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OS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Por:   •  22/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.168 Palavras (25 Páginas)  •  352 Visualizações

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FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ

ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA O DOSSIÊ

Curso de Pedagogia

MÓDULO:

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – 80h

UNIDADE 1

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

 Questões obrigatórias para o dossiê

  1. Disserte sobre a contribuição da filosofia no cotidiano escolar, abordando o exercício filosófico de Luckesi (mínimo de 10 linhas).

R: A contribuição da filosofia no cotidiano escolar chega ao conhecimento que a atitude filosófica permite que ultrapassemos as ideias, crenças e conhecimentos espontâneos, não por considerá-los inadequados ou negativos, mas, simplesmente, porque o questionamento faz parte da vida de todo indivíduo que almeja evoluir e se desenvolver humana e intelectualmente. Filosofar é conferir novo significado ao modo como compreendemos e apreendemos a realidade e tudo aquilo que nos caracteriza como seres humanos, dotados de habilidades e conhecimentos sócio-históricos.

         O senso comum envolve o esforço humano em resolver problemas cotidianos, utilizando soluções criativas e espontâneas. O exercício filosófico de Luckesi envolve etapas que vão desde o levantamento de conhecimentos e valores cotidianos ao posicionamento autônomo sobre tais saberes. Catalogar os valores que nos orientam, individual e coletivamente, ou seja, tomar ciência das crenças, princípios, sentimentos, práticas e superstições que conferem sentido à nossa existência e à vida societária. Nesta etapa, a proposta é fazer um levantamento dos valores que norteiam a nossa prática. Obviamente, esse inventário, como denomina Luckesi (2011). Feito o levantamento dos valores, o segundo passo envolverá a crítica, ou seja, o questionamento das práticas e princípios norteadores. Logo após é necessário reconstruir os valores verdadeiramente significativos e suficientemente válidos para guiar a prática na direção almejada.

  1. O método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica, pode ser aplicado na escola atual? Justifique.

R: Sim. Pois este método visa levar o indivíduo a transcender a suas ideias imediatas acerca de determinado assunto e alcançar as ideias mais puras, mais inteligíveis e mais autênticas. Então se for usado para um melhor conhecimento e diálogo entre o grupo, pode ser uma madeira de fazer o indivíduo se soltar e partilhar seus conhecimentos.

  1. Argumente sobre a filosofia de Platão, explicando o papel da educação na formação do indivíduo, explicitado no Mito da Caverna.

    R: A educação deve possibilitar ao educando sair da “caverna”, ou seja, da escuridão,

do erro, da ignorância e conduzi-lo à luz do conhecimento. Cabe à escola mediar constantemente a relação entre o senso comum e o conhecimento científico. Para que

isso ocorra é preciso que os alunos discutam, reflitam e reelaborem autonomamente os

conteúdos escolares, para que as suas opiniões ultrapassem o conhecimento espontâneo.

        Platão imagina uma caverna onde as pessoas estão acorrentadas desde a infância, de tal forma que, não podendo ver a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras. A análise do mito pode ser feita sob dois pontos de vista, o epistemológico “relativo ao conhecimento” e o político “relativo ao poder ideológico”. Do ponto de vista epistemológico, o mito da caverna é uma alegoria das duas principais formas de conhecimento, a sensível e a intelectual, na teoria das ideias, Platão distingue o mundo sensível, dos fenômenos, e o mundo inteligível, das ideias.

        

  1. Explique a contribuição de Aristóteles para a educação.

       R: A contribuição de Aristóteles à educação vincula-se à importância conferida à ciência, ou seja, à razão e à experiência, como aspectos fundamentais na produção do conhecimento, abrindo caminho para as correntes pedagógicas que valorizariam a influência do meio social no processo de ensino-aprendizagem. Para o filósofo, a educação e a virtude são similares e contribuem para a construção da excelência moral para consolidar o aprendizado do homem em sua integridade, preparando-o para os inúmeros desafios do mundo  contemporâneo.

        Aristóteles compreendia o ensino educacional como uma virtude democrática a ser construída com base na disciplina e no hábito. A Educação do homem, em sua integridade, deveria abrangir os diversos campos do saber, com um enfoque sobre o desenvolvimento moral e cívico, além do aprimoramento dos valores internos. "A educação, para Aristóteles, é um caminho para a vida pública". Cabe à educação a formação do caráter do aluno. Perseguir a virtude significaria, em todas as atitudes. A excelência moral e intelectual pode ser adquirida por meio da educação em uma propensão muito maior pelo exemplo oferecido pela sociedade, pelos amigos e familiares. Para Aristóteles o potencial humano se desenvolve a partir do aprimoramento dos valores internos. Por ter potencialidades múltiplas, o ser humano só será feliz e dará sua melhor contribuição ao mundo se desfrutar das condições necessárias para desenvolver o talento. A organização social e política, em geral, e a educação, em particular, têm a responsabilidade de fornecer essas condições.

A fisiologia política de Aristóteles, a educação entra como aquela capaz de desenvolver as condições necessárias para a segurança do regime e para a saúde do Estado. É a educação que fornece unidade orgânica ao Estado, ela deve ocupar toda a vida do cidadão, desde a sua concepção. Só aquele capaz de legislar deve contribuir para a educação. Logo, a educação não pode ser negligenciada, sendo deixada a cargo de cada cidadão. Ela é responsabilidade do legislador, o único que pode estabelecer leis e princípios gerais. É somente através da educação que o homem irá desenvolver aquela que é considerada por Aristóteles a mais importante das ciências, justamente porque tem por objeto o bem-estar comum, ou seja, a Política. Tal educação será promovida através de um conjunto de atividades pedagógicas coordenadas, tendo em vista uma cidade perfeita e um cidadão feliz.

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