DOSSIÊ Curso de Pedagogia |
MÓDULO:
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – 80h
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O objetivo do dossiê é auxiliar o estudante na dinâmica de estudo e aprofundamento do conteúdo. Portanto, sugerimos que reflitam profundamente sobre as questões propostas, respondendo-as com zelo e autonomia, ou seja, redigindo as respostas com as próprias palavras. A cópia de trechos da apostila ou de outras fontes pesquisadas é plágio (crime previsto no Código Penal Brasileiro, artigo 184, que trata dos delitos contra a propriedade intelectual). Ao constatar tais irregularidades, o professor atribuirá nota zero ao aluno infrator. Em caso de dúvida, entre em contato com o professor (Moodle, e-mail, telefone) ou compareça às tutorias presenciais. Organize-se!
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
☞ Questões obrigatórias para o dossiê
- O que é filosofia e como ela pode ser utilizada no contexto escolar?
Filosofia é uma construção da razão humana, que busca explicar conceitos de homem, sociedade, cultura, ideologia.
Formando um ser humano integrado e emancipado preparando para questionar, investigar, analisar, quando um educador se interroga, ele filosofa e também se educa, a educação é um lugar onde o homem se interroga, ao problema do sentido da existência. Diante disso, pode-se concluir que a filosofia na educação vem para complementar o homem para que o mesmo possa se libertar de problemas que possa vir a atrapalhar seu rendimento no meio social e educacional.
- Explique o exercício filosófico de Luckesi (mínimo de 10 linhas).
O exercício filosófico envolve etapas que vão desde o levantamento de conhecimentos e valores cotidianos ao posicionamento autônomo sobre tais saberes.
Luckesi (2011), enfatiza que na ausência de uma orientação filosófica, o ser humano assume aquilo que é hegemônico (igual). Conforme o autor, admitir que a vida é gerida por diversos valores e crenças é um pressuposto para o exercício filosófico, composto por três passos:
- Catalogar os valores que nos orientam, individual e coletivamente, ou seja, tomar ciência das crenças, princípios, sentimentos, práticas e superstições que conferem sentido à nossa existência e à vida societária. A proposta é fazer um levantamento dos valores que norteiam a nossa prática.
- O segundo passo envolverá a crítica, ou seja, o questionamento das práticas e princípios norteadores. Luckesi (2011) salienta que é preciso questioná-los de todos os ângulos possíveis, para verificar se são significativos e se, de fato, correspondem ao sentido que se pretende conferir à própria vida.
- Reconstruir os valores verdadeiramente significativos e suficientemente válidos para guiar a prática na direção almejada. O objetivo da filosofia não é destruir e, sim, reconstruir valores, pensamentos e conhecimentos.
Ou seja, para (LUCKESI, 2011), o “exercício filosófico é um processo dialético que vai de uma determinada posição para a sua superação teórico-prática”.
- Em que consiste o método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica?
O método socrático ofereceu contribuição salutar sobre o perigo da aceitação, sem crítica, das ideologias. A influência de Sócrates desenvolveu uma filosofia pautada na reflexão crítica e contínua.
A contribuição de Sócrates para a educação é importante retomar seus últimos instantes de vida. Ao ser sentenciado à morte, Sócrates foi surpreendido pelos seus discípulos com um plano de fuga, o qual rejeitou veementemente. O filósofo que sempre defendera e vivenciara a ética não se deixou abater; aceitou a sentença e morreu em defesa de suas ideias e ensinamentos, deixando a honestidade e a humildade como exemplos. Além disso, o método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica tornou-se um recurso didático, sendo utilizado continuamente na educação.
Ironia: não tem a conotação pejorativa atribuída atualmente. No início do processo de interrogação e diálogo, é comum instigar o interlocutor a expor seus conhecimentos sobre determinado assunto. Sócrates usava esse método para saber o que o outro estava pensando para entender seu pensamento.
Refutação: consiste em demonstrar ao interlocutor a sua ignorância. Questionar e desqualificar o pensamento do outro, fazendo-o pensar e refletir chegando a conclusão que não sabemos nada. Por isso a famosa frase de Sócrates “só sei que nada sei”.
Maiêutica: ao reconhecer a própria ignorância, o interrogado torna-se apto a elaborar um conhecimento mais próximo da verdade, um conhecimento novo.
- Pautando-se no Mito da Caverna, explique a teoria de Platão sobre o mundo sensível e o mundo inteligível.
Para Platão, a tarefa do filósofo é posta em forma de metáforas, extraídas do Mito da Caverna. A caverna escura é o nosso mundo; os escravos acorrentados são os homens; as correntes são as paixões e a ignorância; as imagens ao fundo da caverna são as percepções sensoriais; a aventura do escravo fora da caverna é a experiência filosófica; o mundo fora da caverna corresponde ao mundo das ideias, o único, verdadeiramente; o Sol que ilumina o mundo verdadeiro é a ideia do Bem, que conduz ao conhecimento; o regresso do escravo é o dever do filósofo de envolver a sociedade na experiência da verdade; a incapacidade do escravo em readaptar-se à vida na caverna é a inadequação dos filósofos; o escárnio do escravo é o destino reservado ao escravo; a morte final do escravo-filósofo é a morte de Sócrates.
Diante do mito, Platão distingue dois mundos: o mundo sensível, no qual nós seres humanos sentimos, temos percepções, adquirimos um conhecimento particular das coisas e experimentamos que elas são mutáveis; e o mundo inteligível (das ideias), um mundo separado, transcendente, no qual as coisas são eternas, imutáveis, perfeitas, únicas e verdadeiras, sendo de natureza totalmente diferente da dos objetos sensíveis.
http://www.sergiobiagigregorio.com.br/filosofia/platao.htm
- Explique a contribuição de Aristóteles para a educação.
Para Aristóteles há uma relação entre política e educação. Na Política de Aristóteles, o homem é definido como um ser cível que é por natureza levado a viver em sociedade. O homem só terá vida plena se inserido em uma cidade-Estado, pois essa é condição indispensável para sua existência. A Pólis é um organismo vivo, cujo fim é assegurar as necessidades materiais para a sobrevivência do homem e uma vida intelectual melhor. Logo, todo indivíduo possui seu fim último ligado à Pólis, visto ser no interior desta que serão determinadas as suas atividades. Existe uma unidade orgânica entre a natureza política do indivíduo e o Estado.
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